Confira a crítica da temporada 4 da série "Valéria", comédia dramática espanhola de 2025 disponível para assistir na Netflix.
Críticas

‘Valéria’ chega ao seu desfecho sem grandes surpresas

Compartilhe

A quarta e última temporada de “Valéria” chegou à Netflix trazendo um desfecho para a história da protagonista e suas amigas. Baseada na saga de livros de Elísabet Benavent, a série acompanhou ao longo dos anos os dilemas amorosos e profissionais de Valeria, sempre dividida entre o amor tumultuado por Víctor e a promessa de estabilidade ao lado de Bruno.

Esta temporada final busca amarrar todas as pontas soltas, mas faz isso de maneira previsível, sacrificando o desenvolvimento de personagens para reafirmar um destino já esperado desde o início.

Frete grátis e rápido! Confira o festival de ofertas e promoções com até 80% OFF para tudo o que você precisa: TVs, celulares, livros, roupas, calçados e muito mais! Economize já com descontos imperdíveis!

Sinopse da temporada 4 da série Valéria (2025)

A temporada começa um ano depois dos acontecimentos da terceira, com Valéria estabelecida em um relacionamento com Bruno. Apesar da aparente estabilidade, ela continua se sentindo incompleta e bloqueada criativamente em sua carreira como escritora.

Com a convivência trazendo desafios, a relação dos dois vai se desgastando, especialmente com a reaproximação de Víctor, agora transformado em um homem mais maduro e disposto a assumir um compromisso real. Paralelamente, Lola, Carmen e Nerea também enfrentam momentos decisivos em suas vidas pessoais e profissionais, com temas como maternidade, diferença de idade nos relacionamentos e o medo do compromisso sendo explorados.

A grande questão da temporada é se Valéria finalmente conseguirá romper o ciclo de idas e vindas com Víctor ou se cederá, mais uma vez, ao sentimento que sempre nutriu por ele.

Você também pode gostar disso:

+ ‘Casada, mas…’: será que o amor sobrevive a todos os poréns?

+ ‘Origem’ continua intrigante e aterrorizante em sua terceira temporada

+ ‘Um Amor de Cinema’, um dorama sobre amor, sétima arte e redenção

Crítica da 4ª temporada de Valéria, da Netflix

A temporada 4 de “Valéria” sofre de um problema recorrente em muitas séries românticas: a necessidade de justificar sua própria existência. A terceira temporada já havia oferecido um desfecho satisfatório para a personagem, permitindo que ela seguisse em frente com Bruno, mas a Netflix optou por uma nova leva de episódios para adaptar Valeria ao Desnudo, último livro da saga. O resultado é um roteiro que precisa reconfigurar personagens para que o final “esperado” aconteça.

O maior exemplo disso é Bruno, que antes era um parceiro atencioso e maduro, mas aqui se torna um homem ríspido e incapaz de compreender Valéria. A decisão de transformá-lo em um obstáculo apenas para que Víctor pudesse ser “o escolhido” é uma solução fácil e pouco inspirada.

Por outro lado, Víctor, que passou temporadas evitando compromisso e causando sofrimento a Valéria, agora aparece como o homem ideal, pronto para assumir o papel que sempre fugiu. Essa mudança repentina pode agradar aos fãs do casal, mas não parece orgânica dentro da evolução da trama.

Amizade ainda como ponto forte

Felizmente, o coração de “Valéria” sempre foi sua amizade com Lola, Carmen e Nerea, e essa continua sendo a parte mais forte da temporada. Os arcos das amigas, apesar de terem menos tempo de tela, trazem questões mais interessantes do que a história principal. A jornada de Carmen, conciliando a maternidade com sua carreira e seu casamento, é um dos pontos altos.

Lola, por outro lado, surpreende ao aceitar um relacionamento estável, algo impensável nas temporadas iniciais. Nerea, por fim, enfrenta seus próprios dilemas sobre amor e independência, mesmo que seu final pareça apressado e pouco satisfatório.

Visualmente, a série segue com sua identidade vibrante, explorando a paleta de cores e figurinos que se tornaram marca registrada. A trilha sonora, no entanto, perde o brilho, parecendo genérica e pouco marcante em comparação às temporadas anteriores.

Acompanhe o Flixlândia no Google Notícias e fique por dentro do mundo dos filmes e séries do streaming

Conclusão

A temporada 4 de “Valéria” entrega exatamente o que muitos espectadores esperavam, mas sem grandes surpresas ou riscos narrativos. O ciclo da protagonista se fecha de forma previsível, reforçando a ideia de que seu destino sempre esteve atrelado a Víctor. A jornada de amadurecimento da personagem, que poderia ter seguido um caminho mais independente, acaba sendo reduzida a uma história de segundas chances no amor.

