Confira a crítica do filme "Exterritorial", suspense de ação alemão de 2025 disponível para assistir na Netflix.

‘Exterritorial’: Netflix aposta em drama de ação com mãe em missão — e entrega um filme mediano

Foto: Netflix / Divulgação
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Lançado pela Netflix nesta quarta-feira (30), o filme “Exterritorial” é um thriller de ação alemão dirigido por Christian Zübert, conhecido por trabalhos como O Tesouro do Falcão Branco.

A produção chega com a premissa de unir adrenalina, drama psicológico e conspiração internacional, apostando na força da protagonista vivida por Jeanne Goursaud (Bárbaros).

Com ambientação claustrofóbica no consulado dos EUA em Frankfurt, o longa tenta fisgar o espectador com uma trama de desaparecimento, reviravoltas e intrigas governamentais. Mas será que consegue?

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Sinopse do filme Exterritorial (2025)

Sara é uma ex-soldado das Forças Especiais que visita o consulado norte-americano na Alemanha com seu filho pequeno, Josh, em busca de um visto. O que seria um simples procedimento burocrático transforma-se em um pesadelo quando o garoto desaparece misteriosamente dentro do edifício — e ninguém parece se lembrar de tê-lo visto ali.

Sozinha, desacreditada e em território onde nem as autoridades locais têm jurisdição, Sara inicia uma busca frenética para encontrar o filho, desvendando uma teia de corrupção, memórias traumáticas e alianças improváveis.

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Crítica de Exterritorial, da Netflix

Jeanne Goursaud entrega uma atuação intensa como Sara. Sua composição é convincente, equilibrando vulnerabilidade emocional com a frieza adquirida na carreira militar. O desespero da mãe que perdeu o filho é palpável, especialmente nas primeiras cenas.

No entanto, o roteiro a sabota ao colocar a personagem em situações improváveis, nas quais ela enfrenta sozinha e com facilidade soldados altamente treinados — o que acaba exigindo uma suspensão de descrença que tira força da tensão.

Atmosfera opressiva bem construída, mas ritmo desequilibrado

O cenário principal — o consulado dos EUA — é um acerto do filme. As salas estreitas, a vigilância constante e o sentimento de confinamento criam uma atmosfera claustrofóbica eficaz. A direção de arte e a fotografia colaboram para manter o suspense, especialmente nos momentos em que Sara percorre os corredores vazios ou descobre pistas escondidas. Essa ambientação funciona quase como um personagem secundário, sustentando parte da tensão que o roteiro falha em manter.

O filme apresenta uma estrutura narrativa que deveria crescer em ritmo e intensidade, mas o que se vê é uma sequência de momentos inconsistentes. Algumas cenas que deveriam acelerar a trama são lentas e redundantes, enquanto outras, com potencial dramático ou explosivo, passam apressadas.

As coreografias de luta, embora numerosas, carecem de energia e realismo. Não há uma grande cena memorável de ação, o que é um ponto fraco para um thriller que se vende com esse rótulo.

Uma conspiração previsível e mal aproveitada

A conspiração envolvendo militares, tráfico e corrupção internacional tinha potencial, especialmente ao brincar com a dúvida sobre a sanidade da protagonista. Durante boa parte do longa, o espectador é instigado a questionar se Sara está perdendo a noção da realidade.

Contudo, as revelações são óbvias, mal amarradas e com coadjuvantes subutilizados. Dougray Scott como Kynch, por exemplo, poderia ser um antagonista magnético, mas seu arco se mostra raso. Lera Abova, como Irina, surge como aliada improvável, mas sua história soa forçada e mal desenvolvida.

Apesar dos tropeços na narrativa, “Exterritorial” não é um fracasso completo. A direção de Zübert demonstra cuidado com aspectos técnicos: a iluminação é usada com inteligência nos momentos de maior suspense, o figurino é funcional e condizente com a proposta realista da protagonista, e o uso da trilha sonora evita exageros melodramáticos, focando em sustentar o suspense com discrição.

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Conclusão

“Exterritorial” tinha todos os ingredientes para ser um suspense de ação memorável: uma protagonista interessante, um cenário claustrofóbico e uma trama com tintas de conspiração internacional. No entanto, o roteiro fraco, o desenvolvimento apressado de coadjuvantes e a ação pouco empolgante comprometem a experiência. Jeanne Goursaud brilha no papel central, mas não é suficiente para compensar a previsibilidade e os furos de lógica do enredo.

No fim, o filme diverte sem exigir muito do espectador — ideal para quem busca algo leve dentro do gênero, mas não para quem espera um thriller inteligente e impactante.

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Onde assistir ao filme Exterritorial?

O filme está disponível para assistir na Netflix.

Trailer de Exterritorial (2025)

YouTube player

Elenco de Exterritorial, da Netflix

  • Jeanne Goursaud
  • Dougray Scott
  • Lera Abova
  • Kayode Akinyemi
  • Annabelle Mandeng
  • Rickson Guy Da Silva
  • Rada Rae
  • Tayo Schaffrath
  • Kris Saddler
  • Nina Liu

Ficha técnica do filme Exterritorial

  • Título original: Exterritorial
  • Direção: Christian Zübert
  • Roteiro: Christian Zübert
  • Gênero: suspense, ação
  • País: Alemanha
  • Duração: 109 minutos
  • Classificação: 16 anos
Escrito por
Taynna Gripp

Formada em Letras e pós-graduada em Roteiro, tem na paixão pela escrita sua essência e trabalha isso falando sobre Literatura, Cinema e Esportes. Atual CEO do Flixlândia e redatora do site Ultraverso.

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