No último domingo, a HBO Max e o canal HBO apresentaram o primeiro de cinco episódios da aguardada minissérie nacional Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente.
A obra promete uma imersão profunda e necessária em um dos capítulos mais desafiadores da história brasileira: a epidemia de HIV/AIDS nos anos 1980, revelando os dramas, a resistência e a notável solidariedade que emergiram daquele período.
Guia detalhado dos episódios de ‘Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente’
A minissérie Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente fez sua estreia aguardada em 31 de agosto de 2025, na HBO Max e no canal HBO. Composta por cinco episódios, a produção explora a cena queer carioca dos anos 1980 e o devastador impacto da epidemia de Aids na comunidade LGBTQIAP+.
Para manter a audiência engajada, um novo episódio é disponibilizado semanalmente, aos domingos.
➡️ Siga o Flixlândia no WhatsApp e fique por dentro das novidades de filmes, séries e streamings
Calendário de lançamento dos episódios
A HBO Max adotou um cronograma de lançamento semanal para Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente, com os seguintes episódios e suas datas de estreia:
• Episódio 1 – 31 de agosto de 2025 (Já disponível)
O episódio de estreia foi exibido no Festival de Gramado 2025 e deixou uma ótima impressão. Ele introduz Fernando (Johnny Massaro), um comissário de bordo que vive uma vida luxuosa e de liberdade sexual, mas esconde sua sexualidade da família e é negacionista em relação ao HIV/AIDS. A trama estabelece o cenário da crise da AIDS, o preconceito e a dificuldade de acesso a tratamentos.
O primeiro capítulo já demonstra a estética refinada da série, com cenas de sexo vibrantes e bem filmadas, fotografia nostálgica que resgata a textura e as luzes do Rio de Janeiro dos anos 1980, tons granulados, luzes quentes, e figurinos e cenários que conferem um registro quase documental.
• Episódio 2 – 7 de setembro de 2025
Este episódio deve aprofundar a operação de contrabando do AZT, com Fernando e Lea (Bruna Linzmeyer) enfrentando riscos crescentes. A personagem de Andréia Horta, inspirada em Sandra Bréa, fará sua aparição, adicionando uma perspectiva pública à luta contra o HIV e elevando a tensão das escolhas dos personagens.
• Episódio 3 – 14 de setembro de 2025
A narrativa deste episódio explora as redes de solidariedade criadas pelos comissários. Raul (Ícaro Silva), um artista drag e segurança de boate, ganha destaque ao acolher vítimas da doença em seu estabelecimento, enquanto o grupo enfrenta desafios logísticos e emocionais.
• Episódio 4 – 21 de setembro de 2025
Com a expansão da operação de contrabando, os riscos se intensificam. Este episódio aborda as consequências pessoais e profissionais para Fernando e Lea, além de conflitos com autoridades, evidenciando a coragem dos personagens no contexto da redemocratização brasileira.
• Episódio 5 – 28 de setembro de 2025 (final da temporada)
O desfecho da temporada promete um final emocionante, concluindo a jornada dos personagens. A série presta homenagem a figuras como Caio Fernando Abreu, Cazuza e Sandra Bréa, conectando passado e presente na luta contra o estigma do HIV. Esperam-se momentos de profunda reflexão e impacto emocional.
Onde assistir aos episódios
Os episódios de Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente estão disponíveis na plataforma de streaming HBO Max e são transmitidos no canal HBO, sempre às 23h dos domingos. A série é classificada como A18, indicando seu conteúdo voltado para o público adulto.
➡️ SBT lança pegadinha assustadora de ‘Invocação do Mal 4’ com a boneca Annabelle
➡️ ‘O Clube do Crime das Quintas-Feiras’ tem charme, mas falta profundidade
➡️ ‘Love Me’ é uma reflexão profunda sobre o amor na era do algoritmo
A trama central da série
A minissérie se ambienta no Rio de Janeiro dos anos 1980 e segue Fernando (Johnny Massaro), um comissário de bordo gay que, após ser diagnosticado com HIV, se vê em uma luta desesperadora. Diante da proibição do AZT – o primeiro antirretroviral – no Brasil, ele e sua amiga Lea (Bruna Linzmeyer) organizam uma rede clandestina para contrabandear o medicamento dos Estados Unidos.
A trama expõe a negligência governamental e o profundo estigma social que atingia a comunidade LGBTQIAP+ na época, retratando o HIV como uma “sentença de morte”. Além do contrabando, a série destaca a criação de redes de apoio, como a boate Paradise, que acolhia vítimas da doença.
➡️ Quer saber mais sobre filmes, séries e streamings? Então acompanhe o trabalho do Flixlândia nas redes sociais pelo Instagram, X, TikTok e YouTube, e não perca nenhuma informação sobre o melhor do mundo do audiovisual.
Elenco principal e personagens
O elenco de peso da dramaturgia brasileira confere autenticidade e profundidade à história:
• Johnny Massaro interpreta Fernando (Nando), um jovem que evolui da negação ao ativismo.
• Bruna Linzmeyer dá vida a Lea, a amiga cúmplice e corajosa que coloca sua carreira em risco por acreditar no que é certo e que também é comissária de bordo. Ela enfrenta dilemas pessoais, como uma gravidez em meio a um caso extraconjugal.
• Ícaro Silva atua como Raul, um artista drag e segurança de boate que se torna um elo vital na rede de apoio e é filho adotivo de Pantera.
• Andréia Horta integra o elenco, interpretando uma personagem inspirada na icônica Sandra Bréa, que assumiu publicamente seu diagnóstico de HIV.
• Outros nomes incluem Eli Ferreira (Yara), Hermila Guedes (Doutora Joana), Kika Sena (Francesca), Igor Fernandez (Caio), Duda Matte (Olívia), Lucas Drummond (West) e Carla Ribas (Raquel), Matheus Costa (Paka), Pedro Caetano (Richard), Júlio Machado (Barcelos), Rita Assemany (Sonia).
A inspiração real
A minissérie é inspirada em uma notável história real de solidariedade: comissários de bordo da Varig, na década de 1980, arriscaram suas carreiras para contrabandear o AZT dos EUA para o Brasil, onde o medicamento era proibido. Essa iniciativa humanitária foi a única esperança para muitos pacientes em estado avançado da doença, que enfrentavam a inação do Estado e o intenso preconceito.
A produção, embora com personagens fictícios, baseia-se em extensas pesquisas e consultoria especializada, como a da infectologista Márcia Rachid, para garantir a fidelidade aos fatos. Jornalistas como Leandro Machado também contribuíram com a pesquisa, compartilhando fontes e entrevistas.
Reconhecimento e relevância
Desde suas primeiras exibições em festivais, Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente tem sido amplamente reconhecida. A série conquistou o Prêmio Luna de Valência de Melhor Série de TV e recebeu Menção Honrosa da Queer Media Society no Festival de Berlim.
A produção é elogiada por sua estética refinada, que recria a efervescência do Rio de Janeiro dos anos 80, e por sua capacidade de equilibrar a tragédia com a celebração da vida. A crítica destaca ainda a relevância do tema e a forma sensível como aborda o preconceito e a desinformação, ressaltando a importância de combater o estigma que ainda persiste em torno do HIV.