Confira a crítica da série "Os Assassinatos de Åre", suspense policial sueco de 2025 disponível para assistir na Netflix.
Críticas

‘Os Assassinatos de Åre’: um thriller gelado e enigmático na Netflix

Compartilhe

O nordic noir conquistou um espaço cativo no coração dos fãs de suspense, e a série “Os Assassinatos de Åre” (Åremorden) chega à Netflix para reforçar essa tradição.

Baseada nos livros Hidden in Snow e Hidden in the Shadows, da escritora sueca Viveca Sten, a produção traz um mistério envolvente ambientado na pequena cidade gelada de Åre. Mas será que essa obra consegue manter a tensão e o ritmo narrativo, ou se perde entre clichês do gênero? Vamos conferir.

Frete grátis e rápido! Confira o festival de ofertas e promoções com até 80% OFF para tudo o que você precisa: TVs, celulares, livros, roupas, calçados e muito mais! Economize já com descontos imperdíveis!

Sinopse da série Os Assassinatos de Åre (2025)

Hanna Ahlander (Carla Sehn), uma policial de Estocolmo, se vê sem rumo após ser suspensa de seu trabalho e abandonada pelo namorado. Buscando refúgio, ela parte para a casa de férias da irmã na pitoresca cidade de Åre. No entanto, sua busca por paz é abruptamente interrompida quando uma jovem desaparece na noite gelada de Lucia. Incapaz de ignorar seu instinto policial, Hanna decide investigar o caso por conta própria.

A investigação a leva a formar uma parceria tensa com Daniel Lindskog (Kardo Razzazi), um investigador local sobrecarregado e lidando com problemas pessoais. Conforme a dupla se aprofunda no caso, eles percebem que Åre esconde segredos sombrios, onde cada morador pode ter algo a esconder. Em meio a um ambiente hostil e gelado, a relação entre Hanna e Daniel é marcada por desconfiança, tornando a busca pela verdade ainda mais perigosa.

Você também pode gostar disso:

+ ‘Solteiros, Ilhados e Desesperados 4’: episódios 9 e 10 trazem a competição mais selvagem da temporada

+ Segunda temporada de ‘Invejosa’: o retorno hilário (e caótico) de Vicky

+ ‘Cela 211’ não é para os fracos de coração

Crítica de Os Assassinatos de Åre, da Netflix

“Os Assassinatos de Åre” traz todos os elementos clássicos do nordic noir: paisagens frias e desoladas, um protagonista problemático e um mistério que se desenrola em ritmo lento, mas sempre intrigante. A série é visualmente impressionante, com a fotografia capturando a beleza e a hostilidade do inverno sueco, que se torna quase um personagem dentro da narrativa.

No entanto, apesar de sua atmosfera imersiva, a trama nem sempre consegue equilibrar seus elementos. A personagem principal, Hanna Ahlander, é bem interpretada por Carla Sehn, mas sua história pessoal é revelada de forma fragmentada, tornando difícil criar uma conexão emocional mais forte com a protagonista. A série demora a aprofundar suas motivações e falhas, o que pode frustrar parte do público.

Desenvolvimento inconsistente

A estrutura da narrativa também gera alguns problemas. Com apenas cinco episódios, sendo os três primeiros focados no desaparecimento da jovem e os dois últimos em um caso diferente, a história carece de um desenvolvimento mais consistente. O primeiro mistério se desenrola de forma envolvente, mas a transição para o segundo caso parece abrupta, deixando pontas soltas que poderiam ser melhor exploradas com mais episódios.

Outro ponto que merece destaque é a dinâmica entre Hanna e Daniel. A relação dos dois é tensa e repleta de desconfiança, o que adiciona camadas interessantes à trama. No entanto, a falta de contexto sobre o passado de Daniel o torna um personagem menos impactante do que poderia ser. Algumas cenas sugerem traumas e dificuldades, mas sem um aprofundamento real, ele acaba parecendo um clichê do investigador amargurado.

