Taynna Gripp 
Foto: Netflix / Divulgação
“O Ringue” (La Cage) é a mais nova aposta da Netflix em dramas esportivos, trazendo para a tela a jornada de Taylor, um jovem lutador de MMA com ambições de se tornar profissional.
Com uma proposta ambiciosa e cenas de luta intensas, a série explora a transição de Taylor do amadorismo ao mundo competitivo, repleto de desafios e rivalidades.
No entanto, mesmo com uma premissa atraente e participações especiais de grandes nomes do MMA, a narrativa acelerada e alguns clichês deixam a experiência aquém das expectativas.
Sinopse da série O Ringue (2024)
A série acompanha Taylor (Melvin Boomer), um lutador amador de MMA em busca do sonho de ingressar na UFC, enquanto lida com problemas familiares e traições de pessoas próximas.
Na academia, ele enfrenta Ibrahim, um antigo colega de treino com quem desenvolve uma rivalidade que culmina em um combate decisivo para sua carreira.
Fora do octógono, Taylor também enfrenta dilemas familiares: sua mãe acumula dívidas, e sua amizade com Niko, um amigo competitivo e ambíguo, complica-se ao longo da série.
Em meio a intensas lutas e momentos de pressão, Taylor tem que escolher entre seus próprios interesses e os sacrifícios pelos que ama, enquanto desafia seus próprios limites físicos e emocionais.
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Crítica de O Ringue, da Netflix
“O Ringue” é um misto de acertos e falhas. A série se destaca nas cenas de luta, que impressionam pela verossimilhança e intensidade, explorando o lado visceral do MMA e recriando a brutalidade do esporte com competência técnica.
A fotografia merece elogios, com ângulos que lembram filmes icônicos como Warrior e captura o impacto dos golpes de forma quase visceral. É um deleite visual para os fãs de lutas, especialmente por contar com lendas do MMA como Georges St-Pierre, que fazem participações pontuais e acrescentam realismo à trama.
Ritmo acelerado e curta duração
Contudo, a série sofre por seu ritmo acelerado e curta duração, com apenas cinco episódios. A rapidez com que os acontecimentos se desenrolam prejudica o desenvolvimento dos personagens, tornando difícil criar uma conexão emocional com o protagonista e entender melhor suas motivações.
A narrativa se mantém em um nível superficial, passando por temas como lealdade, ambição e vingança, mas sem explorar essas questões com a profundidade que o drama pede.
O relacionamento complicado de Taylor com a mãe e as rivalidades que surgem poderiam ter sido mais desenvolvidas, permitindo ao espectador entender melhor a carga emocional que o personagem carrega.
Diálogos mecânicos
A interpretação de Melvin Boomer como Taylor é convincente, mas em alguns momentos as interações entre os personagens parecem forçadas e previsíveis. Diálogos que deveriam transmitir autenticidade acabam soando mecânicos, o que afeta a imersão do público.
Além disso, alguns personagens, como Niko e a mãe de Taylor, se mostram estereotipados, com ações previsíveis que comprometem a profundidade da trama.
Conclusão
“O Ringue” oferece entretenimento para quem busca uma série rápida e focada no mundo das artes marciais, com lutas eletrizantes e uma ambientação interessante.
No entanto, aqueles que esperam uma trama mais desenvolvida, com arcos de personagens bem construídos e questões emocionais exploradas, podem se decepcionar com a abordagem mais simplista da série.
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Onde assistir à série O Ringue?
A série está disponível para assinantes da Netflix.
Trailer de O Ringue (2024)
Elenco de O Ringue, da Netflix
- Melvin Boomer
- Franck Gastambide
- Bosh
- Edwige Ahonto
- Antoine Simony
- Adel Bencherif
- Yanisse Kebbab
Ficha técnica da série O Ringue
- Título original: La Cage
- Criação: Franck Gastambide, Sylvain Caron
- Gênero: drama
- País: França
- Ano: 2024
- Temporada: 1
- Episódios: 5
- Classificação: 16 anos
Sobre o autor
2 thoughts on “‘O Ringue’ é rápida, curta e sem profundidade”