'Quatro Dias com Ela' humaniza a dolorosa luta contra o vício

Lançado em 2020 e chegando agora à Netflix, o filme “Quatro Dias com Ela” (Four Good Days) é um drama dirigido por Rodrigo García que narra a intensa batalha de uma jovem contra o vício em drogas e a relação tumultuada com sua mãe. O longa-metragem destaca-se por suas poderosas atuações e uma abordagem sincera sobre a dependência química.

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Sinopse de Quatro Dias com Ela, da Netflix

Em “Quatro Dias com Ela”, Mila Kunis interpreta Molly, uma mulher de 31 anos que luta contra uma década de vício em heroína. Após mais uma recaída, Molly se vê na porta da casa de sua mãe, Deb, interpretada por Glenn Close, implorando por ajuda para se desintoxicar.

O filme foca nos quatro dias cruciais em que mãe e filha tentam garantir uma injeção de um antagonista opiáceo que poderia salvar a vida de Molly, contanto que ela consiga permanecer sóbria durante esse período.

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Confira a crítica do filme "Quatro Dias com Ela", drama de 2020 estrelado por Mila Kunis que está disponível para assinantes da Netflix. — Cena do filme “Quatro Dias com Ela” (Foto: Divulgação)

Crítica do filme Quatro Dias com Ela (2020)

“Quatro Dias com Ela” merece elogios por suas representações realistas e emocionais, particularmente as atuações de Kunis e Close, que trazem uma profundidade notável aos seus personagens. A dinâmica mãe-filha é o coração do filme, expondo as complexas relações de amor, ressentimento e esperança dentro de uma família afetada pelo vício.

No entanto, o roteiro e o desenvolvimento dos coadjuvantes poderiam ter sido melhor explorados. Os personagens secundários, que poderiam aprofundar ainda mais a trama, acabam ficando relegados a segundo plano, perdendo uma ótima oportunidade de debater o tema mais a fundo.

O tratamento da questão do vício é tanto íntimo quanto universal, destacando os desafios enfrentados por aqueles que lutam contra a dependência e os efeitos devastadores que isso tem sobre suas famílias. Se o roteiro peca um pouco, a narrativa é enriquecida por uma direção que alterna entre momentos do passado feliz e o presente sombrio, ilustrando o contraste drástico na vida de Molly causado pelo vício.

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Conclusão

Embora “Quatro Dias com Ela” possa ter suas falhas, como uma representação por vezes simplista das dificuldades de retirada das drogas e momentos de diálogo que parecem forçados, seu impacto emocional e as atuações de Close e Kunis oferecem uma visão significativa e frequentemente dolorosa do mundo do vício.

O filme faz um trabalho louvável ao humanizar uma questão frequentemente estigmatizada, oferecendo uma visão ímpar para as lutas reais e profundamente humanas enfrentadas por aqueles na jornada para a recuperação.