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‘Pobres Criaturas’ é uma obra-prima do cinema contemporâneo

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Foto: 20th Century Studios / Divulgação

Podemos sintetizar Yorgos Lanthimos como um diretor inquieto. Responsável por obras interessantíssimas como “O Lagosta” e “A Favorita”, o cineasta sempre foge do lugar-comum do cinema hollywoodiano. Não à toa, seus trabalhos ganham tanta repercussão com o público, seja para amá-lo ou odiá-lo. E não foi diferente com “Pobres Criaturas” (Poor Things), filme estrelado por Emma Stone, Mark Ruffalo e Willem Dafoe que levou quatro Oscars em 2024 e ainda concorreu na categoria principal.

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Sinopse de Pobres Criaturas, do Star Plus

“Pobres Criaturas” conta a incrível história e a fantástica evolução de Bella Baxter (Stone), uma jovem trazida de volta à vida pelo brilhante e heterodoxo cientista Dr. Godwin Baxter (Dafoe). Sob a proteção de Baxter, Bella está ansiosa para aprender. Com fome do mundanismo que lhe falta, ela foge com Duncan Wedderburn (Ruffalo), um advogado esperto e debochado, em uma aventura turbulenta pelos continentes. Livre dos preconceitos de seu tempo, a jovem cresce firme em seu propósito de defender a igualdade e a libertação.

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Crítica do filme Pobres Criaturas (2024)

“Pobres Criaturas” já impressiona logo de cara com seu visual deslumbrante. A fotografia de Robbie Ryan é realmente de cair o queixo, fazendo uma mistura de tons apaixonante que lembram verdadeiras obras de arte. Mas um filme não sobrevive apenas da estética, ainda mais algo feito por Lanthimos.

O elenco todo está muito bem, tanto é que Mark Rufallo e Emma Stone concorreram ao Oscar 2024. Apesar do “eterno Hulk” brilhar em tela, é ela quem conduz o filme, a grande força da obra, que jamais teria sido a mesma sem sua presença. Stone está radiante, no que pode ser considerado o melhor trabalho de sua carreira.

A atriz está estonteante, não por sua beleza, mas por sua entrega ao personagem. Uma atuação que exigia imensa profundidade e foi catalisada pelo roteiro fantástico de Tony McNamara a partir do livro homônimo de Alasdair Gray. Com uma imensidão de camadas, o texto incomoda, choca e liberta, numa história que, quanto mais você remexe, mais percebe a riqueza do conteúdo.

“Pobres Criaturas” não fala somente da descoberta do corpo pela mulher, mas disserta também sobre o machismo, o estupro, o assédio, o feminismo, a liberdade, luta de classes, entre outras questões tão pertinentes e relevantes no mundo moderno (ainda que o filme se passe em outro século).

Há quem possa reclamar das cenas de sexo ou do uso excessivo da nudez. Entretanto, nada aqui – fora os personagens, que são propositalmente caricatos – é exagerado. Esses elementos fazem parte do que a narrativa propõe e são usados com perfeição como parte do quebra-cabeças montado por Lanthimos e McNamara.

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Conclusão

“Pobres Criaturas” é uma obra-prima do cinema contemporâneo, sendo um filme necessário em tempos de cada vez mais conservadorismo. Um longa-metragem que, ao mesmo tempo que incomoda, emociona, encanta, causa reflexão, exatamente o que uma boa obra de arte exige. Vida longa a Yorgos Lanthimos e Emma Stone!

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Onde assistir ao filme Pobres Criaturas (2024)?

“Pobres Criaturas” está disponível para assinantes do Star+.

Trailer do filme Pobres Criaturas, do Star Plus (2023)

Elenco do filme Pobres Criaturas, do Star Plus (2024)

Ficha técnica do filme Pobres Criaturas, do Star Plus (2024)

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