Em uma época em que o cinema de animação busca surpreender e encantar públicos de todas as idades, o filme “As Múmias e o Anel Perdido” (Mummies) surge como uma tentativa de misturar elementos históricos com a modernidade de uma forma leve e divertida. Dirigido por Juan Jesús García Galocha, o longa traz uma proposta interessante, mas será que consegue entregar uma experiência marcante?
Sinopse do filme As Múmias e o Anel Perdido (2023)
A trama gira em torno de Thut (Joe Thomas), um ex-cocheiro de corridas da Antiga Egito que, após um acidente, desenvolve um medo de velocidade. Vivendo recluso no submundo das múmias, Thut é inesperadamente escolhido pelo Faraó (Sean Bean) para ser o futuro marido da princesa Nefer (Eleanor Tomlinson), que anseia por liberdade além dos muros do palácio.
A situação se complica quando o anel de noivado real, sob a guarda de Thut, é roubado pelo arqueólogo ganancioso Lord Carnaby (Hugh Bonneville). Assim, Thut, seu irmão Sekhem (Jaume Solà) e Nefer embarcam em uma jornada ao mundo moderno de Londres para recuperar o anel perdido e salvar suas vidas.
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Crítica do filme As Múmias e o Anel Perdido, do Prime Video
Desde o início, “As Múmias e o Anel Perdido” promete uma aventura animada cheia de ação e humor. No entanto, o filme tropeça em diversos clichês e uma narrativa previsível que não sustenta o potencial da premissa. A animação é vibrante e colorida, proporcionando uma estética visual agradável, embora não inovadora. A ambientação no submundo das múmias e a transição para a Londres contemporânea são bem realizadas, mas falta profundidade e originalidade na execução.
Os personagens principais, Thut e Nefer, são carismáticos e possuem momentos de química que tornam algumas cenas agradáveis. A atuação de voz de Joe Thomas e Eleanor Tomlinson é competente, trazendo emoção e humor aos seus respectivos papéis. No entanto, a caracterização dos vilões, especialmente Lord Carnaby, é superficial e clichê, não trazendo nada de novo ao gênero.
Os roteiristas Javier Barreira e Jordi Gasull optaram por uma narrativa linear e sem grandes surpresas, o que pode ser decepcionante para um público mais exigente. As piadas e situações cômicas muitas vezes parecem forçadas, não conseguindo arrancar mais do que sorrisos tímidos. Além disso, o uso de canções populares como “Walk Like an Egyptian”, dos The Bangles, e uma música do Nickelback parece deslocado e pouco criativo.
A mensagem do filme, embora positiva, é transmitida de maneira simplista. O desenvolvimento dos personagens é previsível, com Thut e Nefer aprendendo lições de coragem e liberdade de uma forma que já vimos inúmeras vezes em outras animações.
Conclusão
“As Múmias e o Anel Perdido” é um filme que oferece uma diversão passageira para o público infantil, com visuais coloridos e uma trama fácil de seguir. No entanto, para os adultos e fãs de animações mais sofisticadas, a obra é rasa e repleta de clichês. A produção de Juan Jesús García Galocha tenta criar uma aventura épica, mas acaba se perdendo em uma execução medíocre e pouco inspirada.
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Onde assistir ao filme As Múmias e o Anel Perdido?
O filme está disponível para assinantes do Prime Video.
Trailer de As Múmias e o Anel Perdido (2023)
Elenco de As Múmias e o Anel Perdido, do Prime Video
- Óscar Barberán
- Ana Esther Alborg
- Luis Reina
- María Luisa Solá
- Jaume Solà
- José Luis Mediavilla
- José Javier Serrano
- Aleix Estadella
Ficha técnica do filme As Múmias e o Anel Perdido
- Título original: Mummies
- Direção: Juan Jesús García Galocha
- Roteiro: Jordi Gasull, Javier López Barreira
- Gênero: animação, aventura, comédia
- País: Espanha, Estados Unidos
- Duração: 84 minutos
- Classificação: livre
3 thoughts on “‘As Múmias e o Anel Perdido’: diversão para crianças, decepção para adultos”