Crítica do dorama Eu, Você e Toda uma Vida, série da Netflix (2025) - Flixlândia (1)

Coração partido e redenção em ‘Eu, Você e Toda uma Vida’: entenda o final do dorama da Netflix

Dorama emocionou o público da Netflix

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O dorama sul-coreano da Netflix, Eu, Você e Toda uma Vida (You and Everything Else) conquistou o público com uma narrativa intensa sobre amizade, inveja e escolhas dolorosas ao longo de 15 episódios.

A série, estrelada por Kim Go-eun como Eun-jung e Park Ji-hyun como Sang-yeon, nos leva por décadas da intrincada relação entre duas mulheres que, apesar de crescerem juntas, se viram separadas por ressentimentos profundos, segredos e uma rivalidade corrosiva.

O final, em particular, deixou muitos espectadores emocionalmente abalados. Se você, como muitos, ainda está processando o desfecho agridoce, aqui está uma análise aprofundada.

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A história de “Eu, Você e Toda uma Vida”

A trama de “Eu, Você e Toda uma Vida” começa mostrando a amizade complexa entre Eun-jung e Sang-yeon, que se desenvolve desde a adolescência até a idade adulta. Eun-jung, vinda de um lar humilde, ansiava por aceitação, enquanto Sang-yeon, cercada de privilégios, guardava inveja do carinho que Eun-jung recebia de sua mãe. Essa dinâmica de admiração e ressentimento moldou toda a relação.

Um dos pontos mais sensíveis da narrativa é a morte de Cheon Sang-hak, irmão de Sang-yeon. A princípio, o mistério em torno de sua partida deixa marcas profundas nas duas protagonistas. Mais tarde, é revelado que Cheon Sang-hak era transgênero e cometeu suicídio antes do serviço militar obrigatório, por não se sentir aceito por seus pais, que não aprovavam sua identidade e seu desejo de se expressar como mulher. Essa revelação é um momento chave que Sang-yeon aceita e compreende anos depois.

A rivalidade entre as amigas se intensifica na universidade, quando ambas se aproximam do mesmo homem, Kim Sang-hak (Kim Gun-woo), que era amigo online do falecido irmão de Sang-yeon. Sang-yeon, apaixonada por Kim Sang-hak, esconde essa conexão de Eun-jung, o que leva a um doloroso afastamento entre as amigas quando a verdade vem à tona.

No campo profissional, a tensão atinge seu ápice quando Sang-yeon, impulsionada por ambição e ciúmes, rouba um projeto de Eun-jung para o cinema, garantindo seu próprio sucesso à custa da antiga amiga. Esse ato de traição parece selar o fim definitivo da amizade.

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Final explicado de “Eu, Você e Toda uma Vida”, da Netflix

Sang-yeon e o pedido de eutanásia

Anos depois, as duas vivem separadas, até que Sang-yeon, já adulta e uma produtora renomada, mas solitária, reaparece na vida de Eun-jung com um pedido chocante. Ela revela estar morrendo de câncer terminal aos 43 anos e pede a Eun-jung que a acompanhe à Suíça, onde pretende recorrer à eutanásia. A eutanásia, como explicado na série, é o ato de encerrar deliberadamente a vida de alguém, geralmente para aliviar o sofrimento de uma doença terminal.

Eun-jung inicialmente hesita em participar do pedido de Sang-yeon e tenta fazê-la mudar de ideia. No entanto, diante da recusa de Sang-yeon, Eun-jung decide apoiá-la. Esse momento de vulnerabilidade permite uma reconciliação sincera, resgatando o afeto que sempre existiu entre elas, mesmo sob camadas de mágoa. Juntas, elas criam novas memórias, desfrutando dos últimos momentos antes da despedida final.

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O final de “Eu, Você e Toda uma Vida”: reconciliação, perdas e um legado agridoce

O clímax de “Eu, Você e Toda uma Vida” se desenrola na Suíça, onde Sang-yeon morre pacificamente em seu sono, com Eun-jung ao seu lado. O momento é um adeus doloroso, mas também de paz para Eun-jung.

