Cena do filme 'Perdido na Montanha', da Netflix (2024) - Flixlândia (1)

‘Perdido na Montanha’ e a força da resiliência

Compartilhe

O cinema, em sua essência, muitas vezes nos convida a confrontar os medos mais primitivos do ser humano: a solidão, a vulnerabilidade e a implacável força da natureza. “Perdido na Montanha” (Lost on a Mountain in Maine), lançado em 2024 e estrelado por Luke David Blumm, Paul Sparks e Caitlin FitzGerald, mergulha profundamente nesse abismo emocional e físico.

A obra se propõe a narrar uma história de sobrevivência que vai além do mero relato de incidentes, buscando explorar a resiliência do espírito humano diante da adversidade extrema. Desde seu anúncio, o filme gerou expectativa por prometer uma jornada imersiva e angustiante, e agora, com sua chegada às telas, é hora de desvendar se ele cumpre essa promessa.

➡️ Frete grátis e rápido! Confira o festival de ofertas e promoções com até 80% OFF para tudo o que você precisa: TVs, celulares, livros, roupas, calçados e muito mais! Economize já com descontos imperdíveis!

Sinopse

Baseado em eventos reais, “Perdido na Montanha” acompanha a angustiante jornada de Donn Fendler, um jovem de apenas doze anos que se perde nas vastas e impiedosas montanhas de Katahdin, no Maine. Separado de sua família durante uma tempestade repentina, Donn se vê sozinho em um ambiente hostil, lutando contra o frio, a fome, a sede e o constante medo do desconhecido.

O filme detalha seus nove dias de calvário, mostrando sua incessante busca por um caminho de volta à civilização, enquanto sua família e equipes de resgate empreendem uma desesperada caçada para encontrá-lo. A narrativa se desenrola entre a perspectiva do menino, que lida com a dor física e o desespero psicológico, e a angústia de seus pais, que enfrentam a incerteza e a esperança de reencontrar o filho.

➡️ Siga o Flixlândia no WhatsApp e fique por dentro das novidades de filmes, séries e streamings

Crítica

“Perdido na Montanha” é um filme que, em sua essência, busca um equilíbrio delicado entre a crueza da sobrevivência e a delicadeza da experiência humana. O grande peso da narrativa recai sobre os ombros do jovem Luke David Blumm, que entrega uma performance surpreendentemente madura e convincente como Donn Fendler. Sua atuação é o coração pulsante do filme, transmitindo com notável realismo a transição de um menino assustado e desorientado para um sobrevivente resiliente.

Blumm consegue expressar a exaustão, a dor e os lampejos de esperança de forma visceral, permitindo que o público se conecte profundamente com seu sofrimento. Paul Sparks e Caitlin FitzGerald, como os pais de Donn, complementam a narrativa com sua representação da angústia e da determinação em meio ao desespero, embora o foco principal permaneça na odisseia do garoto.

➡️ Acompanhe o Flixlândia no Google Notícias e fique por dentro do mundo dos filmes e séries do streaming

Crítica do filme 'Perdido na Montanha', da Netflix (2024) - Flixlândia
Cena do filme ‘Perdido na Montanha’ (Foto: Netflix / Divulgação)

A imersão na natureza impiedosa

Um dos pontos mais fortes do filme é a forma como a montanha de Katahdin é retratada não apenas como um cenário, mas como um personagem por si só, implacável e grandioso. A cinematografia capta a beleza hostil do ambiente, desde as densas florestas até os picos rochosos e as tempestades avassaladoras.

Essa representação visual contribui significativamente para a sensação de isolamento e perigo que permeia a história. No entanto, em alguns momentos, a edição pode parecer um pouco fragmentada, alternando entre as perspectivas de Donn e de sua família de forma que, por vezes, quebra um pouco o ritmo da imersão na jornada individual do protagonista.

➡️ ‘Um Maluco no Golfe 2’ é um exercício de fan service bem executado
➡️ ‘Uma Mulher Comum’ e a fragilidade da perfeição
➡️ ‘Quarteto Fantástico: Primeiros Passos’ é a obra-prima que a Marvel precisava

Ritmo e desenvolvimento narrativo

O ritmo de “Perdido na Montanha” é intencionalmente lento, o que permite ao espectador vivenciar a agonia e a monotonia dos dias de Donn na natureza selvagem. Essa cadência, embora eficaz para construir a tensão e o senso de desamparo, pode testar a paciência de alguns. O filme opta por um realismo austero, evitando reviravoltas melodramáticas em favor de uma representação mais crua da luta pela sobrevivência.

