O anúncio de um filme de David Fincher, responsável por algumas verdadeiras obras-primas do cinema, como “Seven: Os Sete Crimes Capitais” (1995), “Clube da Luta” (1999), “Zodíaco” (2007), “A Rede Social” (2010) e “Garota Exemplar” (2014), encheu os assinantes da Netflix de esperanças. Ainda mais estrelado por atores do calibre de Michael Fassbender e Tilda Swinton (inclusive com a brasileira Sophie Charlotte). E podemos dizer que “O Assassino” (The Killer), que chegou ao catálogo da plataforma nesta sexta-feira (10) correspondeu às expectativas.
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Sinopse do filme O Assassino, da Netflix (2023)
Michael Fassbender é o assassino da trama, um homem solitário e frio, metódico e livre de escrúpulos ou arrependimentos, que espera nas sombras, observando seu próximo alvo. No entanto, quanto mais aguarda pelo seu crime, mais o personagem acredita que está perdendo o controle sobre si mesmo.
A história dá início após um erro desastroso do assassino sem nome, que acaba não conseguindo cumprir a missão à qual foi incumbido. Ele começa a colapsar psicologicamente enquanto desenvolve uma consciência, mesmo enquanto seus clientes continuam a solicitar seus serviços. A partir daí, o protagonista enfrenta quem o contratou e a si mesmo em uma caçada internacional por vingança. Mas ele jura que nada disso é pessoal.
Vale a pena ver O Assassino na Netflix?
“O Assassino” é baseado na graphic novel “The Killer”, escrita por Alexis Nolent e ilustrada por Luc Jacamon. O projeto é uma paixão de David Fincher há quase 20 anos. Em meio a influências de Jean-Pierre Melville, o filme, através da narração do protagonista, compartilha com o espectador a filosofia por trás de sua rotina meticulosa de um assassino de aluguel, explorando a precarização do trabalho e destacando o perfeccionismo como um sintoma da obsessão pela produtividade.
A parceria entre Fincher e o roteirista Andrew Kevin Walker, que remonta a “Seven: Os Sete Pecados Capitais” – citado no início do texto -, resgata elementos característicos dos anos 1990, reforçando a aproximação do diretor com a misoginia presente em seus thrillers. O filme, porém, não se limita à nostalgia, buscando atualizar-se para os anos 2020 ao confrontar o tédio da operação meticulosa com os desafios aeróbicos da contemporaneidade.
Direção impecável
Fincher, conhecido por sua maestria na direção, entrega uma obra que, mesmo focada em um personagem narrado principalmente por meio de monólogos internos, não é simplista, apesar da falta de uma conexão emocional maior para que o público possa se identificar. A trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross, junto com canções de bandas pop – principalmente The Smiths -, aliadas à direção de arte, contribui para a atmosfera fria e tristonha, afastando-se do glamour associado a personagens do gênero.
Em suma, “O Assassino” vai além do entretenimento superficial, revelando camadas de crítica social e econômica, algo semelhante com o que o cineasta fez em “Clube da Luta”. É um aula de estilo antes de tudo. A falta de substância emocional e o ritmo mais lento, funcionando quase como um monólogo, podem ser obstáculos para alguns, mas a competência técnica de Fincher e a performance envolvente de Fassbender garantem uma experiência digna de apreciação.
Onde assistir ao filme O Assassino (2023)?
O filme “O Assassino” estreou nesta sexta-feira, dia 10 de novembro de 2023, no catálogo da Netflix.
Trailer do filme O Assassino, da Netflix (2023)
O Assassino: elenco do filme da Netflix (2023)
- Michael Fassbender
- Tilda Swinton
- Arliss Howard
- Charles Parnell
- Sophie Charlotte
Ficha técnica do filme O Assassino, da Netflix (2023)
- Título original do filme: The Killer
- Direção: David Fincher
- Roteiro: Andrew Kevin Walker, Alexis Nolent, Luc Jacamon
- Gênero: ação, policial
- País: Estados Unidos
- Ano: 2023
- Duração: 119 minutos
- Classificação: 16 anos
Seria por acaso uma metáfora sobre quem decide sobre viver ou morrer .
Se compararmos com dirigentes de nações em guerra , possuem o mesmo comportamento de ausência total de empatia.
No meu modesto entendimento quem não tem empatia tem psicopatia .
Todo assassino profissional pode se candidatar a comandar países bélicos
Todo presidiário assassino tem o mesmo comportamento de muitos dirigentes internacionais que sabem gerar conflitos , cheios de convicções.
Filme extremamente chato, cansativo, excesso de narrativas pessoais e com um final negativamente surpreendente. Porque utilizaram uma excelente artista brasileira, Sophie Charlotte, para não fazer absolutamente nada de relevante nesse filme insonso?