Guarde o Coração na Palma da Mão e Caminhe 2025 resenha crítica do documentário Flixlândia

[CRÍTICA] ‘Guarde o Coração na Palma da Mão e Caminhe’ mostra o que todas as guerras têm em comum em formato diferente

Foto: Divulgação
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Semelhanças desde sempre quando duas nações resolvem se enfrentar, ou uma atacar a outra, existem desde tempos imemoriais, sendo uma das principais o fato de inocentes perderam a vida antes mesmo de morrer, sendo subjugados, forçados a se esconder e com um senso de perigo crescente com o passar das horas. 

O avanço tecnológico que permitiu o genocídio de milhares em pouco também também permitiu obras-denúncia como “Guarde o Coração na Palma da Mão e Caminhe”, documentário de Sepideh Farsi, iraniana proibida de retornar ao seu país. No longa, Farsi intercala entrevistas com a fotojornalista Fatma Hassona, prisioneira em Gaza devido ao confronto entre Israel e o Hamas, com notícias e imagens do conflito.

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Sinopse

O documentário é a visão da diretora ao bombardeio de Israel contra Gaza guiado pelos olhos de Fatem Hassona. Seus mais de 200 dias de trocas digitais ganham um novo significado após a morte da mulher em um ataque israelense, em 16 de abril de 2025, poucos dias após a seleção do filme para Cannes.

Resenha crítica do documentário Guarde o Coração na Palma da Mão e Caminhe

Embora algumas vezes condescendente, Farsi dá espaço para Fatma falar sobre sonhos, desejos. Mesmo tentando negar a realidade e com um sorriso otimista de quem não tem nada a perder, Fatma deixa escapar aqui e ali alguns fatos que não podem ser normalizados: o bombardeio de casas de parentes, a morte de conhecidos, ficar em casa o dia inteiro em razão de snipers na rua que abateriam qualquer um.

Guarde o Coração na Palma da Mão e Caminhe 2025 resenha crítica do documentário
Foto: Divulgação

A mistura entre trivialidades comuns a qualquer pessoa do planeta com situações limites que somente quem viveu em situações terríveis pôde experienciar e relatar trazem um sabor agridoce e a vontade de torcer o tempo para a mulher palestina impedida de simplesmente caminhar na rua. Isso é assustador, e deveria ser o suficiente junto a um punhado de outros filmes para sensibilizar aqueles que diminuem ou concordam com o que aconteceu na região.

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Conclusão

No fim, a história de Fatma é poderosa, impactante, e ao mesmo tempo apenas um pequeno recorte de um guerra que destruiu muitas vidas e famílias.

Infelizmente, o poder da arte atualmente se mostra ineficaz perante outras forças do mundo, mas fica o registro e a esperança que no futuro as novas gerações olhem para os anos 20 como um período em que bárbaros tomavam decisões políticas, mas ainda assim muitos tentavam resistir com suas próprias armas, aqui, no caso, a arte e o cinema.

Onde assistir ao documentário Guarde o Coração na Palma da Mão e Caminhe?

O filme estreou nos cinemas nesta quinta-feira, dia 27 de novembro de 2025, exclusivamente nos cinemas brasileiros.

Trailer do filme Guarde o Coração na Palma da Mão e Caminhe

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Escrito por
Marcelo Fernandes

Jornalista, músico diletante, produtor cultural e fã de guitarras distorcidas e bandas obscuras.

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