Confira a crítica da temporada 3 de "A Primeira Vez", série de romance de 2025 disponível para assistir na Netflix

‘A Primeira Vez’ se reinventa sem perder sua alma na 3ª temporada

Compartilhe

“A Primeira Vez” e a tão aguardada temporada 3 chegaram à Netflix com o desafio de manter o frescor e a densidade emocional que fizeram da série um fenômeno. Situada na Bogotá dos anos 70, a produção colombiana continua a encantar por sua forma delicada e poderosa de retratar juventude, política e afeto.

Mais do que uma viagem nostálgica, a série constrói um retrato afetivo e crítico da Colômbia, evitando caricaturas e oferecendo uma visão mais complexa e sensível da época. Com personagens agora à beira da vida adulta, a nova temporada investe na tensão entre os sonhos idealistas e as exigências do mundo real.

A trama da terceira temporada mostra como, mesmo décadas atrás, os dilemas da juventude latino-americana ainda ecoam em tempos contemporâneos, reforçando a relevância de “A Primeira Vez”.

Frete grátis e rápido! Confira o festival de ofertas e promoções com até 80% OFF para tudo o que você precisa: TVs, celulares, livros, roupas, calçados e muito mais! Economize já com descontos imperdíveis!

Sinopse da temporada 3 da série A Primeira Vez

O ano é 1977. O Colégio José María Root está em colapso após a má gestão de Quiñones. Enquanto o país se aproxima de um colapso social, Eva, Camilo, Castro, Salcedo e Pabón enfrentam os desafios do último ano escolar e o que vem depois dele: o temido ICFES (equivalente ao vestibular), o serviço militar obrigatório, a incerteza da universidade e a fragilidade das relações afetivas.

Camilo lida com a responsabilidade de ser pai de Antonia, fruto de seu relacionamento com Luisa. Eva, por sua vez, mergulha de cabeça no ativismo estudantil e sonha com a universidade no exterior. A amizade do grupo é colocada à prova enquanto todos tentam manter seus vínculos e cultivar os próprios sonhos.

Enquanto novos personagens entram em cena e velhas questões ressurgem, o amor entre Eva e Camilo passa pelo seu maior teste — dividido entre o desejo de estar juntos e os caminhos distintos que cada um escolheu trilhar.

➡️ ‘Stick’ tenta jogar como campeão, mas ainda erra o swing

cena da temporada 3 da série A Primeira Vez Netflix 2025
Foto: Netflix / Divulgação

Crítica de A Primeira Vez (temporada 3), da Netflix

O principal mérito da nova temporada é a coragem de tirar seus personagens do conforto da rebeldia idealizada. Camilo, antes o típico jovem inseguro e apaixonado, agora enfrenta noites mal dormidas e decisões reais com consequências duradouras. A paternidade o obriga a rever suas prioridades e olhar para o mundo com olhos menos ingênuos.

O roteiro evita romantizar sua jornada. Mostra um pai atrapalhado, muitas vezes perdido, mas comprometido. A atuação de Emmanuel Restrepo ganha camadas, entregando um Camilo dividido entre o desejo juvenil e a maturidade imposta.

➡️ ‘Sem Piedade’, o dorama que troca romance por pancadaria com alma

Eva entre a militância e as feridas

Eva, sempre o motor de renovação da série, amplia sua atuação política. Do conselho estudantil às reflexões sobre o papel da mulher, ela reafirma sua potência como símbolo de mudança. Mas também é confrontada com os limites do ativismo, com a resistência conservadora e com os fantasmas não resolvidos do passado familiar.

Francisca Estévez, em desempenho maduro e contido, torna Eva ainda mais fascinante. Sua personagem é agora uma jovem que começa a entender que mudar o mundo também exige enfrentar dores pessoais e dilemas éticos.

➡️ ‘Sobreviventes’, um mergulho sombrio nos traumas que nunca cicatrizam

Amor ou admiração? A relação Camilo–Eva sob nova luz

A química entre Camilo e Eva continua sendo o eixo emocional da série, mas nesta temporada o romance dá lugar a algo mais ambíguo. A série investiga o quanto há de afeto genuíno e o quanto há de idealização na ligação entre eles.

Por vezes, o amor parece unilateral — com Camilo projetando em Eva uma figura quase mitológica, enquanto ela carrega a frustração de carregar o peso da inspiração. É uma relação marcada pela admiração mútua, mas também por desequilíbrios emocionais e decisões difíceis.

