“Sisu” não é um filme sobre o Sistema de Seleção Unificada. Brincadeiras à parte, o longa-metragem dirigido e escrito por Jalmari Helander, é ambientado na devastada paisagem finlandesa de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial.
A obra mistura violência desenfreada com uma mensagem nacionalista, oferecendo uma experiência que evoca tanto o cinema de guerra quanto os clássicos westerns de Sergio Leone e os filmes de ação dos anos 1980. Com um protagonista quase mítico interpretado por Jorma Tommila, “Sisu” promete uma jornada repleta de sangue, suor e ouro.
Sinopse do filme Sisu (2023)
A trama segue Aatami Korpi, um mineiro que vive isolado com seu cavalo e seu cachorro. Em um dia aparentemente comum, ele encontra um valioso depósito de ouro em um riacho. Contudo, ao tentar levar sua fortuna para casa, ele cruza o caminho de um grupo de nazistas que estão transportando mulheres finlandesas capturadas. Quando os soldados descobrem o ouro de Aatami, começa uma luta implacável pela posse do metal precioso.
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Crítica do filme Sisu, da Max
“Sisu” se destaca por sua violência estilizada e pela interpretação quase silenciosa, mas poderosa, de Jorma Tommila como Aatami Korpi. O termo “sisu” remete a uma determinação inabalável, um espírito de perseverança que é quase sobrenatural, e Aatami personifica esse conceito ao enfrentar inimigos muito mais numerosos e bem armados.
A narrativa do filme é impulsionada por cenas de ação intensas e coreografadas com maestria, onde Aatami sobrevive a situações extremas, como campos minados, enforcamentos e combates subaquáticos.
A fotografia de Kjell Lagerroos captura a paisagem finlandesa devastada pela guerra de forma sombria e evocativa, reforçando a sensação de desolação e destruição. O uso de poucos diálogos e a ênfase na narrativa visual permitem que o público se conecte com a história de forma visceral, quase intuitiva.
O diretor Helander subverte a imagem tradicional do garimpeiro como um símbolo de colonização e roubo de terras, retratando Aatami como um defensor dos recursos restantes de seu país contra os invasores nazistas.
Apesar de sua simplicidade narrativa, “Sisu” consegue ser profundamente simbólico. Os nazistas são representados como colonizadores, tentando roubar o último tesouro que não conseguiram destruir. Essa dinâmica cria uma inversão interessante da história dos garimpeiros, transformando o filme em uma alegoria nacionalista.
Conclusão
“Sisu” equilibra perfeitamente o entretenimento de ação com uma mensagem mais profunda sobre resiliência e nacionalismo. A determinação sobre-humana de Aatami, combinada com a violência gráfica e o humor negro, torna o filme uma experiência única e divertida.
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Onde assistir ao filme Sisu?
O filme está disponível para assinantes da Max.
Trailer de Sisu (2024)
Elenco de Sisu, da Max
- Jorma Tommila
- Aksel Hennie
- Jack Doolan
- Mimosa Willamo
- Onni Tommila
Ficha técnica do filme Sisu
- Título original: Sisu
- Direção: Jalmari Helander
- Roteiro: Jalmari Helander
- Gênero: ação, guerra
- País: Finlândia, Reino Unido, Estados Unidos
- Duração: 92 minutos
- Classificação: 16 anos
Sobre o autor
3 thoughts on “‘Sisu’ equilibra perfeitamente entretenimento e reflexão”