'Colateral' traz um Van Damme esforçado diante de um enredo pobre

“Darkness of Man”, o mais recente filme de Jean-Claude Van Damme curiosamente traduzido como “Colateral”, nos traz um thriller de ação que, embora não atinja os ápices de sua carreira, destaca-se como uma de suas melhores atuações nos últimos tempos. Aqui, o consagrado ator belga interpreta Russell Hatch, um operativo da Interpol que se torna uma figura paterna para Jayden, o filho de um informante morto em uma operação fracassada.

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Após o trágico incidente que tira a vida do informante, Hatch se compromete a proteger Jayden e seu tio de gangues impiedosas em uma guerra territorial brutal. Com o passar dos anos, esse compromisso é posto à prova quando essas gangues começam uma violenta disputa pelo controle das ruas. No centro desse caos, ele luta não apenas contra os criminosos, mas também contra aliados com intenções ocultas e nefastas.

Colateral-crítica-filme-Prime-Video-2024 — Cena do filme “Colateral” (Foto: Prime Video / Divulgação)

Crítica do filme Colateral (2024)

“Colateral” tenta se distanciar dos clichês comuns dos filmes de ação, investindo em uma estética reminiscente das produções de crime italianos dos anos 1970. A fotografia é, sem dúvida, um dos pontos altos do longa, capturando efetivamente as ruas sombrias e os personagens misteriosos que as habitam. Entretanto, o roteiro e as cenas de ação deixam a desejar, com cenas de combate que muitas vezes parecem previsíveis e pouco inspiradas.

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Jean-Claude Van Damme entrega uma atuação comprometida pela falta de originalidade do enredo. Ainda assim, o ator se esforça e torna esta uma das suas melhores aparições recentes. O filme também se beneficia de um elenco de apoio surpreendentemente estelar, com participações de Kristianna Loken, Shannon Doherty, Eric Roberts e Cynthia Rothrock, além de aparições cameo dos filhos de celebridades, gerando maior interessante para a obra.

No entanto, o filme sofre com uma narrativa frágil e por vezes dispersa, que falha em fornecer novidade ou profundidade emocional significativa. A promessa de um drama de ação emocionante é prejudicada por diálogos que por vezes soam forçados e artificiais, típicos de produções de menor escala e orçamento.

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Conclusão

Embora a trama de “Colateral” não ofereça nada revolucionário e as cenas de luta possam não ser as mais memoráveis, a fotografia e a presença de Van Damme conseguem, pelo menos em parte, manter o espectador engajado. Ainda que esteja longe de ser essencial, é uma obra interessante para quem procura uma experiência de entretenimento que combina nostalgia e ação.