
Foto: Autoral Filmes / Divulgação
Algumas das discussões mais infrutíferas é o assim chamado “bingo da opressão”. Diversos grupos buscando protagonismo para suas pautas, esquecendo o quanto indivíduos são plurais, e que certas diferenças podem ser toleradas e aceitas, mas sempre estão lá, causando um certo incômodo. No caso, as diferenças sociais vão um pouco além das outras, afinal, dinheiro, no mundo atual, é um diferencial de poder que pode decidir quem vive ou morre.
Em “A Prisioneira de Bordeaux”, que estreou nos cinemas nesta quinta-feira (7), a amizade de duas mulheres, cujo abismo social é um reflexo do neoliberalismo no qual vivemos, acaba demonstrando que tal relação à longo prazo é muito improvável.
➡️ Frete grátis e rápido! Confira o festival de ofertas e promoções com até 80% OFF para tudo o que você precisa: TVs, celulares, livros, roupas, calçados e muito mais! Economize já com descontos imperdíveis!
Sinopse
Na trama, Isabelle Huppert interpreta Alma Lund, uma mulher de classe alta que vive sozinha desde a prisão do marido. Num dia de visita, conhece Mina Hirti (Hafsia Herzi), uma jovem mãe que foi visitar o companheiro, mas, por questões burocráticas, não poderá vê-lo e deve voltar no dia seguinte. Ela mora longe – em uma cidade a três horas de distância. Alma simpatiza com ela e oferece estadia em sua casa na cidade.
Começa aí uma amizade improvável, que toma contornos inesperados, num filme que discute classe e raça na França contemporânea, sem deixar de lado a posição da mulher dentro de uma sociedade patriarcal e preconceituosa.
➡️ Siga o Flixlândia no WhatsApp e fique por dentro das novidades de filmes, séries e streamings
Crítica
Alma Lund (Isabelle Huppert) é uma mulher de classe alta, cujo marido foi preso após crimes no trânsito; Mina Hirti (Hafsia Herzi), uma jovem mãe, também tem o marido preso por um roubo a uma joalheria.
Após um imbróglio no dia de visitas, Alma se compadece de Mina, e oferece abrigo à ela. O relacionamento e comportamento das duas evidencia a posição social de cada: enquanto Alma, mesmo sofrendo por diversos motivos, leva a vida sorrindo e fazendo piadas, Alma estampa o sofrimento de quem não tem muitas escolhas para sair do lugar onde está.
➡️ Acompanhe o Flixlândia no Google Notícias e fique por dentro do mundo dos filmes e séries do streaming

Direção competente
E aí está o principal problema dessa amizade: enquanto uma corre risco com os filhos, ameaçada por antigos parceiros do marido, a mulher rica flana pela vida, mesmo com o marido preso e sem trabalhar. Enquanto uma sofre com a solidão e o marido canalha, a outra pena para conseguir o básico.
A direção de Patricia Mazuy consegue passar todas as sensações sem ser panfletária em nenhum momento. A câmera é calma e em nenhum momento forçada, mostrando que, mesmo as duas mulheres sofrendo com certos preconceitos de forma igual, como o machismo na sociedade patriarcal, outros preconceitos acentuam a situação de Mina, que não tem o poder que o dinheiro traz para tomar certas decisões.
➡️ ‘Juntos’ mostra o terror da intimidade
➡️ Suspense de alto nível com pitadas de terror preciso fazem de ‘A Hora do Mal’ um sucesso
➡️ ‘A Melhor Mãe do Mundo’ vai da dureza da cidade ao suave e emociona
Conclusão
Ora fazendo graça, ora passando angústia, “A Prisioneira de Bordeaux”, no fim, mostra que certas diferenças nos definem como indivíduos, e outras apenas colaboram para não atingirmos nosso máximo potencial.
➡️ Quer saber mais sobre filmes, séries e streamings? Então acompanhe o trabalho do Flixlândia nas redes sociais pelo Instagram, X, TikTok e YouTube, e não perca nenhuma informação sobre o melhor do mundo do audiovisual.
Onde assistir ao filme A Prisioneira de Bordeaux?
O filme está disponível para assistir nos cinemas brasileiros.
Assista ao trailer de A Prisioneira de Bordeaux (2025)
Elenco do filme A Prisioneira de Bordeaux
- Isabelle Huppert
- Hafsia Herzi
- Noor Elsari
- Jean Guerre Souye
- Julien William Edimo
- Jana Bittnerova
- Magne Havard Brekke
- Lionel Dray
- Robert Plagnol
- Julia Vivoni
- Lola Jehl