Confira a crítica da temporada 3 de "Bel-Air", série dramática de 2024 disponível para assistir no Disney+.
Críticas

Evolução entre Will e Carlton é o grande destaque da 3ª temporada de ‘Bel-Air’

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A temporada 3 de “Bel-Air” chega com a promessa de novas aventuras para a família Banks, ambientada durante o verão, um cenário que traz consigo tanto a leveza quanto o drama das relações familiares e dos desafios pessoais.

Inspirado no clássico “Um Maluco no Pedaço”, este reboot dramático explora questões sociais e conflitos íntimos, enquanto os personagens navegam pelas dificuldades da vida no luxuoso bairro de Los Angeles.

Esta terceira temporada busca dar continuidade às histórias, mas também introduzir temas que questionam identidade, privilégio e comunidade.

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Sinopse temporada 3 da série Bel-Air (2024)

Na nova temporada, Will Smith (interpretado por Jabari Banks) enfrenta seu primeiro verão fora de casa, na Filadélfia, e se vê mergulhado em um ambiente dominado pela elite do country club. Enquanto isso, Carlton Banks (Olly Sholotan), após enfrentar seus problemas com vício, luta para reconquistar a confiança da família e retomar sua vida.

Os outros membros da família Banks, como Hilary, Viv e Phil, também enfrentam suas próprias jornadas de crescimento e desafios, lidando com suas carreiras, amores e dinâmicas familiares. Sob a luz do sol de verão, cada personagem embarca em uma jornada de autodescoberta, enfrentando as consequências de escolhas passadas e explorando novas oportunidades.

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Crítica da 3ª temporada de Bel-Air, do Disney+

A terceira temporada de “Bel-Air” surge como uma tentativa ousada de reinventar o legado do clássico dos anos 90, mas com uma abordagem mais profunda e dramática. Desde o início, fica claro que esta versão moderna não se limita a ser um espelho nostálgico do passado; ao contrário, ela busca traçar seu próprio caminho, abordando temas contemporâneos de maneira mais visceral.

Will, agora livre das amarras da escola, encontra em Quentin (Vic Mensa) um modelo inspirador que vai além do universo do basquete. A forma como Jabari Banks traz carisma e vulnerabilidade ao personagem faz com que a jornada de Will seja cativante.

Contudo, é impossível não notar o contraste com Carlton, cuja luta para se recuperar do vício adiciona um tom sombrio e realista à narrativa. Olly Sholotan interpreta com maestria um jovem dividido entre o desejo de redenção e os olhares desconfiados de seus familiares, especialmente sua mãe Viv e sua irmã Ashley.

Histórias paralelas

Embora a série continue explorando temas como empreendedorismo negro, gentrificação e os efeitos de uma paternidade ausente, o foco disperso dos subenredos muitas vezes compromete o impacto da narrativa principal. Há momentos em que as histórias paralelas – como os dilemas românticos de Hilary e as dificuldades no casamento de Viv e Phil – parecem se desviar do cerne da série, enfraquecendo o desenvolvimento dos personagens principais.

Apesar disso, as atuações fortes mantêm o público envolvido, especialmente com a performance de Coco Jones, que entrega uma Hilary carismática e cheia de vida, mas também cheia de conflitos pessoais.

Evolução entre Will e Carlton

O ponto alto da temporada é a relação em evolução entre Will e Carlton. Eles formam uma aliança que transcende suas diferenças, e isso é retratado de forma genuína e tocante. A amizade, marcada tanto por cumplicidade quanto por tensão, é um dos pilares que sustenta o drama da série e oferece momentos de verdadeira conexão emocional.

Ainda assim, “Bel-Air” parece ambicioso demais em alguns aspectos, tentando abordar múltiplas questões sociais e pessoais, mas sem dar o devido tempo para que cada trama seja devidamente explorada. A tentativa de inserir tantos elementos de conflito acaba enfraquecendo a narrativa, tornando alguns momentos previsíveis e desconectados.

A série, no entanto, não perde sua essência de explorar a diferença da vida entre dois mundos: um que celebra o sucesso e o privilégio, e outro que carrega as marcas da exclusão e das dificuldades.

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Conclusão

“Bel-Air”, na sua temporada 3, continua sendo uma série que vale a pena assistir, especialmente pela forma como retrata as complexidades da elite negra nos Estados Unidos, algo ainda raro na televisão. Apesar das falhas no desenvolvimento de algumas tramas, o elenco entrega atuações enérgicas e reais que fazem com que o público se importe com cada um dos personagens.

A série encontra sua força nas relações familiares e nas jornadas individuais de crescimento, tornando-se uma reflexão sobre identidade, pertencimento e o peso das escolhas. Para quem acompanha desde o início, a expectativa é que os próximos episódios tragam mais coesão à narrativa, fazendo jus ao potencial que a série demonstra ter.

Por fim, “Bel-Air” oferece um olhar introspectivo e relevante sobre questões que ainda são pertinentes na sociedade atual, enquanto mantém o charme e a autenticidade dos personagens que tanto cativaram o público há décadas. Com uma abordagem moderna e ousada, a série se destaca como uma peça importante no cenário televisivo, capaz de provocar reflexão sem deixar de entreter.

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Onde assistir à série Bel-Air?

As três temporadas estão disponíveis para assinantes do Disney+.

Trailer da temporada 3 de Bel-Air (2024)

Elenco de Bel-Air, do Disney+

  • Jabari Banks
  • Cassandra Freeman
  • Jimmy Akingbola
  • Olly Sholotan
  • Coco Jones
  • Akira Akbar
  • Simone Joy Jones
  • Jordan L. Jones
  • Adrian Holmes
  • Jazlyn Martin
  • Tyler Barnhardt

Ficha técnica da série Bel-Air

  • Título original: Bel-Air
  • Direção: Andy Borowitz, Susan Borowitz, T.J. Brady
  • Gênero: drama
  • País: Estados Unidos
  • Temporada: 3
  • Episódios: 10
  • Classificação: 16 anos
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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