Herança Roubada crítica do filme Netflix (2024)

Foto: Netflix / Divulgação

“Herança Roubada” (Stöld), novo filme sueco da Netflix, explora a vida na comunidade indígena Sámi, dialogando intensamente com questões de preservação cultural e enfrentamento ao xenofobia. Ambientado em um contexto marcado pela luta constante dos povos indígenas, o longa é uma adaptação do romance premiado de Ann-Helén Laestadius e dirigido por Elle Márjá Eira.

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Sinopse de Herança Roubada, da Netflix

Neste drama emocionante inspirado em uma história real, uma jovem de uma comunidade indígena da Suécia busca vingança contra um assassino.

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Crítica do filme Herança Roubada (2024)

“Herança Roubada” vai além de um thriller criminal convencional. O filme é um exame profundo das lutas enfrentadas pelos povos indígenas por reconhecimento e direitos. A escolha de situar a trama na comunidade Sámi, falando principalmente no idioma local, é crucial, pois destaca uma cultura frequentemente marginalizada na mídia. O filme aborda a xenofobia crescente e os efeitos devastadores das mudanças climáticas na pastorícia de renas, um pilar da identidade e economia regional. A história pessoal de Elsa serve como um microcosmo das adversidades enfrentadas pelo povo, com a perda de seu bezerro de rena simbolizando a perda mais ampla de autonomia e respeito.

Elin Kristina Oskal, interpretando Elsa, oferece uma atuação que é tanto sutil quanto explosiva, capturando a determinação e a dor de uma jovem lutando contra injustiças arraigadas. Ralph Ineson, como um vilão local, traz uma ameaça palpável que serve para aprofundar o conflito central do filme. Seus personagens são bem construídos, proporcionando uma janela para as complexidades da vida indígena em um mundo moderno. No entanto, o desenvolvimento de alguns coadjuvantes e antagonistas poderia ser mais aprofundado para evitar clichês e oferecer uma melhor representação dos conflitos culturais.

A direção de Elle Márjá Eira é competente, utilizando a paisagem nórdica não apenas como pano de fundo, mas como um personagem essencial na narrativa. A fotografia capta tanto a beleza austera quanto a opressão do ambiente, refletindo o isolamento e a resistência dos Sámi. No entanto, o filme sofre de alguns problemas de ritmo, especialmente com um tempo de execução que parece um pouco longo para a história que tenta contar. Além disso, enquanto tenta abordar muitas questões complexas, às vezes perde o foco, o que pode deixar o espectador confuso sobre o que a produção está tentando destacar como sua mensagem central.

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Conclusão

Apesar de alguns problemas em termos de ritmo e desenvolvimento de personagens, “Herança Roubada” é uma obra significativa que contribui de maneira valiosa para a representação indígena no cinema. Sua combinação de drama pessoal com questões sociais amplas oferece uma visão rica e complexa da experiência Sámi. Recomenda-se assisti-lo não apenas como uma forma de entretenimento, mas como uma oportunidade de engajamento cultural e reflexão sobre as forças que moldam as vidas desses povos no mundo contemporâneo.

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Onde assistir ao filme Herança Roubada (2024)?

“Herança Roubada” está disponível para assinantes da Netflix.

Trailer do filme Herança Roubada, da Netflix (2024)

Elenco do filme Herança Roubada, da Netflix (2024)

  • Elin Kristina Oskal
  • Martin Wallström
  • Lars-Ánte Wasara
  • Magnus Kuhmunen
  • Risten-Alida Siri Skum
  • Anne Lajla Westerfjell Kalstad
  • Inger Gunhild Maria Tapio
  • Pávva Pittja

Ficha técnica do filme Herança Roubada, da Netflix (2024)

  • Título original: Stöld
  • Direção: Elle Márjá Eira
  • Roteiro: Peter Birro, Ann-Helen Laestadius
  • Gênero: drama, suspense
  • País: Suécia
  • Ano: 2024
  • Duração: 107 minutos
  • Classificação: 16 anos

Sobre o autor

4 thoughts on “‘Herança Roubada’ contribui de maneira valiosa para a representação indígena no cinema

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