Subtramas que enriquecem o universo

A relação entre José e Ana, pais de Camilo, ganha contornos mais interessantes nesta fase. A tentativa de reconciliação, misturada com a descoberta da paternidade tardia de José, traz momentos de ternura e leveza. A inclusão de Janeth, adolescente com síndrome de Down, como parte ativa dessa trama, confere à série mais um gesto de representatividade cuidadosa.

Sergio Palau, como Martin, continua sendo o alívio cômico com comentários mordazes e realistas, funcionando como a voz da razão (ou do sarcasmo) no grupo.

➡️ Acompanhe o Flixlândia no Google Notícias e fique por dentro do mundo dos filmes e séries do streaming

Vale a pena assistir A Primeira Vez (2025)?

A terceira temporada de “A Primeira Vez” entrega o que se espera de uma série que cresceu junto com seus personagens: maturidade narrativa, dilemas reais e um coração pulsante. Ainda que o núcleo romântico entre Eva e Camilo comece a mostrar sinais de desgaste, a série encontra força no coletivo, na Bogotá que pulsa fora da escola, nos desafios sociais que moldam essas vidas.

Mais do que uma história de amor juvenil, a série se confirma como um drama político e íntimo, onde crescer é também resistir. E resistir, nesse caso, significa não abrir mão dos sonhos — nem dos afetos.

Siga o Flixlândia nas redes sociais

➡️ Instagram
➡️Twitter
➡️TikTok
➡️YouTube

Onde assistir à série A Primeira Vez?

A série está disponível para assistir na Netflix.

Trailer da temporada 3 de A Primeira Vez (2025)

YouTube player

Elenco de A Primeira Vez, da Netflix

  • Emmanuel Restrepo
  • Francisca Estevez Navas
  • Sergio Palau
  • Julián Cerati
  • Brandon Figueredo
  • Mateo García
  • Verónica Orozco
  • Santiago Alarcón
  • Sara Pinzón
  • Chichila Navia
Escrito por
Taynna Gripp

Formada em Letras e pós-graduada em Roteiro, tem na paixão pela escrita sua essência e trabalha isso falando sobre Literatura, Cinema e Esportes. Atual CEO do Flixlândia e redatora do site Ultraverso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas

Procuram-se colaboradores
Procuram-se colaboradores
Artigos relacionados
Crítica da série Desobedientes, da Netflix (2025) - Flixlândia
Críticas

‘Desobedientes’: o labirinto da rebeldia e da manipulação

Após um hiato de mais de dois anos, a aclamada atriz Toni...

Crítica da temporada 3, final da série Alice in Borderland, da Netflix (2025) - Flixlândia
Críticas

A queda do mundo perfeito na 3ª temporada de ‘Alice in Borderland’

Com a terceira temporada de Alice in Borderland, os fãs foram transportados...

Crítica do episódio 8, final da série Alien - Earth, do Disney+ (2025) - Flixlândia
Críticas

Um grito de guerra: a escolha corajosa de ‘Alien: Earth’

A primeira temporada de “Alien: Earth”, série da FX criada por Noah...

Crítica da série animada Marvel Zumbis, do Disney+ - Flixlândia
Críticas

‘Marvel Zumbis’ entrega mais do que gore: é uma crítica ao próprio MCU

Após três temporadas da elogiada antologia What If…?, a Marvel Animation dá...

Leia a crítica da série A Hóspede, da Netflix (2025) - Flixlândia
Críticas

A longa – e exagerada – vingança de ‘A Hóspede’

Em um cenário saturado de séries de suspense psicológico, a Netflix apresenta...

Crítica do dorama Derretendo Pouco a Pouco (2019) - Flixlândia
Críticas

Mesmo com alguns problemas, ‘Derretendo Pouco a Pouco’ é um dorama leve e charmoso

No vasto universo dos doramas, é comum que a recepção do público...

Crítica da temporada 4 de The Morning Show (episódio 1), série da Apple TV+ - Flixlândia
Críticas

‘The Morning Show’ continua um espetáculo em sua 4ª temporada

Desde sua estreia em 2019, “The Morning Show” prometeu ser um drama...

Crítica do episódio 9, final da série Chefe de Guerra, da Apple TV+ - Flixlândia
Críticas

Final de ‘Chefe de Guerra’ traz visão ambiciosa de Jason Momoa

Em meio à crescente oferta de séries históricas e épicas, “Chefe de...