Sinopse do filme Coringa – Delírio a 2 (2024)
+ ‘Bagagem de Risco’ entrega tensão e ação suficientes para prender o espectador
+ ‘As Tias’ (Las Tias) tropeça em clichês e na falta de ousadia
+ ‘A Garota da Vez’ vale a pena, não apenas pelo suspense, mas pela reflexão que provoca
Crítica de Coringa – Delírio a Dois, da Max
Joaquin Phoenix, como esperado, entrega uma performance magnética. Ele navega entre as facetas de Arthur Fleck com maestria, equilibrando fragilidade emocional e fúria explosiva. Seus números musicais, embora tecnicamente desafiadores, revelam um comprometimento total com o personagem.
Lady Gaga, por outro lado, enfrenta um desafio maior: enquanto sua voz e presença elevam as sequências musicais, o roteiro falha em construir uma Arlequina à altura de sua interpretação. A personagem oscila entre ser uma figura fascinante e uma caricatura rasa, o que prejudica o impacto emocional da relação entre ela e Arthur.
Roteiro sem profundidade
Em termos visuais, o filme mantém o padrão elevado do primeiro, com uma fotografia que intensifica a claustrofobia do Arkham e a opressão social de Gotham. Porém, o roteiro carece de profundidade e parece mais interessado em provocar do que em contar uma história coesa. As críticas sociais, que foram o alicerce do primeiro filme, dão lugar a uma metalinguagem superficial que raramente se justifica.
Outro ponto problemático é a dinâmica entre Arthur e Lee. O relacionamento, que deveria ser o coração da história, é mal desenvolvido e falta química entre os personagens. O filme tenta explorar questões de dependência emocional e manipulação, mas acaba caindo em clichês que não fazem jus à complexidade dos protagonistas.
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