A Netflix realizou recentemente a remoção de filmes palestinos de seu catálogo sem anúncio prévio. A decisão afetou a coleção Histórias Palestinas, lançada em 2021 para promover o cinema árabe e destacar as histórias palestinas.
O desaparecimento de grande parte dos filmes da coleção gerou protestos de organizações pró-Palestina, que acusam a plataforma de silenciar vozes culturais importantes.
Coleção ‘Histórias Palestinas’ esvaziada sem aviso
Criada para valorizar a produção palestina, a coleção Histórias Palestinas da Netflix oferecia inicialmente 32 títulos. No entanto, ao menos 24 filmes foram removidos do catálogo nos Estados Unidos e em outras regiões, restando apenas o documentário Ibrahim: um destino a ser traçado, da diretora Lina Al Abed.
Para usuários em Israel, a coleção foi inteiramente apagada, gerando uma mensagem de erro, como se nunca tivesse existido.
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Organizações questionam a decisão e cobram retorno dos filmes
Organizações pró-Palestina, incluindo a Freedom Forward, enviaram uma carta à Netflix pedindo a reinclusão dos filmes palestinos. No documento, endereçado aos executivos Reed Hastings e Ted Sarandos, as entidades afirmam que a remoção dos títulos contribui para o apagamento das narrativas palestinas.
As organizações ressaltam que, no atual contexto de conflito, a visibilidade dessas produções é essencial para o reconhecimento cultural.
Netflix alega “procedimento padrão” de licenciamento
A Netflix, em comunicado, justificou que a retirada dos filmes palestinos seguiu o término de contratos de licenciamento, prática comum para filmes e séries.
A empresa citou exemplos como Friends, que saiu do catálogo nos Estados Unidos, e Mr. Robot, removido em países árabes. A plataforma afirmou ainda que avalia fatores como popularidade e custo ao decidir renovar conteúdos, mas não mencionou planos de restabelecer a coleção.
A importância da coleção e o futuro do cinema palestino na Netflix
A coleção Histórias Palestinas foi anunciada como uma celebração da criatividade árabe e gerou grande expectativa ao reunir cineastas palestinos renomados. No entanto, sua remoção levanta questões sobre o comprometimento da Netflix com a diversidade cultural.
Para os assinantes que valorizam essas histórias, a saída dos filmes é um retrocesso que enfraquece o compromisso da plataforma em apoiar produções árabes e ampliar vozes diversas.
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