
Foto: Prime Video / Divulgação
O episódio 6 da temporada 3 de “Invencível”, intitulado “Só Posso Pedir Desculpas”, é um marco para a série. Ele entrega um equilíbrio quase perfeito entre ação visceral e uma carga dramática que resgata um dos eventos mais impactantes da trama: a destruição de Chicago.
Com a introdução de Powerplex, um antagonista trágico e profundamente humano, a narrativa se expande para explorar as consequências das batalhas entre super-seres sob uma perspectiva pouco explorada no gênero. O resultado é um episódio intenso e emocionalmente desgastante, que eleva “Invencível” a um novo patamar.
Sinopse do episódio 6 da temporada 3 da série Invencível (2025)
O episódio inicia com um flashback devastador: a batalha entre Omni-Man e Mark Grayson em Chicago, vista pelos olhos de Scott Duvall. Ele é um analista da GDA que perdeu sua irmã e sobrinha na destruição causada pelo confronto. Incapaz de vingar-se diretamente de Omni-Man, que fugiu do planeta, Scott passa anos alimentando seu ódio contra Mark, a quem culpa pela catástrofe. A dor e a revolta o transformam em Powerplex, um vilão movido por vingança que decide acabar com Invencível a qualquer custo.
Paralelamente, Mark tenta lidar com o peso de seu legado e os desafios de sua vida pessoal. Sua relação com Atom Eve se fortalece, enquanto ele também treina seu meio-irmão, Oliver, para se tornar um herói. No entanto, os fantasmas do passado continuam a assombrá-lo. Durante uma cerimônia em homenagem às vítimas da destruição de Chicago, Powerplex arma um ataque para forçar Mark a enfrentá-lo.
A luta entre os dois é breve, mas emocionalmente devastadora. No momento de maior explosão de fúria, Scott libera uma descarga de energia que acidentalmente mata sua própria esposa e filho. O choque do evento ecoa em toda a narrativa, reafirmando a temática central do episódio: o ciclo interminável da violência e suas consequências.
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Crítica da 3ª temporada de Invencível (episódio 6), do Prime Video
Se existe algo que “Invencível” faz de forma magistral, é explorar as consequências de seus eventos passados. Ao trazer de volta um acontecimento da primeira temporada e mostrar como ele continua impactando a vida de muitas pessoas, o episódio adiciona uma camada de realismo e profundidade raramente vista em histórias de super-heróis. Powerplex é um reflexo disso: um homem destruído pela tragédia, buscando justiça em um mundo onde super-seres parecem estar acima da lei.
A dor de Scott é palpável, e sua história torna sua motivação compreensível. Ele não é apenas um vilão genérico, mas um homem com um passado traumático, que acredita genuinamente que está fazendo a coisa certa. Isso torna sua jornada ainda mais trágica quando, no fim, sua própria cegueira emocional o leva a destruir aquilo que restava de sua família.
Mark Grayson e o peso da culpa
Outro ponto alto do episódio é a forma como ele trabalha o crescimento de Mark. Ao longo da série, vemos o herói enfrentar batalhas cada vez mais brutais, mas o verdadeiro desafio que ele encara aqui é interno. O memorial das vítimas de Chicago simboliza o fardo que ele carrega. Ele pode não ter sido diretamente responsável pela destruição, mas sua presença no evento e sua relação com Omni-Man o tornam um alvo de críticas e ressentimentos.
A luta contra Powerplex não é apenas física, mas emocional. No final, Mark tenta dialogar, mostrar arrependimento e compreensão, mas é em vão. A violência já consumiu Scott completamente, e nada pode reverter suas ações. O impacto desse momento reverbera até o último segundo do episódio, quando vemos Powerplex aprisionado, jurando vingança contra Mark, reforçando que a dor nunca desaparece por completo.
As tramas secundárias e o desenvolvimento do universo
Apesar do foco dramático no conflito central, o episódio ainda encontra espaço para avançar outras tramas importantes. O treinamento de Oliver adiciona uma perspectiva mais leve, mas também significativa, ao episódio. Sua discussão com Mark e Eve sobre a impossibilidade de perdoar Omni-Man é um dos momentos mais tocantes do capítulo. A série mostra que não existem respostas fáceis para questões morais complexas.
A história de Rudy e Amanda também ganha um desenvolvimento interessante, com Rudy criando um dispositivo para impedir que Amanda continue rejuvenescendo cada vez que usa seus poderes. Embora secundária, essa subtrama reforça o tema central do episódio: as consequências das ações, sejam elas voluntárias ou não.
Um final impactante e a promessa de caos
O episódio termina com um gancho que promete grandes reviravoltas para o restante da temporada. A revelação de que Angstrom Levy está reunindo um exército de variantes de Mark para uma invasão multiversal é um prenúncio direto da aguardada “Guerra Invencível”. É um lembrete de que, apesar do peso emocional deste episódio, ainda há muitas batalhas por vir.
Conclusão
“Só Posso Pedir Desculpas” é um dos melhores episódios da terceira temporada de “Invencível”. Ele combina ação de qualidade com um drama profundamente humano, destacando as consequências reais dos eventos passados da série.
A construção de Powerplex como vilão, o peso da culpa de Mark e a promessa de um conflito ainda maior fazem deste um episódio memorável. Se o restante da temporada mantiver esse nível de qualidade, “Invencível” pode se consolidar como uma das melhores adaptações de quadrinhos da atualidade.
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Onde assistir à série Invencível?
A série está disponível para assistir no Prime Video.
Trailer da temporada 3 de Invencível (2025)
Elenco de Invencível, do Prime Video
- Steven Yeun
- Sandra Oh
- J.K. Simmons
- Zazie Beetz
- Chris Diamantopoulos
- Walton Goggins
- Gillian Jacobs
- Jason Mantzoukas
- Zachary Quinto
- Andrew Rannells
- Seth Rogen
Ficha técnica da série Invencível
- Título original: Invincible
- Criação: Robert Kirkman, Ryan Ottley, Cory Walker
- Gênero: animação, ação, aventura, drama, fantasia
- País: Estados Unidos
- Temporada: 3
- Episódios: 8
- Classificação: 18 anos
Só pode ser brincadeira ou ironia essa crítica, este é de longe o pior episódio da temporada, que não trouxe importância alguma para a trama, e se não existisse não faria nenhuma diferença. Horrivel o episódio!