Nos últimos anos, o cinema de ação mundial foi inundado por filmes inspirados no fenômeno Velozes e Furiosos, gerando subgêneros que misturam corridas, roubos e dramas familiares. Dentro desse contexto, o filme “GTMax”, dirigido por Olivier Schneider, surge como uma nova adição ao catálogo da Netflix.
Com uma trama que combina motocross, dilemas familiares e cenas de perseguição pelas ruas de Paris, o longa tenta capturar a adrenalina dos clássicos do gênero. Mas será que ele consegue?
Sinopse do filme GTMax (2024)
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Crítica de GTMax, da Netflix
No entanto, o roteiro – escrito por um time de cinco pessoas – carece de originalidade. A jornada de Soélie, desde sua resistência inicial até o clímax previsível em que ela volta a pilotar, segue um padrão já muito explorado em filmes do gênero. O drama familiar, que poderia ser um elemento diferencial, acaba ficando raso, com pouco tempo para desenvolver a relação entre os irmãos ou aprofundar os dilemas financeiros da família.
O elenco faz o possível com o material disponível. Ava Baya se destaca como a protagonista, transmitindo a determinação e a vulnerabilidade de Soélie, mas é prejudicada por um roteiro que não explora todo o potencial da personagem.
Jalil Espert traz carisma ao vilão Elyas, mas carece de uma motivação mais convincente. Riad Belaiche, como Michael, tenta entregar alguma emoção ao papel, mas sua trajetória é subdesenvolvida, enfraquecendo o impacto emocional da trama.
Conclusão
“GTMax” é uma experiência visualmente impactante, mas narrativamente esquecível. Seus momentos de ação são dignos de aplausos, e a ambientação parisiense adiciona charme ao longa-metragem. Contudo, o roteiro previsível e a falta de desenvolvimento dos personagens impedem que o filme alcance o potencial que sua premissa prometia.
1 thought on “Visual e ação de ‘GTMax’ superam a falta de originalidade do roteiro”