
Foto: Paramount+ / Divulgação
Depois de uma temporada marcada por andamentos irregulares e expectativas acumuladas, “1923” finalmente acelera o passo no episódio 6 da temporada 2 — e o resultado é um turbilhão emocional.
Intitulado “Os Dentes Dos Monstros da Montanha”, o episódio não poupa o espectador: mortes brutais, traições inesperadas e a iminência de uma guerra familiar transformam o que parecia ser apenas mais um capítulo preparatório em um marco decisivo para a saga dos Duttons.
Sinopse da temporada 2 (episódio 6) da série 1923 (2025)
O episódio começa com um raro momento de paz: Jacob e Cara Dutton dividem a mesa com seus aliados e familiares, celebrando um breve respiro em meio ao caos. Mas a calmaria não dura. O xerife McDowell avisa sobre o retorno iminente de Spencer, o que coloca todos em alerta, especialmente porque Donald Whitfield também pode ter ouvido a notícia. Enquanto isso, no Texas, a tragédia se consolida: Pete Plenty Clouds está morto, e Teonna sente no coração que há mais dor por vir. E há.
Jack Dutton, em um ato impetuoso, desobedece às ordens de Jacob e cavalga até o local onde Spencer deve chegar. No caminho, encontra Clyde — um antigo figurante transformado em vilão de ocasião — que o executa friamente.
Em paralelo, Alexandra atravessa um pesadelo gelado ao lado de um casal britânico que tentou ajudá-la, apenas para vê-los morrer congelados em plena nevasca. E Teonna, depois de perder o pai assassinado por um fanático religioso, enfim mata seu maior algoz, mas se vê absolutamente sozinha no mundo.
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Crítica do episódio 6 da temporada 2 de 1923, do Paramount+
Jack Dutton sempre foi um personagem dividido entre bravura e impulsividade. Seu destino, selado pelas mãos de Clyde, é narrado com uma frieza que intensifica a dor da perda.
A cena de sua morte, tão rápida quanto anticlimática, é um lembrete cruel da natureza imprevisível do mundo de Taylor Sheridan. Embora Jack nunca tenha sido o centro da narrativa, sua ausência pesa. Especialmente por deixar Elizabeth grávida e desamparada, vítima da brutalidade silenciosa que permeia a vida na fronteira.
Teonna e o ciclo eterno da dor
A história de Teonna Rainwater continua sendo uma das mais pungentes do universo de 1923. A jovem indígena sobreviveu ao internato, ao racismo institucional e aos perseguidores da fé. Neste episódio, ela perde o amor e o pai — assassinados por homens que dizem agir em nome da justiça ou de Deus.
Quando Teonna mata o Padre Renaud, há uma sensação agridoce: sim, ela está livre. Mas a que custo? Sua solidão ecoa em um mundo que insiste em apagar a história dos povos originários.
Alexandra: do romance à desolação
Alexandra vive um pesadelo disfarçado de road trip. Ao ignorar um conselho crucial, vê os dois amigos que a acompanhavam congelarem até a morte. A cena, visualmente desoladora, é uma metáfora perfeita para o destino de tantos personagens em 1923: perdidos, desorientados e vítimas de decisões mal calculadas.
Alexandra termina o episódio à beira da morte, tão perto de Spencer e, ao mesmo tempo, tão distante dele — reforçando a ironia cruel que permeia a série.
Whitfield e o retrato do mal sem nuance
Se há algo que “1923” não consegue fazer com sutileza é a construção do vilão Donald Whitfield. Suas cenas, cada vez mais grotescas, extrapolam os limites da necessidade narrativa e beiram o exibicionismo cruel.
Sheridan acerta ao torná-lo detestável, mas erra na mão ao repetir a violência sexual como artifício barato para ilustrar poder e perversidade. Banner Creighton, mesmo cúmplice, já demonstra incômodo. O espectador, há muito, ultrapassou o ponto da repulsa.
A preparação para o apocalipse
Há algo de apocalíptico neste episódio. Desde a narração de Elsa Dutton sobre a iminente sexta extinção, passando pelas mortes em série, até a metáfora da natureza como força destruidora e impiedosa — tudo aponta para um desfecho grandioso, trágico e definitivo. Spencer, o herói em trânsito, é a última esperança de um clã em ruínas. Mas seu retorno pode ser tardio demais para salvar aquilo que já se perdeu.
Conclusão
O episódio 6 da temporada 2 de “1923” é, acima de tudo, um golpe no estômago. A série, que por vezes flerta com a lentidão, entrega aqui uma avalanche de acontecimentos trágicos que reformulam completamente o tabuleiro da narrativa.
Com um final de temporada de quase duas horas pela frente, a pergunta que fica é: ainda resta algo a ser salvo? Taylor Sheridan parece determinado a mostrar que, na América de 1923, a sobrevivência é a exceção — e não a regra.
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Onde assistir à série 1923?
A série está disponível para assistir no Paramount+.
Trailer da temporada 2 de 1923 (2025)
Elenco de 1923, do Paramount+
- Harrison Ford
- Helen Mirren
- Brandon Sklenar
- Michelle Randolph
- Aminah Nieves
- Sebastian Roché
- Julia Schlaepfer
- Darren Mann
Ficha técnica da série 1923
- Título original: 1923
- Criação: Taylor Sheridan
- Gênero: faroeste, drama
- País: Estados Unidos
- Temporada: 2
- Episódios: 7
- Classificação: 16 anos