Confira a crítica do filme "Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais", comédia brasileira que estreou em 30 de janeiro de 2025 nos cinemas.
Críticas

‘Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais’ ri das dores e delícias do amor

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Baseado na obra de Domingos Oliveira e inspirado no filme de 2008 “Todo Mundo Tem Problemas Sexuais”, “Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais”, a nova produção dirigida por Renata Paschoal revisita os dilemas do amor e do sexo com um olhar contemporâneo e bem-humorado.

O longa não apenas mantém a essência provocativa e reflexiva do original, como também atualiza suas discussões para um público que, apesar de mais aberto a certas questões, ainda se vê preso às mesmas inseguranças, ciúmes e desejos de sempre.

Com um formato de esquetes, o longa-metragem se desdobra em quatro histórias independentes, que exploram diferentes facetas das relações amorosas e sexuais. A abordagem, sem pudores e carregada de humor inteligente, faz com que o filme se torne um espelho cômico da vida real, permitindo que o público se enxergue nas situações apresentadas.

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Sinopse do filme Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais

O filme nos leva por quatro narrativas distintas, mas conectadas pela temática dos relacionamentos e seus desafios. Na primeira, um casal se transforma em um trisal, o que desencadeia conflitos inesperados e sentimentos conflitantes. A segunda história aborda traumas e preconceitos íntimos, trazendo à tona as barreiras emocionais e sociais que ainda cercam a sexualidade.

A terceira trama usa o humor para tratar da paixão e seus efeitos no desejo, explorando como os sentimentos podem influenciar até mesmo a fisiologia do corpo. Já na quarta e última história, acompanhamos a busca por novas experiências antes do casamento, refletindo sobre a liberdade e os medos que surgem diante de uma decisão definitiva.

Com um elenco que mistura novos talentos e rostos conhecidos, como Letícia Lima, Hélio de La Peña, Sophia Abrahão e Dudu Azevedo, o filme aposta na naturalidade das atuações para dar vida a personagens que transitam entre o cômico e o dramático.

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Crítica de Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais (2025)

A grande sacada de “Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais” está no tom descontraído e na capacidade de transformar situações embaraçosas e íntimas em algo universal. O roteiro se aproveita daquilo que é comum a todos – o desejo, a insegurança e a busca pelo amor – para criar histórias que soam familiares, arrancando risos justamente por sua autenticidade.

A escolha por um formato episódico, semelhante ao de Relatos Selvagens e Tudo o Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo, Mas Tinha Medo de Perguntar, dá dinamismo ao longa e permite explorar diferentes perspectivas sobre o mesmo tema. No entanto, esse estilo também traz desafios: algumas piadas parecem se repetir, e há momentos em que o ritmo oscila entre ágil e arrastado.

Mesmo com pequenas inconsistências, a leveza da direção de Renata Paschoal e a montagem precisa de Duda Benevides garantem que a experiência seja envolvente. O humor, muitas vezes, se apoia no exagero e no absurdo das situações, o que pode afastar parte do público que prefere uma abordagem mais sutil. Ainda assim, a obra evita o apelo fácil da nudez gratuita e aposta no texto como principal ferramenta cômica – uma decisão acertada que reforça a qualidade da comédia sem desviar o foco da crítica e da reflexão.

Bom elenco

Outro ponto positivo é o elenco. Júlia Maggessi, em sua estreia no cinema, se destaca, enquanto nomes mais experientes como Hélio de La Peña e Letícia Lima ajudam a dar credibilidade às histórias. A mistura entre novos talentos e atores já conhecidos contribui para o frescor do filme, tornando cada segmento único à sua maneira.

Por outro lado, “Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais” apresenta alguns momentos de ingenuidade técnica e atuações que poderiam ser mais lapidadas. Mas, curiosamente, essas imperfeições acabam por agregar charme à obra, reforçando sua espontaneidade e naturalidade.

Conclusão

“Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais” é um filme que diverte e provoca ao mesmo tempo. Ele não se leva a sério, mas toca em questões que fazem parte do dia a dia de qualquer pessoa. O humor funciona justamente porque os temas são universais – e, no final das contas, todos nós já estivemos em situações embaraçosas no amor.

A produção pode não ser impecável, mas compensa suas falhas com autenticidade e um olhar humano sobre as relações. Para quem gosta de um cinema nacional despretensioso e divertido, mas que ainda assim oferece uma boa dose de reflexão, a obra de Renata Paschoal é uma ótima pedida. Porque, no fim das contas, os problemas sexuais (e amorosos) continuam os mesmos – e talvez nunca deixem de existir.

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Onde assistir ao filme Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais?

O filme está disponível para assistir nos cinemas.

Trailer de Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais (2025)

Elenco do filme Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais

  • Sophia Abrahão
  • Dudu Azevedo
  • Cauê Campos
  • Hélio de la Peña
  • Letícia Lima
  • Beatriz Linhales
  • Júlia Maggessi
  • Cláudia Mauro
  • Totia Meireles
  • Gabriel Portela
  • Maria Santos
  • Samuel Valladares

Ficha técnica de Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais (2025)

  • Direção: Renata Paschoal
  • Roteiro: Maria Santos, Samuel Valladares, Vicente Valle, Flavia Guimarães
  • Gênero: comédia
  • País: Brasil
  • Duração: 72 minutos
  • Classificação: 14 anos
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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