Em um mundo onde as prisões muitas vezes parecem separar mais do que apenas corpos, surge “Filhas” (Daughters), um documentário comovente da Netflix que explora os laços entre pais encarcerados e suas filhas.
Apresentado no Festival de Sundance 2024, onde arrebatou o Prêmio do Público, este filme é uma poderosa reflexão sobre a força dos vínculos familiares e a resiliência em meio às adversidades.
Sinopse do filme Filhas (2024)
Dirigido por Angela Patton e Natalie Rae, “Filhas” nos leva ao coração de um programa único que conecta pais presos com suas filhas através de um baile realizado dentro de uma prisão na capital Washington.
Através dos olhos de quatro meninas – Aubrey, Santana, Ja’Ana e Raziah – o documentário retrata a complexidade emocional de viver sem a presença paterna e a intensa preparação dos pais para esse breve, mas significativo, reencontro.
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Crítica de Filhas, da Netflix
“Filhas” é um documentário que atinge o espectador direto no coração, sem apelar para sentimentalismos fáceis. As diretoras Patton e Rae fazem um trabalho excepcional ao capturar a vulnerabilidade e a esperança que permeiam cada encontro entre pais e filhas.
Com uma abordagem intimista, o filme evita explicações sobre os crimes cometidos pelos pais, focando em vez disso na jornada emocional que ambos – pais e filhas – atravessam. Essa escolha narrativa pode parecer questionável para alguns, mas é justamente o que dá ao filme sua força emocional: em “Filhas”, os pais não são definidos pelos seus erros, mas pelos seus esforços em reconstruir laços rompidos.
A fotografia, assinada por Michael Fernandez, e a trilha sonora delicada de Kelsey Lu complementam a narrativa com toques de lirismo que ressaltam a inocência e a dor dessas jovens. Um dos momentos mais tocantes é ver os homens trocando seus uniformes de prisão por ternos, ensinando uns aos outros a dar um nó em suas gravatas – um gesto simples, mas carregado de significado.
O documentário também destaca a sabedoria precoce dessas meninas, especialmente Santana, que, aos 10 anos, já carrega uma maturidade amarga, expressando sua recusa em um dia ter filhos. Em contraste, a pequena Aubrey, com sua energia contagiante, ainda se agarra à esperança de que o tempo se acelere para que possa ver seu pai livre novamente.
Conclusão
“Filhas” é uma profunda meditação sobre o impacto da ausência paterna, o poder transformador da conexão humana e a importância de programas que resgatam a dignidade e a esperança em um sistema prisional muitas vezes desumanizante.
É um filme que, com certeza, deixará uma marca duradoura em quem o assistir, provocando lágrimas e, talvez, inspirando reflexões sobre a importância dos laços familiares em nossas vidas.
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Onde assistir ao documentário Filhas?
O filme está disponível para assistir na Netflix.
Trailer de Filhas (2024)
Ficha técnica de Filhas, da Netflix
- Título original: Daughters
- Direção: Angela Patton, Natalie Rae
- Gênero: documentário
- País: Estados Unidos
- Duração: 108 minutos
- Classificação: 12 anos
1 thought on “‘Filhas’, um abraço além das grades”