Antes de partir, Sang-yeon faz um mea culpa público, reconhecendo seus erros e pedindo a Eun-jung que expanda o roteiro que havia escrito sobre a amizade delas, para que sua memória e a história delas permanecessem vivas. Em um gesto simbólico de eternidade, Eun-jung honra a amiga ao contemplar o pôr do sol no mesmo lugar onde Sang-yeon havia espalhado as cinzas de sua mãe. Para manter a amiga por perto, Eun-jung também coloca uma foto de Sang-yeon em sua mesa.

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Eun-jung e Sang-yeon: amizade resiste ao final?

Sim, a despeito de anos de ciúmes, inveja e traições, Eun-jung e Sang-yeon conseguem se reconciliar. A amizade delas encontra paz nos últimos momentos de Sang-yeon, mostrando que, apesar dos conflitos, o amor e a conexão entre elas resistiram ao tempo e às feridas.

Eun-jung, movida por compaixão e empatia, não suporta a ideia de deixar Sang-yeon sozinha em sua doença e dor. O desfecho é agridoce: Sang-yeon parte, mas deixa para Eun-jung a certeza de que o laço entre elas nunca se rompeu verdadeiramente.

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Qual o destino de Eun-jung e Kim Sang-hak?

Para a decepção de muitos espectadores, Eun-jung e Kim Sang-hak não ficam juntos no final. Após Sang-yeon ser rejeitada por Kim Sang-hak, ela pede a Eun-jung para não reatar o relacionamento. Apesar de ter considerado voltar com ele, Eun-jung acaba rejeitando Kim Sang-hak. Muitos fãs ficaram frustrados com essa decisão, sentindo que Eun-jung merecia um final romântico feliz, dada a forte química entre os dois.

O impacto duradouro na vida de Eun-jung

Apesar da reconciliação, a amizade tóxica com Sang-yeon deixa um impacto profundo e duradouro na vida de Eun-jung. A série sugere que Eun-jung está tão machucada pelas traições e manipulações de Sang-yeon que não consegue mais entrar em um relacionamento romântico, vivendo com desconfiança e um “pé atrás”. Ela se torna uma refém emocional, incapaz de se desvencilhar completamente da influência de Sang-yeon. Sua vida, de certa forma, é reduzida à memória de Sang-yeon.

Leia a crítica do dorama Eu, Você e Toda uma Vida, série da Netflix (2025) - Flixlândia
Foto: Netflix / Divulgação

Reflexões e controvérsias: o que o público achou do final de “Eu, Você e Toda uma Vida”

O final de “Eu, Você e Toda uma Vida” gerou discussões intensas entre os fãs. Muitos acharam a reconciliação entre Eun-jung e Sang-yeon forçada e desnecessária, argumentando que Sang-yeon não teve um verdadeiro arco de redenção e só se “tornou boazinha” por estar morrendo. Sua última requisição de eutanásia foi vista por alguns como o ato mais egoísta e manipulador.

A natureza da amizade delas também foi muito debatida, com vários espectadores a descrevendo como tóxica e unilateral, questionando se realmente havia um vínculo genuíno, dada a constante inveja e traição de Sang-yeon.

A decisão de Eun-jung permanecer sozinha romanticamente e não voltar com Kim Sang-hak frustrou muitos fãs, que sentiram que ela, como a protagonista “boa”, merecia ser feliz e que esse desfecho parecia manipulador, apenas para abrir espaço para Sang-yeon em sua vida.

Em suma, “Eu, Você e Toda uma Vida” é um dorama que cumpre sua promessa de ser emocionalmente impactante, explorando as complexidades de uma amizade que oscila entre o amor profundo e o ressentimento corrosivo.

Ele nos força a refletir sobre perdão, os laços que nos definem e a importância de enfrentar nossos arrependimentos antes que seja tarde demais. O final, embora agridoce e controverso para alguns, entrega uma poderosa mensagem sobre a natureza imperfeita, mas inegável, da conexão humana.

Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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