No fim, “Valéria” continua sendo um “guilty pleasure” para os amantes do gênero, mas perde a oportunidade de oferecer um desfecho realmente impactante. Ainda assim, vale a pena acompanhar pela dinâmica do grupo de amigas, que segue sendo o ponto mais autêntico e envolvente da série.

Siga o Flixlândia nas redes sociais

+ Instagram

+ Twitter

+ TikTok

+ YouTube

Onde assistir à série Valéria?

A série está disponível para assistir na Netflix.

Trailer da temporada 4 de Valéria (2025)

Elenco de Valéria, da Netflix

  • Diana Gómez
  • Silma López
  • Paula Mália
  • Teresa Riott
  • Maxi Iglesias
  • Juanlu González
  • Federico Aguado
  • Ibrahim Al Shami

Ficha técnica da série Valéria

  • Título original: Tong Hua Gu Shi Xia Ji / I Am Married…But!
  • Gênero: comédia, romance, aventura, drama
  • País: Espanha
  • Temporada: 4
  • Episódios: 6
  • Classificação: 18 anos
Escrito por
Giselle Costa Rosa

Navegando nas águas do marketing digital, na gestão de mídias pagas e de conteúdo. Já escrevi críticas de filmes, séries, shows, peças de teatro para o sites Blah Cultural e Ultraverso. Agora, estou aqui em um novo projeto no site Flixlândia.

  • Concordo com você! A mudança do personagem Bruno é muito forçada! Não tinha nenhum indício na temporada anterior que ele se tornaria o que tornou. Faltou coerência.
    Realmente deveriam arranjar um outro motivo para que Valéria retomasse o seu relacionamento com Victor. Um motivo mais honesto que não esse de responsabilizar o outro pelos nossos reais desejos.
    Uma série que tinha uma proposta de mulheres empoderadas, acabou por cair no óbvio e senso comum, refém das cobranças sociais. Uma pena!

  • Pois acho q o final foi óptimo. Pessoas atenciosas no início podem mudar durante a relação… no início queremos mt agradar e queremos acreditar q vai funcionar. Mas com o tempo ficamos mais relaxados … e começamos a mostrar todas as nuances da nossa personalidade. O Vitor sempre mostrou o q era….. acho q aqui sim foi clichê ele ter mudado para um homem maduro. Mas já na terceira temporada ele vinha a mostrar medo de mudança e de arriscar… por isso acho q temporalmente falando faz sentido essa evolução da personagem. Se é possível na vida real?! Acho que dificilmente. Mas é uma série e sempre existe 1% para surgir essa mudança.

    Odiei a terceira temporada.

    E a Valéria sente se bloqueada a nível de escrita pq o Bruno é morno… nao a taz arriscar. É uma bolhinha de conforto… e a personagem desde do início sempre quis mais …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas

Artigos relacionados
Crítica da temporada 2 da série Pacificador, da HBO Max (2025) - Flixlândia
Críticas

2ª temporada de ‘Pacificador’ começa com erros e acertos, mas continua divertida

Sendo o criador do novo DC Universe, era esperado que o retorno...

Crítica da série Bon Appétit, Vossa Majestade, dorama da Netflix (2025) - Flixlândia
Críticas

Início de ‘Bon Appétit, Vossa Majestade’ promete uma jornada saborosa

O dorama sul-coreano Bon Appétit, Vossa Majestade chegou à Netflix com uma...

Leia a crítica do dorama Madame Aema, da Netflix - Flixlândia
Críticas

‘Madame Aema’ disseca a censura e a ambição

No efervescente cenário cinematográfico sul-coreano dos anos 80, conhecido como Chungmuro, surge...

Crítica da série Refém, da Netflix (2025) - Flixlândia
Críticas

‘Refém’ é bom entretenimento, mas passa a sensação de que poderia ir além

A chegada de um novo thriller político estrelado por Suranne Jones já...

Crítica da série Pssica, da Netflix (2025) - Flixlândia
Críticas

Em ‘Pssica’, a maldição é um rio de vingança e sangue

No vasto e complexo catálogo da Netflix, é raro encontrar uma produção...

Crítica da segunda temporada de Casamento às Cegas Reino Unido, da Netflix (2025) - Flixlândia (2)
Críticas

2ª temporada de ‘Casamento às Cegas: Reino Unido’ mantém viva a proposta original da franquia

“Casamento às Cegas: Reino Unido” retorna à Netflix com sua segunda temporada...

crítica da série Dias Perfeitos, do Globoplay (2025) - Flixlândia.
Críticas

‘Dias Perfeitos’ é um soco no estômago

A literatura de Raphael Montes encontrou no streaming um terreno fértil para...

Crítica da série A Mulher da Casa Abandonada, do Prime Video (2025) - Flixlândia (1)
Críticas

‘A Mulher da Casa Abandonada’ é um exemplo raro de adaptação

O fascínio do público por crimes hediondos e seus responsáveis não é...