“No Amor e na Música” (Saiyaara) chegou à Netflix e rapidamente se tornou um fenômeno que tocou profundamente o público, fazendo com que muitos saíssem das sessões com “um nó na garganta”.
Dirigido por Mohit Suri, este filme indiano transcende o gênero de drama romântico, mergulhando na resiliência do espírito humano e no poder inabalável da conexão. Se você ainda está processando a torrente de emoções ou buscando compreender cada detalhe do seu desfecho, preparamos uma explicação completa do final que tem dado o que falar.
O que acontece no final de “No Amor e na Música”?
O filme nos apresenta a jornada de Krish Kapoor (Ahaan Panday), um músico talentoso, mas emocionalmente conturbado, cuja ascensão meteórica ao estrelato é tão intensa quanto sua alma. Seu caminho se cruza com o de Vaani Batra (Aneet Padda), uma letrista com um passado doloroso que, ironicamente, encontra nas palavras de Krish a sua própria redenção.
A história de amor deles, embalada por uma trilha sonora hipnotizante, floresce, mas é abruptamente desafiada por uma reviravolta trágica: o diagnóstico de Alzheimer precoce de Vaani. A doença começa a apagar suas memórias de curto prazo, incluindo as lembranças de Krish.
Inicialmente, Vaani tenta esconder a doença, mas à medida que ela avança, ela começa a confundir Krish com seu ex-noivo, Mahesh (Shaan Groverr), que a havia abandonado no dia do casamento. Em um momento particularmente doloroso e confuso, ela chega a atacá-lo com uma faca, acreditando que ele estava prejudicando Mahesh.
Sentindo-se um fardo e acreditando que sua presença impediria Krish de alcançar seus sonhos na música, Vaani secretamente escreve a canção “Saiyaara”, derramando todo o seu amor e dor nas letras, e depois desaparece sem deixar rastros. Em uma carta posterior, ela explica que “sua ausência o ajudaria a crescer”.
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O reencontro e a melodia da redenção: final explicado de “No Amor e na Música”
Um ano se passa, e Krish se torna uma estrela global. Ele continua a tocar “Saiyaara” em todos os seus shows, nutrindo a esperança de que a música, uma extensão da alma de Vaani, de alguma forma a alcançaria.
A reviravolta acontece quando, ao se preparar para um grande show em Londres, Krish encontra um vídeo viral onde Vaani aparece ao fundo. Cheio de esperança, ele cancela a apresentação e corre para encontrá-la, localizando-a em um ashram em Manali.
Lá, ele recebe uma carta emocionada de Vaani, onde ela reitera que sua ausência tinha o propósito de ajudá-lo a crescer e que, apesar dos lampejos de dor que ela lhe causara, seu amor por ele era eterno.
O momento crucial do final
Krish finalmente a encontra sentada em um banco, escrevendo. Ela, no entanto, não o reconhece a princípio. Com paciência e carinho, Krish começa a reativar suas memórias compartilhadas, rememorando seus primeiros dias juntos, como quando jogavam críquete. Lentamente, algo se acende nos olhos de Vaani, e ela se lembra.
O filme culmina com Krish prometendo levar o amor deles adiante, através da dor e de todas as adversidades. Krish e Vaani se casam, concretizando seu “felizes para sempre”. O filme termina com Krish realizando seu sonho de se apresentar no Wembley Stadium, com Vaani ao seu lado, afirmando seu amor perante o mundo.
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O final de “No Amor e na Música” é feliz ou trágico?
Ao contrário de muitas das tristes histórias de amor da filmografia de Mohit Suri, “No Amor e na Música” apresenta um final inequivocamente feliz e esperançoso. Krish não se torna o amante trágico que foge, como em outros filmes.
Em vez disso, ele permanece, luta e abraça as imperfeições, prometendo caminhar ao lado de Vaani em cada etapa da jornada, mesmo com a advertência médica de que a condição dela só pioraria. Juntos, eles representam uma história de amor moderna, imperfeita, mas real.
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A importância da música no desfecho
A música não é apenas um pano de fundo em “No Amor e na Música”; ela é o coração pulsante do filme. Faixas como “Dhun” e a assombrosa “Saiyaara Re” tornam-se hinos de amor, perda e saudade, comunicando sentimentos que as palavras não conseguem.
No clímax, a música é a ponte que conecta Krish a Vaani, a âncora que a traz de volta das profundezas do esquecimento, tornando o reencontro ainda mais significativo.

