Taynna Gripp 
Foto: Netflix / Divulgação
“Bastidores do Pop: O Esquema das Boy Bands” (Dirty Pop: The Boy Band Scam) é uma série documental da Netflix que revela a ascensão meteórica e a queda abrupta de Lou Pearlman, o mentor por trás de alguns dos maiores boy bands dos anos 1990.
Conhecido por lançar grupos icônicos como Backstreet Boys e ‘NSync, Pearlman também foi o responsável por um dos maiores esquemas de Ponzi da história dos Estados Unidos. Este documentário explora sua vida, entrelaçando o glamour da indústria musical com a sordidez de suas fraudes financeiras.
Sinopse da série Bastidores do Pop: O Esquema das Boy Bands (2024)
A minissérie documental de três episódios narra a trajetória de Lou Pearlman, desde sua entrada no mundo dos negócios com uma empresa de dirigíveis na década de 1980 até se tornar um magnata da música pop. O empresário descobriu o potencial lucrativo dos boy bands ao ver o sucesso do New Kids on the Block na televisão.
Inspirado, ele formou os Backstreet Boys e, posteriormente, ‘NSync, tratando-os como estrelas antes mesmo de serem reconhecidos pelo público. No entanto, por trás do brilho e glamour, estava um esquema de fraude que lesou milhares de investidores e membros dos grupos que ele gerenciava.
O documentário também inclui entrevistas com Howie Dorough e AJ McLean, dos Backstreet Boys, e Chris Kirkpatrick, do ‘NSync, além de depoimentos de vítimas das fraudes de Pearlman.
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Crítica de Bastidores do Pop: O Esquema das Boy Bands, da Netflix
“Bastidores do Pop: O Esquema das Boy Bands” apresenta uma narrativa envolvente e, por vezes, surreal, ao combinar o conto de fadas dos boy bands com a sombria realidade das fraudes financeiras de Lou Pearlman.
A série acerta ao mostrar a dualidade de Pearlman: um visionário na indústria da música e um criminoso habilidoso. As entrevistas com membros dos grupos e outras pessoas próximas a Pearlman fornecem uma visão íntima e, muitas vezes, ambígua de sua personalidade.
Inteligência artificial
No entanto, a decisão editorial de utilizar inteligência artificial para criar um “Pearlman digital” lendo trechos de seu livro é questionável. Embora os produtores sejam transparentes sobre o uso da tecnologia, essa escolha gera desconfiança e pode minar a credibilidade do documentário.
Em um mundo onde deepfakes e pós-verdades são cada vez mais comuns, a inclusão de um Pearlman gerado por IA em um documentário sobre fraudes soa irônica e desnecessária.
Além disso, o documentário parece hesitar em explorar mais profundamente as implicações morais e éticas das ações de Pearlman. Apesar de apresentar os fatos, ele frequentemente defende ou justifica as ações do empresário, deixando o espectador com uma sensação de incompletude.
A ausência de grandes nomes como Justin Timberlake também contribui para essa percepção de um projeto que poderia ter sido mais robusto.
Conclusão
“Bastidores do Pop: O Esquema das Boy Bands” é um documentário intrigante, mas imperfeito, sobre uma das figuras mais controversas da indústria musical. Ele oferece uma visão fascinante da ascensão e queda de Lou Pearlman, mesclando sucesso musical com fraude financeira.
Contudo, a utilização de tecnologia de IA e a abordagem às vezes defensiva do legado de Pearlman podem prejudicar a experiência do espectador. Apesar dessas falhas, a série ainda vale a pena para aqueles interessados nas histórias por trás dos maiores boy bands dos anos 1990 e nos complexos esquemas financeiros que os sustentavam.
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Onde assistir à série Bastidores do Pop: O Esquema das Boy Bands?
A série está disponível para assinantes da Netflix.
Trailer de Bastidores do Pop: O Esquema das Boy Bands, da Netflix
Ficha técnica de Bastidores do Pop: O Esquema das Boy Bands (2024)
- Título original: Dirty Pop: The Boy Band Scam
- Gênero: documentário, policial
- País: Estados Unidos
- Temporada: 1
- Episódios: 3
- Classificação: 12 anos
Sobre o autor
