Wilson Spiler 
Foto: Netflix / Divulgação
A nostalgia tem o poder de transformar o que era considerado ‘lixo’ em uma verdadeira joia no presente. A série “Explosivos” (Obliterated) parece mergulhar nessa ‘água’, resgatando elementos dos anos 1990, desde o erotismo até os heróis de ação capazes de enfrentar hordas de inimigos. No entanto, a abordagem cômica e as tentativas de humor da série criam uma mistura que, ao invés de encantar, deixam um gosto amargo.
Leia também
‘Cirurgião do Mal’ deixa o espectador completamente atordoado
Mesmo com pequenas falhas, ‘Strong Girl Nam-soon’ diverte muito
‘Comedy Royale’, uma batalha de humor e simpatia
Sinopse da série Explosivos
A trama se desenrola em torno de uma equipe de elite composta por soldados americanos, agentes da CIA, especialistas em cibersegurança e demolição, disfarçados em uma festa na piscina em Las Vegas. Sua missão inicial de impedir um negociante de armas russo de fornecer uma arma nuclear a terroristas que planejam destruir a cidade parece ter sido bem-sucedida. No entanto, após uma celebração eufórica, descobrem que a bomba neutralizada era falsa, e agora precisam enfrentar a busca pela verdadeira bomba nuclear.
Vale a pena ver Explosivos?
A premissa de “Explosivos” é até promissora, misturando ação e comédia de maneira absurda. No entanto, o desenvolvimento da trama acaba se perdendo em piadas previsíveis e situações ultrajantes. A equipe, agora intoxicada por álcool, drogas e efeitos colaterais cômicos, enfrenta o desafio de salvar Las Vegas de uma verdadeira ameaça de bomba. O ritmo da narrativa parece se arrastar, perdendo a oportunidade de criar um suspense convincente.
A comédia, por sua vez, oscila entre piadas de baixo calão, referências culturais dos anos 80 e 90, e tentativas de humor ácido. Infelizmente, a execução desses elementos deixa a desejar, resultando em um humor forçado e deslocado. O exagero nas cenas de nudez e violência, ao invés de contribuir para o tom satírico da série, muitas vezes parece gratuitamente ofensivo.
Personagens
O elenco, apesar de entregar performances competentes, luta para dar profundidade aos personagens, que muitas vezes se tornam estereótipos unidimensionais. As dinâmicas entre os membros da equipe tentam adicionar camadas emocionais, mas são frequentemente bloqueadas pelo excesso de situações absurdas.
Conclusão
Em resumo, “Explosivos” apresenta uma proposta ousada, misturando elementos de ação, comédia e nostalgia. No entanto, a execução falha em capturar o equilíbrio necessário para criar uma experiência envolvente. A série se perde em piadas repetitivas, estereótipos ofensivos e uma trama que não consegue sustentar o interesse ao longo dos episódios. Para aqueles que buscam uma viagem nostálgica com um toque contemporâneo, pode não atender às expectativas.
- Vai comprar na Amazon? Então ajude o Flixlândia adquirindo seus produtos pelo nosso link: https://amzn.to/41fnLbN
Onde assistir à série Explosivos (2023)?
A série “Explosivos” estreou em 30 de novembro de 2023, no catálogo da Netflix.
Trailer da série Explosivos, da Netflix (2023)
Explosivos: elenco da série da Netflix (2023)
- Shelley Hennig
- Nick Zano
- Terrence Terrell
- Kimi Rutledge
- C. Thomas Howell
- Paola Lázaro
Ficha técnica da série Explosivos, da Netflix (2023)
- Título original da série: Obliterated
- Criação: Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg, Josh Heald
- Direção: Joel Novoa, Josh Heald, Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg, America Young
- Roteiro: Laurie Magers, Bob Dearden, Josh Heald, Jon Hurwitz, Rachele Lynn, Hayden Schlossberg, Joe Piarulli, Kate Sargeant, Gary Tieche, Rowan Wheeler
- Gênero: ação, comédia, drama
- País: Estados Unidos
- Ano: 2023
- Temporada: 1
- Episódios: 8
- Duração: de 44 a 58 minutos
- Classificação: 18 anos
Sobre o autor
Detestei, um filme que apela pra bebida, drogas, gente pelada, sexo explícito, linguagem vulgar. Teria uma história legal, até apelarem para isso que foge totalmente à história. Totalmente desnecessário. Por isso nota zero.
O item “conclusão” dessa página é a melhor parte da matéria dessa reportagem, mas falar que tem nudez excessiva é coisa de fanatismo religioso norte-americano incansavelmente repetitivo nas críticas.
Quanto ao excesso de música eletrônica na série, o famoso ritmo bate estaca, não foi nem mencionado na crítica dessa matéria, além da mesmice Americana de tentar deixar as pessoas tensas, deixando as cenas de impasses para serem resolvidas sempre no último segundo, o que torna as séries americanas muito repetitivas, e por isso deixa muito a desejar
Você tem toda razão quanto à crítica em relação ao que escrevi sobre a nudez. Só achei excessivo porque pareceu apelativo, sabe? Mas concordo que pareceu um viés extremamente conservador.
Quanto à música eletrônica, esse, para mim, foi o menor dos incômodos.