“No Amor e na Música” era para ser “Aashiqui 3”? Entenda a conexão com Mohit Suri
Uma curiosidade para os fãs é que o próprio Mohit Suri revelou que “No Amor e na Música” foi originalmente concebido como “Aashiqui 3”. Ele explicou em uma entrevista ao Pinkvilla que a ideia inicial era para a sequência de “Aashiqui”, mas ele não estava confortável com a pressa em anunciá-lo sem um roteiro totalmente desenvolvido.
Embora “No Amor e na Música” possa ecoar elementos emocionais de “Aashiqui 2” — como um cantor protagonista, uma heroína doce e algumas cenas grandiosas de concerto — o filme se sustenta por si só.
É uma abordagem mais madura, evoluída e fundamentada do amor, que ousa oferecer ao público um final cheio de esperança, algo raro nas histórias de amor dirigidas por Suri. O diretor expressou sua satisfação por ter feito “No Amor e na Música” sem a expectativa ou o “fardo” da franquia “Aashiqui”.
Aashiqui (1990)
O primeiro filme, Aashiqui, foi um sucesso instantâneo de público. Dirigido por Mahesh Bhatt, o longa estrelou o casal de atores estreantes Rahul Roy e Anu Aggarwal. A história segue Rahul, um cantor aspirante que se apaixona por Anu, uma jovem que busca escapar de um lar abusivo.
A trama é simples, mas a força do filme reside em sua trilha sonora, composta por Nadeem-Shravan, que se tornou uma das mais vendidas da história do cinema indiano. Músicas como “Dheere Dheere Se” e “Nazar Ke Saamne” se tornaram hinos de uma geração. O sucesso do filme foi tão grande que catapultou a carreira de seus protagonistas, embora a trilha sonora seja, sem dúvida, o seu maior legado.
Aashiqui 2 (2013)
Após mais de duas décadas, a franquia foi revivida com Aashiqui 2. Embora não seja uma continuação direta do primeiro filme, ele compartilha a mesma essência romântica e musical. Dirigido por Mohit Suri, o filme é estrelado por Aditya Roy Kapur e Shraddha Kapoor.
A história de amor se desenrola no mundo da música, onde Rahul Jaykar, um cantor famoso e decadente devido ao alcoolismo, descobre e se apaixona por Aarohi Keshav Shirke, uma talentosa cantora de bar. Ele a ajuda a alcançar o estrelato, mas o relacionamento é testado por sua própria luta contra o vício e as pressões da fama.
A trilha sonora de Aashiqui 2 também foi um sucesso estrondoso, com canções como “Tum Hi Ho” e “Sunn Raha Hai” dominando as paradas de sucesso e se tornando extremamente populares em toda a Índia. O filme foi um sucesso de bilheteria e reacendeu o interesse pela franquia.
Inteligência artificial no roteiro? A curiosa história do final de “No Amor e na Música”
Um dos aspectos mais surpreendentes sobre a produção de “No Amor e na Música” é o envolvimento do ChatGPT na fase de roteiro. A equipe de roteiristas, que estava debatendo o desfecho do filme por semanas e rejeitando diversas versões, recorreu ao chatbot de inteligência artificial para buscar inspiração.
O ChatGPT gerou três finais diferentes, um dos quais propunha uma cena agridoce em uma estação de trem, onde o casal principal se despedia, trocando um último sorriso antes de embarcarem em trens separados. Embora essa versão gerada pela IA fosse “tecnicamente sólida” e até surpreendentemente emocionante, os cineastas decidiram não usá-la.
O diretor Mohit Suri afirmou que o final do ChatGPT “não tinha as sutilezas culturais e a profundidade emocional necessárias” para a história. Além disso, a equipe acreditava que permitir que a IA definisse um momento tão crucial poderia ofuscar a criatividade humana, que é central para a narrativa de Bollywood.
Essa decisão ressalta um debate contínuo na indústria cinematográfica sobre o papel da IA no trabalho criativo, mostrando que, embora a tecnologia possa oferecer ideias rápidas e polidas, a intuição emocional, a percepção cultural e a experiência vivida pelos escritores humanos são insubstituíveis. O “experimento Saiyaara” sugere que a IA pode, no futuro, atuar como um parceiro de brainstorming, mas não como um substituto para a alma humana por trás da narrativa.
Em sua essência, “No Amor e na Música” é um deleite cinematográfico que cumpre a promessa de ser uma jornada emocional. Com sua direção sensível, atuações estelares e uma trilha sonora que se torna um personagem em si, o filme ressoa profundamente. Ele nos lembra que, em um mundo caótico, o amor verdadeiro e a conexão humana são as âncoras que nos mantêm firmes, triunfando sobre todas as adversidades.



















