Crítica do filme Pequenos Espiões Apocalipse da Netflix 2023 cena

Foto: Netflix / Divulgação

Robert Rodriguez é um dos diretores mais inventivos de Hollywood. Responsável por obras-primas como “El Mariachi” (1992), “A Balada do Pistoleiro” (1995), “Um Drink no Inferno” (1996), “Sin City” (2005), “Grindhouse” (2007), “Planeta Terror” (2007) e até “Machete” (2010), seu currículo é extenso e fala por si só. Em dado momento da carreira – até pela longa parceria e pela semelhança de ideias entre os dois – chegou a ser comparado a Quentin Tarantino. Entretanto, nunca teve o um reconhecimento tão grande quanto do amigo.

Não que esteja querendo comparar Rodriguez a Tarantino (mentira, estou sim), mas é inegável que o diretor de Pequenos Espiões: Apocalipse (Spy Kids: Armageddon), filme que acaba de estrear no catálogo da Netflix, é extremamente talentoso. Talvez não tanto quanto seu amigo, que criou clássicos atemporais do cinema, mas a verdade é que o cineasta com sobrenome latino sabe o que faz atrás das câmeras e tem assinatura em suas produções.

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Pequenos Espiões: Apocalipse é continuação ou reboot?

É exatamente o que acontece aqui, em Pequenos Espiões: Apocalipse, quinto filme da franquia iniciada em 2001, que agora tem um novo início, ou seja, estamos lidando com um reboot. Portanto, a saga criada pelo próprio Rodriguez, com nomes como Antonio Banderas, Carla Gugino, Tony Shalhoub, Alan Cumming e o próprio Danny Trejo, tem um recomeço em 2023. Agora liderada por Zachary Levi (o Shazam), Gina Rodriguez (que, curiosamente, apesar do sobrenome, não tem parentesco com o diretor), e pelos fofinhos Connor Esterson e Everly Carganilla.

Mesmo que não tenha o charme dos originais, ainda mais se compararmos ao talento dos atores principais, Pequenos Espiões: Apocalipse tem sim seus encantos. Antes de qualquer coisa, é bom lembrar que estamos falando de um filme para crianças e não marmanjos que cresceram saudosistas dos filmes anteriores e falam que estragaram a infância deles.

Assinatura de Robert Rodriguez

O ‘Tarantino pobre’, mais uma vez, coloca a sua cara no filme com boas escolhas na direção, principalmente nos quesitos artísticos, algo muito característico de Rodriguez. O roteiro também traz  boas piadas, simplistas e, por vezes, até ingênuas, mas tudo bem encaixando para o público adequado. Não há nada de profundo aqui e nem deveria. O filme não exige também grandes atuações, muito menos cenas absurdas de ação. No que ele se propõe, funciona perfeitamente.

Pequenos Espiões: Apocalipse é uma espécie de adaptação de videogame que diverte e, certamente, vai encantar a criançada. A mensagem final também é adequada para o público-alvo em um mundo de tanta intolerância. Os momentos dentro dos games são os mais fascinantes, onde vemos a alma de Rodriguez aparecer. E é exatamente isso que o transforma em um excelente diretor. Mesmo quando é apenas mais um trabalho para pagar as contas e esteja muito longe de ser uma obra-prima, sua assinatura é bem transparente.

Onde assistir ao filme Pequenos Espiões: Apocalipse?

O filme norte-americano Pequenos Espiões: Apocalipse estreou no dia 22 de setembro no catálogo da Netflix.

Trailer do filme Pequenos Espiões: Apocalipse, da Netflix (2023)

Pequenos Espiões: Apocalipse – Elenco do Filme da Netflix (2023)

  • Gina Rodriguez
  • Zachary Levi
  • Connor Esterson

Ficha técnica de Pequenos Espiões: Apocalipse, filme da Netflix (2023)

  • Nome original do filme: Spy Kids: Armageddon
  • Direção: Robert Rodriguez
  • Roteiro: Robert Rodriguez, Racer Max
  • Gênero: comédia, aventura
  • País: Estados Unidos
  • Ano: 2023
  • Duração: 97 minutos
  • Classificação: 10 anos

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3 thoughts on “‘Pequenos Espiões: Apocalipse’ tem a assinatura de Robert Rodriguez

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