Dirigido por Adrian Panek, “As Cores do Mal: Vermelho” tem feito muito sucesso na Netflix e uma dúvida vem sendo levantada entre os assinantes: o filme é baseado em uma história real? É o que vamos descobrir a partir de agora.
Qual a história de As Cores do Mal: Vermelho?
O filme nos transporta para a região da Tricidade na Polônia, onde o corpo mutilado de uma jovem é encontrado na praia. O promotor Leopold Bilski traça paralelos entre o assassinato e um caso de 15 anos atrás, percebendo que a cidade aparentemente pacífica pode estar escondendo segredos inconvenientes. A mãe da vítima, Helena Bogucka, é juíza e insiste em acompanhar Leopold na busca pela verdade. Ao longo do caminho, ela descobre realidades perturbadoras sobre sua filha e sobre si mesma.
O suspense dramático policial polonês cria múltiplas tramas envolventes, desde a jornada emocionalmente turbulenta de uma mãe até um investigador desvendando um nexo de crime e corrupção em sua cidade. Apresentando temas relevantes entrelaçados com reviravoltas cativantes e estudos de personagens, “As Cores do Mal: Vermelho” merece uma investigação mais aprofundada sobre suas origens, questionando se é ou não baseado em uma história real.
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Afinal, As Cores do Mal: Vermelho é uma história real?
“As Cores do Mal: Vermelho” é uma adaptação do livro hômino de Malgorzata Oliwia Sobczak desenvolvido para a Netflix por Lukasz M. Maciejewski e Adrian Panek. O filme polonês da Netflix segue de perto a narrativa fictícia da obra original e ganha vida graças à excelente produção, atuações convincentes e, obviamente, uma trama multifacetada e envolvente. A autora Malgorzata criou os personagens a partir de sua mente e os inseriu em uma narrativa de crime.
A cor vermelha tem uma importância simbólica no filme. Suas tonalidades aparecem nos sapatos da vítima encontrada na praia em Sopot, em uma parte do corpo que é de particular importância para o assassino, em um anel e no batom carmim da juíza Helena Bogucka. Ao contrário do que sugere o título, a autora explica que o vermelho é uma cor multidimensional, com conotações tanto positivas quanto negativas. Ela a associa com amor, coragem, paixão e desejos, mas também com caos, sangue, crime e rebelião. Todos esses aspectos da cor podem ser encontrados no primeiro livro e, portanto, no longa-metragem.
Malgorzata foi inspirada pelo surgimento de romances policiais contemporâneos, incluindo obras polonesas que se afastaram das histórias clássicas de detetive e aventuraram-se em novos territórios com ideias e temas inovadores. Em um ambiente assim, a autora acredita que os escritores precisam contribuir com um valor único em suas obras. Além dos mistérios de detetive, suas histórias contêm contextos sociopolíticos interessantes, romance e até discursos sobre filosofia e moralidade. Quando se trata de dar um toque pessoal aos seus livros, a escritora foca especialmente na sensibilidade à emoção na exploração de medos, memórias difíceis e traumas familiares.
As Cores do Mal: Vermelho: diferenças entre o livro e o filme
A equipe por trás de “As Cores do Mal: Vermelho” conseguiu traduzir grande parte disso para suas cenas. O roteiro de Lukasz M. Maciejewski e Adrian Panek faz justiça ao material original, assim como as atuações notáveis do elenco. O elemento mais bem traduzido é o tema do determinismo e as dinâmicas e tragédias dentro da família Bogucka. Quando se trata do debate sobre a predestinação, Malgorzata adota uma postura firme oposta à filosofia de séries como “Dark”, acreditando que cada ação de um personagem molda a história de seu mundo.
Através de estudos de personagens complexos, construção de mundo e reviravoltas cativantes, “As Cores do Mal: Vermelho” cria uma narrativa envolvente que parece apresentar camadas de realismo. No entanto, é uma obra de ficção, derivada do romance homônimo de Malgorzata Oliwia Sobczak. Com a cor vermelha simbolizando seus temas, o filme mistura mistério, crime e crítica social com um choque de determinismo e livre-arbítrio.
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