Desde o seu lançamento, Beijo Explosivo, a nova comédia romântica da SBS TV, transmitida internacionalmente pela Netflix, chegou prometendo uma dose potente daquele charme nostálgico dos doramas antigos. A expectativa estava alta, não só pelo gênero, mas principalmente pela escalação de Jang Ki-yong e Ahn Eun-jin nos papéis principais.
Apesar das coincidências e dos diálogos exagerados, a química explosiva entre os protagonistas é, de fato, o dínamo da série neste dois primeiros episódios lançados na Netflix. A crítica a seguir mergulha nesse caldeirão de clichês deliciosos, reviravoltas forçadas e romance de tirar o fôlego.
Sinopse
Episódio 1
Beijo Explosivo nos apresenta a Go Da-rim (Ahn Eun-jin), uma “estudante zumbi” de mais de 30 anos, presa há cinco anos em seus estudos para um concurso público, completamente infeliz com sua vida e que se vê obrigada a “desaparecer” para a Ilha de Jeju a pedido de sua irmã, que mentiu sobre a vida dela para os futuros sogros.
Lá, por uma dessas coincidências que só existem em K-dramas, ela esbarra em seu ex-namorado, agora um programador de sucesso, e também em Gong Ji-hyeok (Jang Ki-yong), um consultor de startups aclamado, que está em Jeju justamente para recrutar esse ex.
O encontro entre Da-rim e Ji-hyeok é puro caos: Da-rim o confunde com um suicida em um penhasco e o ataca. A confusão inicial se transforma em um acordo forçado quando Ji-hyeok descobre a conexão de Da-rim com o programador.
Ela o apresenta como seu namorado falso em uma tentativa patética de se salvar do embaraço, e Ji-hyeok entra no jogo com uma desenvoltura surpreendente, culminando em uma festa onde a farsa se intensifica, terminando com um “beijo pirotécnico” sob fogos de artifício.
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Episódio 2
O segundo episódio aprofunda o romance e o drama. O beijo acende a chama entre eles, mas o momento é rapidamente interrompido por Kim, o ex, que confronta Da-rim. Ji-hyeok, em um acesso de raiva protetora, o soca, encerrando qualquer chance de acordo de negócios. Após um encontro charmoso em Jeju, o destino de Da-rim é brutalmente alterado: sua mãe sofre um colapso em Seul após a fuga caótica da irmã e do noivo endividado.
Da-rim some sem explicações para Seul, deixando Ji-hyeok confuso. Ele volta para a capital e é forçado a abandonar a vida corporativa de sucesso para assumir um negócio de produtos para bebês da família, em troca de garantir o divórcio de sua mãe, maltratada. Sua irmã ambiciosa o sabota, nomeando-o líder de uma equipe de mães inexperientes.
É nesse cenário que Da-rim, precisando de dinheiro para as contas médicas da mãe, forja um currículo onde se apresenta como casada e mãe, e acaba se candidatando a uma vaga… no time de Ji-hyeok. O episódio 2 termina com o reencontro tenso no momento da entrevista.

Resenha crítica do dorama Beijo Explosivo
A química inegável
A química absurda entre Jang Ki-yong e Ahn Eun-jin é o que mais merece elogios nos dois primeiros episódios. É fantástica e ardente! Inclusive, a rapidez com que o beijo acontece é praticamente inédito, algo que geralmente acontece lá pelos episódios 8, 9 em doramas.
O romance, mesmo nascido de uma sucessão de farsas e mal-entendidos, é convincente, e o carisma de Ahn Eun-jin, que abraça o lado “bobalhão” e vulnerável de Da-rim, é fundamental para derreter a fachada superficial de Ji-hyeok. Essa dupla é o motor da série, e o hype em torno de suas cenas juntos — especialmente o beijo explosivo e o encontro em Jeju — sugere que o público está disposto a perdoar os defeitos da trama por causa da química cativante.
Caos, coincidências e clichês sem sutileza
Se o romance é o ponto alto, o roteiro recorre a tantas coincidências e mal-entendidos que faz qualquer rom-com clichê parecer sutil. De esbarrar no ex e no futuro interesse romântico em uma ilha remota, a forjar um namoro falso, até o trope do reencontro forçado no local de trabalho (agora com um falso casamento e filho na jogada). A trama é muito focada em premissas, chega a ser ridícula.
Por outro lado, um ponto de vista super original e interessante é a estética e o estilo da série. Beijo Explosivo não é apenas mais um K-drama, mas sim uma comédia romântica clássica de Hollywood das décadas de 1940, 50 e início dos anos 60, disfarçada de dorama moderno.
A cena da praia no episódio 2, com a iluminação suave e os enquadramentos que priorizam a distância e a silhueta, ecoa o estilo visual de filmes como A Um Passo da Eternidade e Aquele Beijo à Meia-Noite. Essa perspectiva eleva o material, sugerindo que o drama está conscientemente usando uma linguagem cinematográfica vintage para explorar a vulnerabilidade emocional, ao invés de ser apenas um drama moderno repleto de clichês.
Conclusão
Beijo Explosivo entrega exatamente o que promete: uma comédia romântica caótica, hilária e intensamente arrepiante. É um dorama que se apoia totalmente na química inegável de seus protagonistas e na execução de clichês que são clássicos por um motivo.
Apesar dos diálogos questionáveis e do roteiro que se sustenta em um número absurdo de coincidências — que alguns podem achar um defeito fatal —, para quem sente falta daquele “toque” nostálgico dos K-dramas mais antigos, com a estrutura rico-pobre e as reviravoltas dramáticas, Beijo Explsivo acerta em cheio.
A série prepara o palco para um desenvolvimento delicioso: o romance sob a pressão do ambiente de trabalho, com Ji-hyeok agora como chefe e Da-rim como a “mãe e esposa” falsa. É uma montanha-russa de emoções, e o seu apelo principal é o entretenimento puro e sem pretensões. Não é sutil, mas é divertido o suficiente para deixar o espectador desesperado pelo próximo episódio.
Onde assistir ao dorama Beijo Explosivo?
Trailer de Beijo Explosivo (2025)
Elenco de Beijo Explosivo da Netflix
- Jang Ki-yong
- Ahn Eun-jin
- Kim Mu-jun
- Woo Da-vi
- Nam Kee-ae
- Cha Mi-kyeong
- Choi Kwang-Il
- Seo Sang-won
- Seo Jeong-yeon
- Park Jin-woo


















