O filme “O Lobo”, dirigido por Nathalie Biancheri, lançado em 2021, chegou recentemente ao catálogo da Netflix e está fazendo um sucesso enorme, muito por conta de seu final.
O longa-metragem estrelado por George MacKay e Lily-Rose Depp mergulha o público em um drama conceitual que explora profundamente a identidade humana em confronto com instintos animais.
Ambientado em uma clínica que flutua entre uma reabilitação terapêutica e uma espécie de terapia de conversão, a trama acompanha jovens que acreditam pertencer a outras espécies. O protagonista, Jacob, se vê como um lobo, enquanto a personagem Cecile se identifica como uma gata selvagem. A relação entre eles, marcada pela conexão e pela impossibilidade, guia o desenrolar da narrativa até um desfecho surpreendente e amargo.
O Lobo (2021): entendendo o final do filme da Netflix
O final de “O Lobo” é carregado de um sentimento agridoce e aberto a interpretações. Jacob decide fugir para viver como um lobo, enquanto Cecile opta por permanecer na clínica, uma escolha que reflete suas diferentes jornadas de autodescoberta.
Em entrevista ao CinemaBlend, Lily-Rose Depp compartilhou sua visão sobre o desfecho: “Para mim, o final é o auge do que realmente é a possibilidade de partir o coração na história de Jacob e Wildcat. Eles estão tão conectados, mas ao mesmo tempo, é como se estivessem se vendo através de uma janela de vidro. Há uma impossibilidade na relação deles, o que a torna tão forte, bonita e dolorosa.”
Já George MacKay interpreta o filme como uma narrativa de autodescoberta e compromisso com essas descobertas, ainda que isso custe relacionamentos importantes. Ele destaca a nuance e a complexidade do filme, que retrata o impacto dessas jornadas pessoais sobre aqueles ao redor.
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O Lobo: filme da Netflix é uma história real?
“O Lobo” é uma ficção que se baseia em uma condição real chamada disforia de espécie, onde indivíduos acreditam estar no corpo errado, pertencendo a outra espécie. Essa condição serve como uma metáfora para a busca de Jacob e Cecile por suas verdadeiras identidades. Ele abraça seus instintos selvagens e decide seguir seu caminho sozinho, enquanto ela, apesar de sua ligação com Jacob, é incapaz de abandonar o que conhece.
Depp comenta que, na vida real, as pessoas entram em nossas vidas por um tempo, mas nem todos permanecem, ressaltando a importância das jornadas individuais, mesmo que signifique seguir caminhos separados.
Comprometimento dos atores
Nathalie Biancheri exigiu um nível de comprometimento excepcional de seus atores, que tiveram que aprender a se mover e soar como os animais que acreditam ser. Lily-Rose Depp e George MacKay se prepararam com o coreógrafo de movimentos Terry Notary, famoso por trabalhos em filmes como “Vingadores: Ultimato” e “Avatar”. O ator, em particular, mergulhou em pesquisas sobre lobos e assistiu a documentários da natureza para dar vida ao seu personagem.
Explorando territórios delicados
“O Lobo” aborda temas delicados, como a disforia de espécie e, de forma mais ampla, questões de identidade e pertencimento. No entanto, o filme evita mergulhar profundamente nas complexidades psicológicas dos personagens, preferindo focar nas emoções e experiências dos pacientes.
A clínica onde se passa a trama é retratada como uma espécie de zoológico, onde os jovens são forçados a se conformar com normas humanas, enquanto suas verdadeiras naturezas são reprimidas.
A relação entre Jacob e Cecile
A relação entre Jacob e Cecile é central para a narrativa de “O Lobo”. Eles compartilham uma ligação profunda, mas marcada por um destino trágico. Jacob, incapaz de reprimir seus instintos, decide fugir da clínica. Cecile, por outro lado, é dominada pelo medo do desconhecido e pela convicção de que não sobreviveria fora do ambiente que conhece.
Conclusão sobre o final do filme O Lobo
“O Lobo” é um filme que, apesar de suas ambiguidades, oferece uma reflexão profunda sobre a identidade, a liberdade e os sacrifícios que fazemos para sermos quem realmente somos. O trabalho de Biancheri, somado às intensas atuações de MacKay e Depp, cria uma experiência que, embora complexa, ressoa emocionalmente com o público.
A obra pode não oferecer respostas fáceis, mas certamente provoca uma série de questionamentos sobre o que significa ser fiel a si mesmo em um mundo que frequentemente impõe conformidade.
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