Essa escolha, ao mesmo tempo que confere autenticidade à narrativa, pode fazer com que a progressão da história pareça menos dinâmica do que o esperado para um filme de aventura, focando-se mais na psicologia do que na ação desenfreada.

➡️ Quer saber mais sobre filmes, séries e streamings? Então acompanhe o trabalho do Flixlândia nas redes sociais pelo InstagramXTikTok e YouTube, e não perca nenhuma informação sobre o melhor do mundo do audiovisual.

Conclusão

“Perdido na Montanha” é um filme corajoso que se aventura por um território familiar, mas com uma abordagem singular. Ele se destaca pela performance notável de Luke David Blumm e pela representação imersiva de uma natureza avassaladora. Embora seu ritmo deliberado e sua busca por um realismo mais sombrio possam não agradar a todos, a obra consegue transmitir a verdadeira essência da perseverança humana.

É um testemunho da fragilidade do homem diante da magnitude da natureza e, ao mesmo tempo, de sua inesgotável capacidade de resistir. O filme não é apenas uma história de sobrevivência física, mas também uma reflexão sobre a força interior que emerge nos momentos de maior adversidade. Para aqueles que buscam uma experiência cinematográfica mais contemplativa e focada na psique humana, “Perdido na Montanha” é uma jornada que vale a pena ser percorrida.

Onde assistir ao filme Perdido na Montanha?

O filme está disponível para assistir na Netflix.

Assista ao trailer de Perdido na Montanha (2025)

YouTube player

Elenco de Perdido na Montanha, da Netflix

  • Luke David Blumm
  • Paul Sparks
  • Caitlin Fitzgerald
  • Griffin Wallace Henkel
  • Mason Cufari
  • Ethan Slater
  • Bates Wilder
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas

Procuram-se colaboradores
Procuram-se colaboradores
Artigos relacionados
Leia a crítica do filme French Lover, da Netflix (2025) - Flixlândia
Críticas

‘French Lover’, um romance falho, que não oferece o melhor que Paris pode ofertar

O astro da série Lupin, Omar Sy, chegou ao mundo das comédias...

Leia a crítica do filme Rute e Boaz, da Netflix (2025) - Flixlândia
Críticas

‘Rute e Boaz’ prioriza a mensagem em detrimento da profundidade

O cinema de fé, ou “faith-based movies”, encontrou na Netflix um terreno...

Crítica do filme Coração de Lutador - The Smashing Machine (2025)
Críticas

‘Coração de Lutador’: Dwayne Johnson entrega atuação da vida em cinebiografia de lutador do MMA

Cinebiografias geralmente decepcionam por mostrar uma visão romantizada, e mesmo alguns exemplos...

Críticas

‘Bicho Monstro’: quando a metáfora abraça a realidade

‘Bicho Monstro’ marca a estreia de Germano de Oliveira na direção de...

crítica do filme Mantis da Netflix 2025 - Flixlândia
Críticas

‘Mantis’ não consegue se sustentar sozinho

Em 2023, o filme sul-coreano Kill Boksoon apareceu como um sucesso surpreendente...

Crítica do filme Kygo Back at the Bowl (2025) - Flixlândia
Críticas

‘Kygo: Back at the Bowl’: show de DJ impressiona pela qualidade técnica, mas é morno e previsível

Os números impressionam: 23 bilhões de streams, turnês esgotadas ao redor do...

Críticas

‘Zoopocalipse’ é uma introdução perfeita para o terror infantil, com muito neon e carisma

Misturar terror e comédia em uma produção voltada ao público infantil é...

Leia a crítica do filme Os Estranhos - Capítulo 2 (2025) - Flixlândia
Críticas

‘Os Estranhos – Capítulo 2’ melhora o primeiro, mas piora a franquia

Chegando aos cinemas nesta quinta-feira, 25 de setembro, “Os Estranhos – Capítulo...