Início » ‘Assassino de Assassinos’ injeta sangue novo na mitologia Predador

Quase quatro décadas após a estreia do original com Arnold Schwarzenegger, a franquia Predador segue viva – agora reinventando-se em um formato animado com “Predador: Assassino de Assassinos”, lançado no Disney+.

Dirigido por Dan Trachtenberg, em parceria com Joshua Wassung, o novo capítulo da saga propõe um olhar diferente para o embate entre humanos e yautjas, explorando três períodos históricos distintos com uma conclusão inesperada que amplia a mitologia da série.

Apesar da aposta em estrutura antológica e na diversidade estética, o projeto carrega os velhos vícios narrativos da franquia, mesmo quando tenta parecer renovador. Ao mesmo tempo em que entrega lutas de tirar o fôlego e personagens carismáticos, a animação esbarra em soluções fáceis e um cliffhanger que mais frustra do que empolga.

Ainda assim, “Assassino de Assassinos” consegue se sustentar como um entretenimento eficaz para fãs do gênero, oferecendo um banquete de ação gráfica e momentos marcantes — especialmente no segmento japonês, que é um dos mais bem realizados da franquia.

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Sinopse de Predador: Assassino de Assassinos (2025)

Em formato de semi-antologia, o filme apresenta três guerreiros de eras distintas enfrentando predadores com habilidades adaptadas a cada época. Primeiro, acompanhamos a viking Ursa (Lindsay LaVanchy) em busca de vingança na Escandinávia do século IX.

Depois, viajamos ao Japão feudal, onde os irmãos Kenji e Kiyoshi (Louis Ozawa) precisam superar suas diferenças para combater uma ameaça invisível. Na terceira parte, durante a Segunda Guerra Mundial, o piloto Torres (Rick Gonzalez) luta contra um predador armado até os dentes no meio de uma dogfight aérea.

Todos esses guerreiros acabam convergindo em um quarto ato, em um planeta alienígena, onde precisam lutar entre si – e depois juntos – contra o predador chefe.

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cena do filme Predador Assassino de Assassinos do Disney Plus (2025)
Cena do filme “Predador: Assassino de Assassinos” (Foto: Disney+ / Divulgação)

Crítica do filme Predador: Assassino de Assassinos

Trachtenberg parece ter optado por um caminho mais seguro desta vez. Ao contrário do frescor apresentado em A Caçada, aqui ele retorna à fórmula clássica da franquia: o humano subestimado que supera o monstro alienígena na base da persistência e improviso.

A estrutura com três períodos históricos soa criativa no papel, mas é previsível em sua execução. Há uma clara tentativa de vincular os predadores às características de suas presas, o que funciona bem como conceito, mas é explorado de forma quase caricata.

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A estética de cada segmento brilha, mas falta coesão

O visual é um dos pontos fortes do longa, especialmente no segundo segmento, “A Espada”, inspirado no cinema de Kurosawa. A ausência de diálogos, o uso refinado das cores e os enquadramentos estilizados resultam em sequências que realmente impressionam.

Já o arco da viking Ursa, apesar de sangrento e vibrante, segue o roteiro mais óbvio possível. A terceira parte, com Torres, funciona bem como entretenimento de guerra e brinca com referências a Top Gun e MacGyver, mas é sabotada por um desfecho abrupto.

A animação em si é fluida nas cenas de combate, mas econômica nos cenários e nos elementos de fundo. A sensação é de que se priorizou o espetáculo da pancadaria, deixando de lado uma ambientação mais imersiva.

Violência gráfica e carisma garantem o engajamento

Mesmo com os clichês abundantes, o filme é envolvente porque sabe entregar o que promete: ação em alta intensidade e violência gráfica. Vísceras, membros decepados e sangue verde espirrado em todas as direções fazem parte do pacote. E cada protagonista é construído de forma rápida, mas suficiente, para gerar empatia: Ursa com sua força bruta e senso de justiça, Kenji com sua agilidade e honra, e Torres com seu espírito prático e inventivo.

O humor sutil em algumas passagens também ajuda, e a trilha sonora de Benjamin Wallfisch dá um tom épico que casa bem com as diferentes ambientações históricas.

Epílogo levanta boas questões, mas deixa a desejar

A reunião dos três sobreviventes em uma arena alienígena deveria ser o clímax. Mas, ao invés de concluir a história, o filme opta por um cliffhanger que serve mais como trailer estendido para Predador: Terras Selvagens. A nova camada adicionada à mitologia dos yautjas é interessante e tem potencial para render frutos no futuro, mas sua apresentação aqui soa apressada e pouco desenvolvida.

Vale a pena ver Predador: Assassino de Assassinos no Disney+?

“Predador: Assassino de Assassinos” não é uma revolução na franquia, mas oferece um entretenimento consistente para os fãs. A ação é bem coreografada, os personagens são carismáticos e a violência, marca registrada da saga, está presente com força total. Ainda que recicle fórmulas e peque pela previsibilidade em certos momentos, o projeto se destaca pela ambição estética e pela tentativa de renovar a mitologia do predador.

Se a promessa é criar terreno para um novo capítulo mais ousado em Terras Selvagens, a missão foi parcialmente cumprida. Resta saber se a próxima investida será tão afiada quanto as lâminas dos guerreiros que vimos aqui.

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Onde assistir ao filme Predador: Assassino de Assassinos?

O filme está disponível para assistir no Disney+.

Trailer de Predador: Assassino de Assassinos (2025)

Elenco de Predador: Assassino de Assassinos, do Disney+

  • Michael Biehn
  • Doug Cockle
  • Rick Gonzalez
  • Damien C. Haas
  • Lauren Holt
  • Lindsay LaVanchy
  • Jeff Leach
  • Cherami Leigh

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