“DNA do Crime” retornou à Netflix em sua temporada 2 com a missão de manter o nível da primeira — ou superá-lo. A série brasileira, que já havia conquistado o público com uma abordagem cinematográfica ousada, reforça agora sua posição como uma das produções nacionais mais ambiciosas do streaming.
Criada por Heitor Dhalia e estrelada por Maeve Jinkings, Rômulo Braga e Thomás Aquino, a nova leva de episódios se destaca não apenas pela ação explosiva, mas também pela profundidade emocional de seus personagens.
A segunda temporada eleva o jogo. A tensão começa alta e se mantém em ritmo frenético até o último episódio, ampliando a complexidade narrativa e expandindo o universo da série para além das fronteiras brasileiras. O resultado é um thriller policial com DNA real, alma cinematográfica e vocação internacional.
Sinopse da temporada 2 da série DNA do Crime
Após os eventos da primeira temporada, os agentes federais Suellen e Benício continuam na cola da organização criminosa que aterroriza a fronteira entre Brasil e Paraguai. Agora, com a fuga de Sem Alma e a ascensão de Isaac como líder da Quadrilha Fantasma, a missão da Polícia Federal se torna ainda mais perigosa.
Conflitos internos, perdas pessoais e novas ameaças reorganizam as forças em jogo. A investigação se intensifica com operações no Porto de Santos e conexões com a máfia europeia, enquanto os protagonistas enfrentam dilemas morais em meio a tiroteios, fugas cinematográficas e reorganização do crime em escala global.
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Crítica de DNA do Crime (temporada 2), da Netflix
Se a primeira temporada impressionou pelos efeitos práticos e estrutura de blockbuster, a segunda dobra a aposta. Foram 180 veículos, helicópteros, explosões e perseguições coreografadas com precisão. A câmera mergulha no caos com planos-sequência e tensão constante, transformando cada episódio em uma experiência sensorial.
Mas o maior mérito está em como tudo isso é costurado com uma trama envolvente e personagens complexos. A adrenalina não é gratuita; ela é impulsionada por motivações pessoais e decisões difíceis, o que dá peso e consequência a cada disparo.
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Protagonistas mais densos, conflitos mais humanos
A dupla Suellen e Benício se consolida como um dos pilares da série. Maeve Jinkings continua brilhando ao dar camadas à agente da PF, que carrega o peso da responsabilidade sem perder a humanidade. Já Benício, vivido por Rômulo Braga, ganha ainda mais profundidade — e escuridão. Seu confronto com Sem Alma transcende o duelo físico: é uma luta interna contra os próprios limites éticos.
A cena em que Benício mata Soulless é brutal não apenas pela violência, mas por tudo o que ela representa: vingança, dor, falência emocional. A escolha de aceitar um presente do criminoso para seu filho adiciona um dilema moral desconcertante, e mostra que em “DNA do Crime” não há heróis absolutos.
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Vilões longe dos clichês e o crime como sistema
Um dos maiores trunfos da série é evitar o maniqueísmo fácil. Sem Alma, apesar do nome, é retratado como um homem em constante luta pela sobrevivência. Isaac, vivido por Alex Nader, assume o controle da quadrilha com frieza estratégica e articulação internacional. E a entrada de Cabeça como novo “embaixador” do tráfico sinaliza uma mudança de jogo importante: o crime se reorganiza, se adapta, e o Estado precisa correr atrás.
Essa dinâmica reforça a ideia de que o enfrentamento ao crime vai além da troca de tiros. A série compreende que o narcotráfico é uma engrenagem com ramificações profundas — sociais, políticas e transnacionais. E, ao se permitir abordar isso com densidade, “DNA do Crime” atinge um nível raro entre séries do gênero.
Expansão geográfica e narrativa
Com a ação migrando para o Porto de Santos e o destino das drogas sendo Antuérpia, a série amplia sua escala e sinaliza ambições ainda maiores. A inserção de personagens internacionais, como o mafioso Greco, e a fuga de Isaac para a Itália, indicam uma possível terceira temporada com foco global.
Esse salto geográfico é coerente com a evolução da narrativa: o crime já não se limita à fronteira Brasil-Paraguai, mas envolve esquemas que ultrapassam o Atlântico. Ao fazer isso, a série se posiciona no mesmo campo de produções como “Narcos” e “ZeroZeroZero”, sem perder o sotaque e a identidade brasileira.
Vale a pena assistir à segunda temporada de DNA do Crime (2025)?
A temporada 2 de “DNA do Crime” não apenas evita a temida “maldição do segundo ano” — ela a atropela. Com mais ação, mais drama, mais humanidade e uma visão ainda mais abrangente do crime organizado, a série prova que veio para ficar.
Heitor Dhalia entrega uma obra madura, tecnicamente impecável e emocionalmente potente. A trama fecha ciclos e abre novos com naturalidade, sem pressa e sem didatismo. E mesmo com algumas vitórias da Polícia Federal, o sentimento é de que a guerra está longe do fim — e isso é excelente para quem aguarda uma terceira temporada.
“DNA do Crime” mostra que o Brasil pode sim competir com as grandes produções globais, desde que se tenha ambição, investimento e respeito pela inteligência do público. Que venham os próximos episódios. Nós estaremos prontos.
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Onde assistir à série DNA do Crime?
A série está disponível para assistir na Netflix.
Trailer da temporada 2 de DNA do Crime (2025)
Elenco de DNA do Crime, da Netflix
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