'Palm Royale' encerra com gosto amargo

O episódio 10 de “Palm Royale”, uma série recheada de reviravoltas e segredos obscuros, apresenta um final de temporada que mistura tragédia e revelações bombásticas. Com um elenco estelar que inclui nomes como Kristen Wiig, Allison Janney e Carol Burnett, o último capítulo prometia ser um evento grandioso, mas acabou deixando muitos questionamentos em aberto, apontando para uma continuação ainda incerta.

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Sinopse de Palm Royale, da Apple TV+ (2024)

A série se passa no verão de 1969 e gira em torno de Maxine Simmons, uma ex-rainha da beleza de Chattanooga que se muda para Palm Beach com o objetivo de se tornar parte da exclusiva sociedade local. Determinada a alcançar seu objetivo, ela usa sua astúcia e charme para se infiltrar na elite de Palm Beach, incluindo Evelyn Rollins (Allison Janney), e Dinah Donahue (Leslie Bibb).

Enquanto Maxine tenta ganhar aceitação nesse mundo de fofocas e intrigas, ela também enfrenta desafios pessoais, incluindo seu relacionamento com seu marido, Douglas (Josh Lucas), e sua busca pela verdade sobre sua família e suas origens.

Palm Royale episódio 10 crítica do final da série Apple TV Plus 2024 — Cena do episódio 10 de “Palm Royale” (Foto: Apple TV+ / Divulgação)

Crítica do episódio 10 Palm Royale, final da série

O episódio final, intitulado “Maxine dá uma Festa”, é centrado no glamouroso Beach Ball, um evento social de alta classe co-organizado por Maxine (Wiig) e Evelyn (Janney), com Norma (Burnett) figurando como a matriarca emérita do evento. A tensão se instaura com a revelação de que Norma pode não ser quem diz ser, insinuando que ela assumiu a identidade de sua colega de quarto do internato, Agnes, que supostamente morreu em um trágico acidente.

Durante o baile, enquanto a elite social se diverte, segredos começam a ser revelados um a um. Mitzi (Kaia Gerber), uma jovem ingênua, descobre estar grávida de Douglas (Josh Lucas), o marido de Maxine. Enquanto isso, uma tentativa de assassinato contra o presidente Nixon se desenrola, culminando com a intervenção de Mary (Julia Duffy), cuja ação desesperada resulta em um disparo que acidentalmente atinge Robert (Ricky Martin), o personagem moralmente íntegro da série.

O final de “Palm Royale” demonstrou uma tentativa ambiciosa de amarrar várias tramas complexas, mas falhou em oferecer um encerramento satisfatório. O episódio sofreu de um excesso narrativo, onde muitos elementos dramáticos foram introduzidos rapidamente sem o devido desenvolvimento. Por exemplo: a revelação sobre a verdadeira identidade de Norma foi um twist psicológico promissor que poderia ter sido explorado de forma mais aprofundada.

Ademais, o enredo da tentativa de assassinato pareceu desconexo com o tom geral da série, introduzindo um elemento de thriller político que não se encaixava harmoniosamente com as intrigas sociais e pessoais que dominaram a narrativa. Esse elemento, embora impactante, pareceu uma manobra dramática forçada para criar um clímax artificial.

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Conclusão

O final de “Palm Royale” exemplifica os desafios de equilibrar uma história rica em personagens com uma trama envolvente e coesa. Embora a série brilhe em momentos com seu elenco talentoso e cenografia luxuosa, falta-lhe uma direção mais firme e um roteiro que valorize suas maiores forças: o desenvolvimento de personagens e a exploração de suas complexidades.

Resta esperar para ver se uma segunda temporada poderá resolver essas questões e dar aos personagens e ao público o encerramento que merecem, fazendo com que esse gosto amargo saia da boca de quem assistiu à série.