Taynna Gripp 
Foto: Netflix / Divulgação
Mais uma aposta da Netflix para o mês do Halloween, chegou na plataforma, essa semana, o filme ‘O Diabo no Tribunal’ (The Devil on Trial). A obra britânica traz a história de Arne Cheyenne Jonhson, jovem do interior de Connecticut que matou com quatro facadas um amigo estando sob possessão demoníaca.
O caso foi à corte norte-americana e se tornou o primeiro julgamento do país em que a alegação de possessão demoníaca foi usada como defesa. Tudo isso ainda com o bônus de que o casal de demonologistas Ed e Lorraine Warren estava envolvido na trama de um exorcismo mal sucedido em que Arne estava presente.
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Uma história com duas vertentes
David Glatzel era um menino doce e tímido de onze anos que vivia da forma mais comum possível, sua irmã, Debbie, namorava há anos com Arne Cheyenne Jonhson. Quando o casal decide morar junto, toda a família é convocada para faxinar a casa em que eles viveriam, aquele seria o dia derradeiro na vida de David, porque ali ele teria tido contato com uma entidade demoníaca que o possuíra.
Grande parte do documentário ‘O Diabo no Tribunal’ é focado na família Glatzel, com entrevistas do próprio David narrando como foi a experiência de estar possuído. Depois que seu caso ganhou fama, o casal Ed e Lorraine Warren se aproximou de sua família e talvez a parte mais chocante e com aspectos de terror do filme sejam as sessões com fotos e áudios reais da época.
O Diabo no Tribunal: a história real
O grande erro do documentário é gastar mais da metade de seu tempo desenvolvendo a história de David e de sua família, quando o que está no próprio título é o julgamento de Arne. Enquanto David estava possuído houve um exorcismo em que toda família do garoto estava presente e em um ato de desespero, Arne teria pedido para o diabo libertar David e possuí-lo.
Assim somos levados à justificativa que a defesa de Arne utilizou para tentar livrá-lo do crime, mas, para azar do réu, o juiz não aceitou a alegação envolvendo o sobrenatural, uma vez que nada poderia ser provado no tribunal. Arne acabou sendo preso acusado de ter cometido o crime em legítima defesa e permaneceu preso por cinco anos.
A família de David Glatzel ainda vendeu os direitos da história do menino para Ed e Lorraine em busca de tirarem algum dinheiro disso, mas o casal foi quem realmente lucrou com o caso de possessão. No documentário duas vertentes são levantadas: a possessão de fato ocorreu ou o pequeno David estava apenas sob efeitos de medicamentos que sua mãe colocava escondido na comida de toda família?
Nenhuma verdade é absoluta e cabe ao que cada um acredita como certo interpretar.
Como saber mais sobre O Diabo no Tribunal (2023)?
O documentário narra os fatos contados no livro Ed & Lorraine Warren: Luz nas Trevas e ainda no terceiro filme da franquia Invocação do Mal. Caso deseje se aprofundar mais no caso, são ótimas opções.
Onde assistir ao documentário O Diabo no Tribunal?
O longa verídico que inspirou o filme ‘Invocação do Mal 3’ estreou dia 17 de outubro no catálogo da Netflix.
Trailer do documentário O Diabo no Tribunal, da Netflix (2023)
Elenco de apoio do documentário O Diabo no Tribunal, da Netflix (2023)
- Foster Hamilton
- Adam Hunt
- Susannah Spearin
- Victor Serfaty
Ficha técnica de O Diabo no Tribunal, documentário britânico da Netflix (2023)
- Nome original do filme: The Devil on Trial
- Direção: Chris Holt
- Roteiro: Chris Holt
- Gênero: Documentário, Terror
- País: Reino Unido
- Ano: 2023
- Duração: 81 minutos
- Classificação: 12 anos
Sobre o autor
2 thoughts on “‘O Diabo No Tribunal’: o que não pode ser provado pode ser real?”