Confira a crítica da temporada 2 de "Fubar", série de 2025 com Arnold Schwarzenegger, disponível para assistir na Netflix

Segunda temporada de ‘Fubar’ tenta manter o ritmo, mas tropeça na própria ambição

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“Aniela”, nova série polonesa da Netflix, chegou ao catálogo com a promessa de unir drama, humor ácido e uma protagonista marcante em crise. Com apenas oito episódios, a produção tenta contar a história de uma mulher da elite que perde tudo após um escândalo e precisa reconstruir sua vida do zero.

Estrelada por Małgorzata Kożuchowska, uma das atrizes mais populares da Polônia, a série aposta em visual estilizado, diálogos modernos e trilha sonora recheada de rap local para dar ritmo à narrativa. A proposta soa contemporânea e instigante — pelo menos no papel.

Na prática, “Aniela” entrega uma jornada confusa, repleta de decisões mal amarradas, personagens rasos e cenas que mais confundem do que emocionam. A seguir, analisamos os pontos altos e baixos dessa série que tentou ser ousada, mas tropeça no próprio excesso de estilo.

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Sinopse da temporada 2 de Fubar (2025)

Em “Aniela”, acompanhamos a queda abrupta de uma mulher da alta sociedade de Varsóvia. Após um escândalo público envolvendo o marido, Aniela perde tudo: o status, o dinheiro, a guarda da filha e o chão. A partir daí, ela se vê obrigada a reconstruir a própria vida sem o conforto de um cartão de crédito — e, acima de tudo, sem as estruturas de poder que a mantinham no topo.

Em meio a um cenário urbano desolador, ela tenta entender quem é de fato, enfrentando novas realidades, fazendo alianças improváveis e se aproximando, mesmo que com tropeços, de um senso de justiça que nunca havia acessado.

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cena da temporada 2 de Fubar série da Netflix 2025
Foto: Netflix / Divulgação

Crítica da 2ª temporada de Fubar, da Netflix

A ideia por trás de “Aniela” tem força: mostrar a desconstrução de uma mulher privilegiada que precisa encarar o mundo real pela primeira vez. Entretanto, a série parece não saber exatamente o que quer ser. Oscilando entre drama, comédia, crítica social e até musical, o roteiro se perde em tentativas de agradar a todos, mas não entrega substância em nenhuma dessas frentes. As cenas se sucedem com ritmo desigual, e os diálogos parecem muitas vezes escritos para uma peça ensaiada às pressas.

O que poderia ser uma poderosa jornada de autoconhecimento acaba soando mais como um conjunto de esquetes sem continuidade, onde personagens surgem e somem sem deixar marcas. Faltam arcos narrativos definidos, e o que sobra é confusão.

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Estilo visual marcante que não sustenta o enredo

Visualmente, “Aniela” tenta — e em partes consegue — criar uma identidade. A fotografia alterna tons frios com explosões de cor no figurino da protagonista, que chama atenção com seu cabelo platinado e batons vibrantes. A estética, porém, não acompanha uma linguagem visual coerente com a história. Em vez de reforçar a narrativa, parece apenas servir como distração para o esvaziamento do conteúdo dramático.

A trilha sonora, dominada pelo rap polonês, é uma escolha ousada e até interessante nos primeiros momentos. Porém, o uso excessivo e deslocado faz o recurso perder força com o tempo. A música, que poderia ser aliada à narrativa, se transforma em ruído.

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Personagens mal aproveitados e uma protagonista solta no roteiro

Małgorzata Kożuchowska, veterana da televisão polonesa, entrega o que pode com o material disponível. Sua Aniela transita entre o ridículo e o tocante, mas o roteiro não dá sustentação para que essa transformação emocional se consolide. Suas motivações são vagas, suas reações desconectadas e sua trajetória pessoal, inconsistente. A personagem parece ser jogada de situação em situação sem que compreendamos o porquê.

Os coadjuvantes, apesar de alguns terem carisma (como os adolescentes que cruzam o caminho de Aniela), são usados apenas como peças de apoio, sem desenvolvimento próprio. Em especial, figuras como Armani — que prometia uma subtrama interessante — desaparecem sem explicações ou impacto.

Entre o caos e a caricatura

Mesmo com momentos que tentam fugir do convencional, “Aniela” nunca encontra seu tom. O que parece ser uma comédia amarga sobre recomeços escorrega no exagero. O drama de meia-idade vira paródia, a crítica social soa genérica e o ritmo lento transforma a experiência em um exercício de paciência. Até as cenas que deveriam carregar peso emocional se perdem em diálogos truncados e situações mal encadeadas.

Há até uma tentativa de construção de um discurso feminista, com a protagonista enfrentando o abandono, o machismo e a perda da autonomia. No entanto, tudo isso permanece na superfície. A série prefere flertar com a irreverência em vez de aprofundar as questões que levanta.

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Vale a pena assistir à série Fubar?

“Aniela” é um projeto que tinha potencial para entregar uma história instigante, centrada em transformação pessoal, crítica social e empoderamento feminino. No entanto, a execução falha em praticamente todos os aspectos. A série parece querer dizer muitas coisas ao mesmo tempo, mas não diz nenhuma com clareza.

Visual estiloso, trilha sonora ousada e uma atriz talentosa não bastam para compensar um roteiro fraco, uma narrativa desorganizada e uma direção que não encontra equilíbrio entre drama e sátira. O resultado é uma obra que tenta ser moderna, provocadora e cômica, mas que acaba sendo apenas confusa, superficial e cansativa.

Para quem busca uma série curta e diferente, talvez Aniela ofereça algo de valor em sua estética ou excentricidade. Mas, para a maioria dos espectadores, é provável que fique a sensação de um tempo mal investido. E, infelizmente, de uma protagonista que merecia uma história melhor.

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Onde assistir à temporada 2 de Fubar?

A série está disponível para assistir na Netflix.

Trailer de Fubar (temporada 2)

YouTube player

Elenco de Fubar, da Netflix

  • Arnold Schwarzenegger
  • Monica Barbaro
  • Milan Carter
  • Fortune Feimster
  • Travis Van Winkle
  • Carrie-Anne Moss
  • Fabiana Udenio
  • Aparna Brielle
  • Jay Baruchel
  • Gabriel Luna
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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