A temporada 2 de “Barracuda Queens” chega à Netflix com uma promessa clara: retomar o charme delinquente das protagonistas e levá-lo a um novo patamar de ousadia. Agora mais velhas, mas nem sempre mais sábias, as jovens de Djursholm trocam os furtos amadores por assaltos sofisticados e planos mirabolantes no mundo da arte.
Ambientada no ano 2000, cinco anos após os eventos da temporada inicial, a trama reencontra Lollo, Amina, Klara, Frida e Mia em busca de algo que o luxo sozinho não pode oferecer: emoção. Mesmo depois de jurarem abandonar o crime, o tédio da vida abastada e o desejo por adrenalina voltam a conduzi-las por caminhos perigosos.
O salto temporal serve não apenas como ferramenta narrativa, mas também como metáfora para a evolução (ou involução) das personagens. O que começou como um ato de rebeldia contra as expectativas sociais se transforma, aos poucos, em estilo de vida — e em vício.
A nova temporada mistura humor ácido, críticas sociais e um senso de impunidade proposital, embalado por uma estética vibrante dos anos 2000. O resultado é uma despedida estilosa, divertida e, por vezes, absurda — mas que nunca deixa de entreter.
Sinopse da temporada 2 da série Barracuda Queens
Cinco anos após seus primeiros roubos em Djursholm, a gangue de garotas de “Barracuda Queens” está de volta — e mais ambiciosa do que nunca. Agora no ano 2000, o grupo se reencontra em Estocolmo, onde o tédio da vida privilegiada e a ausência de liberdade pessoal impulsionam um novo mergulho no crime. Lollo (Alva Bratt), recém-chegada de Paris, reacende a chama da delinquência no grupo, que agora mira o mundo das artes como próximo alvo.
Entre pinturas roubadas, vinganças engenhosas e reviravoltas românticas, a série transforma pequenos delitos em grandes golpes, mantendo o tom ácido, divertido e estiloso que marcou a temporada inicial. O fim? Luxo, audácia e impunidade, com uma despedida que celebra a glória efêmera de quem ousa desafiar o sistema — mesmo que por diversão.
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Crítica de Barracuda Queens (temporada 2), da Netflix
Ao saltar de 1995 para 2000, “Barracuda Queens” abandona os impulsos adolescentes da primeira temporada e investe em protagonistas mais maduras — ao menos no papel. A mudança temporal permite uma abordagem mais sofisticada dos crimes, que agora envolvem furtos de obras de arte, vendas ilegais e tramas de vingança com direito a sequestro e espionagem. No entanto, a essência das personagens permanece: elas continuam movidas não por necessidade, mas pela adrenalina do risco.
A série parece perguntar: o que acontece quando o privilégio encontra a impunidade? A resposta é um retrato agridoce de jovens ricas transformando o crime em estilo de vida. Mesmo que suas ações sejam moralmente questionáveis, é difícil não torcer por elas — talvez porque suas vítimas, em geral, sejam homens ainda mais repulsivos.
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Entre Bling Ring e Pretty Little Liars: o charme da superficialidade
“Barracuda Queens” não tenta ser um drama policial ou uma análise profunda sobre delinquência juvenil. Está mais próxima de um escapismo pop, com estética vibrante, trilha sonora nostálgica e um elenco feminino afiado que domina cada cena. A dinâmica entre as protagonistas remete a clássicos da cultura teen como Pretty Little Liars, misturando glamour, fofocas, traições e alianças.
As comparações com Bling Ring também são inevitáveis: jovens deslumbradas, entediadas e com senso distorcido de realidade encontram no crime uma forma de expressão — e, quem sabe, de pertencimento. Ainda que a lógica dos golpes desafie qualquer noção de realismo (como esconder um homem adulto em um hotel sem câmeras), a série acerta ao não se levar tão a sério.
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O humor da impunidade
O final da temporada consagra as protagonistas como vencedoras absolutas. Mesmo cercadas por policiais, investigadores e criminosos, as garotas escapam ilesas, mais ricas e livres do que nunca. A série até flerta com dilemas morais — como o trauma de Frida com Andre ou o afastamento emocional de Amina —, mas no fim, tudo é resolvido com planos mirabolantes, cartões de crédito clonados e champanhe em Bora Bora.
Há quem veja nisso uma falha de verossimilhança. Outros, como este crítico, veem uma declaração ousada: “Barracuda Queens” é menos sobre crime e mais sobre poder. Em um mundo onde homens ricos sempre se safam, a série entrega esse mesmo direito às suas protagonistas — com muito mais estilo.
Vale a pena assistir à temporada 2 de Barracuda Queens?
A segunda (e última) temporada de “Barracuda Queens” encerra sua jornada com confiança e carisma. Mesmo com furos de roteiro e algumas conveniências narrativas, a série sueca encontra força em sua identidade: divertida, afiada e sem medo de exagerar. As protagonistas não só escapam da lei, mas conquistam o público com sua química irresistível e a ousadia de desafiar as regras — não para sobreviver, mas para se sentir vivas.
Ainda que a Netflix tenha confirmado o fim da série, “Barracuda Queens” termina no auge: com as garotas mais unidas, mais livres e mais perigosas do que nunca. Um brinde a elas.
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Onde assistir à série Barracuda Queens?
A série está disponível para assistir na Netflix.
Trailer de Barracuda Queens (temporada 2)
Elenco de Barracuda Queens, da Netflix
- Alva Bratt
- Tindra Monsen
- Sandra Zubovic
- Sarah Gustafsson
- Tea Stjärne
- Mirja Turestedt
- Johannes Kuhnke
- Izabella Scorupco
- Carsten Bjørnlund
- Max Ulveson