
Foto: Max / Divulgação
Desde sua estreia, “The Last of Us” constrói sua narrativa sobre perdas irreparáveis, decisões morais ambíguas e vínculos forjados em meio à devastação. Mas nada, nem mesmo o conhecimento prévio de quem jogou “The Last of Us – Parte 2”, é capaz de preparar o público para o que acontece no episódio 2 da segunda temporada.
O capítulo não apenas reproduz um dos momentos mais impactantes da história dos videogames, como o reinventa com brutalidade, sensibilidade e uma carga emocional de tirar o fôlego. A morte de Joel não é só um ponto de virada — é uma ferida aberta que vai sangrar por toda a temporada.
Sinopse do episódio 2 da temporada 2 de The Last of Us (2025)
No episódio que marca uma das transições mais drásticas da trama, acompanhamos dois núcleos narrativos em tensão crescente. De um lado, Abby (Kaitlyn Dever) e seus companheiros da W.L.F. articulam a emboscada contra Joel (Pedro Pascal), motivados pela vingança que a personagem carrega desde a morte de seu pai no final da primeira temporada. Do outro, a rotina em Jackson é interrompida por uma ameaça de invasão de infectados, o que força Tommy (Gabriel Luna) a liderar a defesa da cidade.
Entre tempestades de neve, surtos de violência e despedidas comoventes, o episódio culmina em um dos momentos mais devastadores da televisão recente: a execução fria de Joel, enquanto Ellie (Bella Ramsey) assiste, impotente.
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Crítica do 2º episódio de The Last of Us (temporada 2), da Max
Mesmo para quem já sabia o que estava por vir, a sequência da morte de Joel não perdeu impacto. A série, com uma direção precisa de Mark Mylod, nos arrasta lentamente até o abismo, fazendo-nos desejar que o inevitável fosse evitado.
Não é apenas a violência do ato que choca, mas a impotência silenciosa de Ellie, a fúria dissimulada de Abby e o silêncio cúmplice dos companheiros dela. É uma cena que fala com o corpo, com o olhar e com a ausência — especialmente a ausência de reação de Joel, que parece saber que chegou sua hora.
A ação como distração ou intensificação?
Embora a sequência de batalha em Jackson seja tecnicamente impecável — e lembre as melhores cenas de guerra de Game of Thrones —, sua colocação dentro do episódio levanta questionamentos. Por vezes, parece desviar o foco do drama central.
A luta contra a horda de infectados, com direito a explosões e monstros icônicos dos games, é grandiosa, mas arrisca diminuir o impacto do arco de Abby e Joel. Ainda assim, é inegável o nível de produção e a tensão construída cena a cena, tornando o episódio um dos mais ambiciosos da série até agora.
Abby e Ellie: o espelho rachado da dor
Kaitlyn Dever entrega uma Abby complexa: não é apenas a vilã de uma vingança cruel, mas uma jovem consumida por um luto que a deformou. Sua atuação equilibra frieza e vulnerabilidade, e sua postura corporal diz mais que muitos diálogos.
Bella Ramsey, por sua vez, transforma o sofrimento de Ellie em uma dor visceral — seus gritos, sua paralisia, sua fúria contida são tão reais que perfuram o espectador. Juntas, Abby e Ellie formam o novo eixo emocional da série: duas órbitas colidindo, alimentadas por perdas e promessas de vingança.
Uma adaptação que respeita e reinventa
A série não reproduz o jogo quadro a quadro — e esse é seu maior acerto. Ao substituir Tommy por Dina na patrulha com Joel, por exemplo, a narrativa amplia a participação da personagem de Isabela Merced, o que pode render desenvolvimentos mais profundos nos episódios seguintes.
A decisão de tornar a tortura mais longa, com falas e hesitações, também oferece mais nuances ao ato de Abby, dando espaço para o desconforto até mesmo entre seus aliados.
Conclusão
O episódio 2 da temporada 2 de “The Last of Us” é um marco. Não só por ser tecnicamente um dos melhores já exibidos, mas porque representa uma ruptura definitiva com a trajetória emocional construída até aqui.
A série entra em um novo ciclo — sombrio, imprevisível e emocionalmente exaustivo. Com atuações de altíssimo nível, direção precisa e coragem narrativa, o capítulo transforma luto em combustível, e dor em impulso dramático.
Se a primeira temporada foi sobre sobrevivência e construção de vínculos, a segunda será sobre as consequências — devastadoras — de tudo isso. E nós, espectadores, seguiremos, com Ellie, em busca de algum sentido no rastro de sangue que ficou para trás.
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Onde assistir à série The Last of Us?
A série está disponível para assistir na Max.
Trailer da temporada 2 de The Last of Us (2025) [LEGENDADO]
Trailer da temporada 2 de The Last of Us (2025) [DUBLADO]
Elenco de The Last of Us, da Max
- Pedro Pascal
- Bella Ramsey
- Kaitlyn Dever
- Brendan Rozario
- Anna Torv
- Gabriel Luna
- Samuel Hoeksema
- Catherine O’Hara
Ficha técnica da série The Last of Us
- Título original: The Last of Us
- Criação: Craig Mazin, Neil Druckmann
- Gênero: ficção científica, ação, aventura, terror, suspense, drama
- País: Canadá, Estados Unidos
- Temporada: 2
- Episódios: 7
- Classificação: 16 anos