Carla Lima 
Débora Bloch é Odete Roitman do remake - Crédito: Estevam Avellar / Rede Globo
Vale Tudo, remake mais aguardado da Globo nos últimos anos, retorna às telas em 2025 com diferenças notáveis que vão além do visual moderno da nova abertura. A trilha continua com Gal Costa cantando Brasil, mas as imagens ganharam uma nova roupagem, refletindo o país atual, suas contradições e dilemas sociais.
Uma nova protagonista, novos tempos
Na versão original, Raquel era interpretada por Regina Duarte, símbolo da mulher batalhadora e silenciosa. Agora, Taís Araújo assume o papel com postura mais ativa.
Logo no início, Raquel enfrenta agressões, mas reage com firmeza. A mudança reforça a independência da personagem, moldada pelos tempos atuais.
A nova trama também dá mais espaço para representatividade racial, com atores negros ocupando papéis centrais que antes não existiam.
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Mudanças de enredo e ambientação
Maria de Fátima, vivida agora por Bella Campos, troca o sonho de modelo pelo desejo de virar influenciadora digital. A personagem continua ambiciosa e dissimulada.
Cenários também mudaram. A pousada de Laís e Cecília, antes em Búzios, agora está situada em Angra dos Reis. A Tomorrow virou agência de conteúdo.
Gildo virou Gilda. Interpretado por Letícia Vieira, o personagem mantém a essência do original, mas agora é uma mulher jovem acolhida por Raquel após tentar furtá-la.
Atualizações no roteiro e na estética
Diálogos foram adaptados para soar mais naturais em 2025. Referências desatualizadas, como atores esquecidos, foram substituídas por figuras contemporâneas da cultura pop.
Cecília, que morria na versão de 1988, continua viva na nova trama e inicia um processo de adoção com Laís. O casal tem mais destaque e profundidade.
Jarbas, que era taxista, agora dirige por aplicativo. Consuelo, antes irmã, agora é esposa dele. Os dois criam os filhos André e Daniela como casal.
Comparações entre gerações e temas sociais mantidos
A estrutura geral da novela foi mantida, mas com mudanças no ritmo. A chegada de Fátima ao Rio, antes logo no primeiro episódio, agora acontece no segundo.
Heleninha, que luta contra o alcoolismo, não terá sua história vinculada a emagrecimento, evitando mensagens nocivas. A doença será tratada com mais cuidado.
O vilão Marco Aurélio, interpretado por Alexandre Nero, continua frio e calculista, mas sem comparações exageradas como as que havia na versão original.
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