Apesar dessas falhas, a série é envolvente e tem seus momentos de brilho. A direção de Joakim Eliasson e Alain Darborg consegue construir momentos de tensão bem executados, e o roteiro de Karin Gidfors e Jimmy Lindgren se esforça para manter a essência dos livros originais. Os assassinatos e investigações seguem uma lógica plausível, evitando soluções fáceis e mantendo o público interessado.

Conclusão

“Os Assassinatos de Åre” é um suspense policial competente, mas que deixa a sensação de que poderia ter sido mais impactante com um melhor desenvolvimento de personagens e um ritmo mais equilibrado.

A atmosfera gelada e a fotografia impecável ajudam a criar uma imersão envolvente, mas alguns aspectos da história acabam prejudicando o potencial da série. Ainda assim, para os fãs do gênero, vale a pena conferir essa nova aposta da Netflix e se perder nos segredos sombrios de Åre.

Siga o Flixlândia nas redes sociais

+ Instagram

+ Twitter

+ TikTok

+ YouTube

Onde assistir à série Os Assassinatos de Åre?

A série está disponível para assistir na Netflix.

Trailer de Os Assassinatos de Åre (2025)

Elenco de Os Assassinatos de Åre, da Netflix

  • Carla Sehn
  • Kardo Razzazi
  • Charlie Gustafsson
  • Francisco Sobrado
  • Pia Johansson
  • Maxida Märak
  • Cora Watson
  • Cecilia von der Esch

Ficha técnica da série Os Assassinatos de Åre

  • Título original: Åremorden
  • Gênero: suspense, policial, drama
  • País: Suécia
  • Temporada: 1
  • Episódios: 5
  • Classificação: 16 anos
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas

Artigos relacionados
Crítica da temporada 2 da série Pacificador, da HBO Max (2025) - Flixlândia
Críticas

2ª temporada de ‘Pacificador’ começa com erros e acertos, mas continua divertida

Sendo o criador do novo DC Universe, era esperado que o retorno...

Crítica da série Bon Appétit, Vossa Majestade, dorama da Netflix (2025) - Flixlândia
Críticas

Início de ‘Bon Appétit, Vossa Majestade’ promete uma jornada saborosa

O dorama sul-coreano Bon Appétit, Vossa Majestade chegou à Netflix com uma...

Leia a crítica do dorama Madame Aema, da Netflix - Flixlândia
Críticas

‘Madame Aema’ disseca a censura e a ambição

No efervescente cenário cinematográfico sul-coreano dos anos 80, conhecido como Chungmuro, surge...

Crítica da série Refém, da Netflix (2025) - Flixlândia
Críticas

‘Refém’ é bom entretenimento, mas passa a sensação de que poderia ir além

A chegada de um novo thriller político estrelado por Suranne Jones já...

Crítica da série Pssica, da Netflix (2025) - Flixlândia
Críticas

Em ‘Pssica’, a maldição é um rio de vingança e sangue

No vasto e complexo catálogo da Netflix, é raro encontrar uma produção...

Crítica da segunda temporada de Casamento às Cegas Reino Unido, da Netflix (2025) - Flixlândia (2)
Críticas

2ª temporada de ‘Casamento às Cegas: Reino Unido’ mantém viva a proposta original da franquia

“Casamento às Cegas: Reino Unido” retorna à Netflix com sua segunda temporada...

crítica da série Dias Perfeitos, do Globoplay (2025) - Flixlândia.
Críticas

‘Dias Perfeitos’ é um soco no estômago

A literatura de Raphael Montes encontrou no streaming um terreno fértil para...

Crítica da série A Mulher da Casa Abandonada, do Prime Video (2025) - Flixlândia (1)
Críticas

‘A Mulher da Casa Abandonada’ é um exemplo raro de adaptação

O fascínio do público por crimes hediondos e seus responsáveis não é...