Confira a crítica do filme "Joika: Uma Americana no Bolshoi", drama de 2024 disponível para assinantes da Max.

‘Joika: Uma Americana no Bolshoi’ e a eterna busca pela excelência

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O filme “Joika: Uma Americana no Bolshoi” (The American / Joika), que chegou recentemente à Max, é um drama intenso que narra a jornada tumultuada de uma jovem bailarina americana em sua busca para ser aceita em uma renomada e rígida academia de dança na Rússia. Baseado na história real de Joy Womack, o longa explora os desafios e sacrifícios enfrentados por ela ao deixar o Texas e se aventurar no mundo competitivo do Balé Bolshoi. Escrito e dirigido por James Napier Robertson, a película possui uma abordagem semelhante a um thriller psicológico, evocando comparações com o excepcional “Cisne Negro” (2010), de Darren Aronofsky.

Sinopse do filme Joika: Uma Americana no Bolshoi (2024)

O filme segue Joy Womack (Talia Ryder), uma prodígio do balé do Texas, que aspira a se tornar a Prima Ballerina da Academia Bolshoi de Moscou. Aos quinze anos, Joy se muda para Moscou, apoiada pelos pais, com a esperança de ser aceita na prestigiada academia. No entanto, ela rapidamente se depara com a hostilidade de seus colegas e da severa diretora da academia, Tatiyana Volkova (Diane Kruger), que constantemente a chama de “a americana”. Determinada a provar seu valor, Joy enfrenta desafios físicos e emocionais enquanto luta para conquistar seu lugar na academia.

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Crítica de Joika: Uma Americana no Bolshoi, da Max

“Joika: Uma Americana no Bolshoi” traz uma representação crua e realista dos sacrifícios e dificuldades enfrentados por uma jovem bailarina em um ambiente extremamente competitivo. Talia Ryder oferece uma atuação convincente como Joy, capturando a paixão, a determinação e a frustração de uma jovem que se vê confrontada por um sistema rígido e politicamente influenciado. Sua atuação é um dos pontos altos do filme, transmitindo com autenticidade as emoções complexas de sua personagem.

Diane Kruger, como Tatiyana Volkova, traz uma intensidade fria ao papel da diretora da academia. Sua interpretação é implacável e multifacetada, revelando lentamente camadas de sua personagem que vão além de sua aparente severidade. A dinâmica entre Joy e Tatiyana é tensa e cheia de conflitos, o que aprofunda a narrativa.

A fotografia de Tomasz Naumiuk é outro aspecto notável do filme. A paleta de cores sombrias e os enquadramentos claustrofóbicos reforçam a atmosfera de pressão e isolamento vivida por Joy. As cenas de dança são visualmente impressionantes e tecnicamente precisas, destacando o talento e a dedicação dos atores.

No entanto, o filme peca em alguns aspectos de seu roteiro. A repetição da hostilidade enfrentada por Joy devido à sua nacionalidade americana é um elemento que, embora crie uma tensão contínua, poderia ter sido explorado de maneira mais profunda. Além disso, alguns eventos na vida da bailarina são apresentados de forma fragmentada, sem uma exploração mais ampla das razões por trás deles, o que limita a oportunidade de uma crítica social mais abrangente.

Conclusão

“Joika: Uma Americana no Bolshoi” é um filme poderoso que explora os extremos a que uma pessoa pode chegar na busca pela excelência. Com fortes atuações de Talia Ryder e Diane Kruger, o longa traz uma visão intensa e emocionalmente carregada do mundo do balé, ainda que tenha algumas – pequenas – falhas no roteiro.

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Onde assistir ao filme Joika: Uma Americana no Bolshoi (2024)?

O filme está disponível para assinantes da Max.

Trailer do filme Joika: Uma Americana no Bolshoi

YouTube player

Elenco de Joika: Uma Americana no Bolshoi, da Max

  • Talia Ryder
  • Diane Kruger
  • Oleg Ivenko
  • Natasha Alderslade
  • Natalia Osipova
  • Charlotte Ubben
  • Borys Szyc
  • Tomasz Kot

Ficha técnica de Joika: Uma Americana no Bolshoi (2024)

  • Título original: The American
  • Direção: James Napier Robertson
  • Roteiro: James Napier Robertson
  • Gênero: drama
  • País: Nova Zelândia, Polônia, Estados Unidos
  • Duração: 111 minutos
  • Classificação: 12 anos
Escrito por
Taynna Gripp

Formada em Letras e pós-graduada em Roteiro, tem na paixão pela escrita sua essência e trabalha isso falando sobre Literatura, Cinema e Esportes. Atual CEO do Flixlândia e redatora do site Ultraverso.

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