‘O Conto da Senhora Ok’ e a luta por justiça em uma sociedade opressora

O novo dorama sul-coreano da Netflix, “O Conto da Senhora Ok” (Okssibuinjeon), traz para o centro da narrativa uma personagem feminina que desafia as estruturas rígidas da sociedade da era Joseon.

Com uma abordagem que mistura drama histórico e reflexões sociais, os dois primeiros episódios mergulham no sofrimento, resiliência e luta de Gu-deok, uma escrava que assume uma nova identidade para escapar das garras da opressão.

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Sinopse do dorama O Conto da Senhora Ok (2024)

O primeiro episódio apresenta Gu-deok, uma jovem escrava dotada de inteligência e força de vontade. Mesmo sob os abusos de sua cruel senhora, Lady Kim So-hye, ela sonha em escapar junto com seu pai, mas um destino trágico a obriga a fugir sozinha. Após uma série de eventos dramáticos, Gu-deok encontra refúgio na casa da avó de Ok Tae-young, onde é confundida com a neta nobre. Assim, inicia-se sua nova vida sob uma identidade falsa.

No segundo episódio, vemos Gu-deok lidar com as dificuldades de sua nova realidade. Enquanto tenta se esconder dos perigos que sua verdadeira identidade poderia revelar, ela conhece Seo-in, um artista excêntrico e cheio de nuances. Paralelamente, a presença de bandidos e o peso da injustiça social dão tom às intrigas e perigos que cercam a trama.

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Crítica da série O Conto da Senhora Ok, da Netflix

Os dois primeiros episódios de “O Conto da Senhora Ok” surpreendem ao explorar um cenário histórico com uma narrativa que foge dos padrões tradicionais de dramas coreanos. O roteiro evita clichês excessivos e, em vez disso, cria uma heroína multifacetada que equilibra vulnerabilidade e força.

A construção de Gu-deok é impecável. Sua transformação de uma escrava oprimida para uma figura que inspira respeito é conduzida de forma cativante e gradual.

Ótimas atuações

Lim Ji-yeon brilha como a protagonista, oferecendo uma atuação repleta de nuances emocionais. Após papéis marcantes em A Lição e La Casa de Papel: Coreia, ela demonstra versatilidade ao encarnar uma personagem complexa e empática.

Seu contraponto, Choo Yeong-woo, também se destaca, embora seu personagem Seo-in careça de um desenvolvimento mais natural em alguns momentos. A transição de um jovem egoísta para alguém mais consciente é um tanto abrupta, mas sua química com Lim compensa esse detalhe.

Questões de classe e gênero

Outro ponto positivo é a maneira como o drama aborda questões de classe e gênero, trazendo uma perspectiva crítica sobre as injustiças sociais da era Joseon. A escolha de tornar uma escrava a protagonista oferece um olhar necessário sobre uma parcela da sociedade frequentemente negligenciada nesse tipo de narrativa.

Além disso, a produção se esforça para oferecer um equilíbrio entre momentos de tensão, alívio cômico e drama emocional, mantendo o espectador envolvido.

A direção de Jin Hyeok mantém um ritmo dinâmico, embora o primeiro episódio pareça um pouco hesitante em estabelecer o tom. No entanto, o segundo episódio corrige esse problema, entregando uma trama sólida e bem desenvolvida. A ambientação e os figurinos são outro destaque, transportando o público para um período histórico com riqueza de detalhes.

Conclusão

“O Conto da Senhora Ok” inicia sua jornada com força, apresentando uma história que mistura drama, empoderamento e reflexões profundas sobre a luta por justiça em uma sociedade opressora. Os dois primeiros episódios mostram grande potencial, equilibrando elementos tradicionais dos dramas históricos com uma perspectiva única e contemporânea.

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Onde assistir ao dorama O Conto da Senhora Ok?

A série está disponível para assistir na Netflix.

Trailer de O Conto da Senhora Ok (2024)

Elenco de O Conto da Senhora Ok, da Netflix

• Lim Ji-yeon
• Choo Young-woo
• Kim Jae-won
• Yeonwoo
• Lee Jae-won
• Kim Jae-hwa
• Oh Dae-hwan

Ficha técnica da série O Conto da Senhora Ok

• Título original: Okssibuinjeon
• Criação: Jin Hyuk, Park Ji-sook
• Gênero: drama, romance
• País: Coreia do Sul
• Temporada: 1
• Episódios: 16 (apenas 2 estão disponíveis)
• Classificação: 16 anos

Sobre o autor