Confira a crítica do filme "O Concerto Maldito, Sinfonia do Mal", terror disponível para assinantes do Prime Video.

Nem a música salva ‘O Concerto Maldito, Sinfonia do Mal’ de ser esquecível

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O filme “O Concerto Maldito, Sinfonia do Mal” (The Piper), que chega ao catálogo do Prime Video, tenta oferecer uma releitura moderna do conto clássico “O Flautista de Hamelin”. Dirigido e escrito por Erlingur Thoroddsen, o longa-metragem é estrelado por Julian Sands em uma de suas últimas aparições antes de seu desaparecimento e morte. Embora tenha potencial com seu enredo intrigante e trilha sonora marcante, a produção acaba caindo na previsibilidade e na falta de desenvolvimento.

Sinopse de O Concerto Maldito, Sinfonia do Mal (2024)

O filme segue a jovem compositora Melanie (Charlotte Hope), que luta para conquistar seu lugar no mundo da música enquanto se preocupa com sua filha surda, Zoe (Aoibhe O’Flanagan). Quando Melanie descobre uma partitura misteriosa deixada por um colega falecido, ela se vê envolvida em uma série de eventos sombrios que ameaçam sua carreira e a vida de sua filha. Sob a pressão do maestro Gustafson (Julian Sands), Melanie precisa finalizar a composição maldita, desencadeando consequências aterradoras.

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Crítica do filme O Concerto Maldito, Sinfonia do Mal

“O Concerto Maldito, Sinfonia do Mal” tem uma premissa promissora, introduzindo elementos de mistério e terror desde os primeiros minutos. A presença de Julian Sands é um ponto alto, trazendo uma atuação sólida que agrega valor ao filme. Charlotte Hope também entrega uma performance convincente, carregando o filme com sua presença forte e emotiva.

No entanto, o filme sofre de uma série de problemas que impedem seu pleno desenvolvimento. A trama, embora baseada em uma lenda intrigante, se desenrola de maneira previsível, sem grandes reviravoltas ou surpresas que mantenham o espectador realmente envolvido. A previsibilidade do enredo é um dos maiores obstáculos, não conseguindo criar a tensão necessária para um bom horror.

A criatura o Flautista, tem poucas aparições no filme. Enquanto algumas obras de terror utilizam a tática de esconder o monstro para aumentar o suspense, “O Concerto Maldito, Sinfonia do Mal” parece simplesmente não saber como utilizá-la de maneira eficaz. A falta de desenvolvimento do antagonista e suas motivações deixa um vazio na narrativa, que poderia ter sido preenchido com um tratamento mais elaborado e criativo.

Visualmente, o filme é competente, com uma fotografia que cria uma atmosfera sombria e inquietante. As cenas são bem enquadradas e há um uso eficaz das cores e da iluminação para aumentar a sensação de mistério. No entanto, os efeitos especiais são limitados e, em alguns casos, mal executados, o que diminui o impacto das cenas de terror.

A trilha sonora de Christopher Young é um dos pontos altos do filme, colaborando para elevar a tensão e a atmosfera. A música, especialmente a peça central do concerto amaldiçoado, é verdadeiramente assombrosa e memorável, elevando algumas das cenas mais fracas do filme.

Conclusão

“O Concerto Maldito, Sinfonia do Mal” é um filme que prometia muito, mas entrega pouco. Com uma premissa interessante e atuações competentes, o filme tinha todos os ingredientes para se destacar no gênero de terror. No entanto, a previsibilidade do enredo, a falta de desenvolvimento dos personagens e a subutilização da criatura resultam em um filme que é, em última análise, esquecível.

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Onde assistir ao filme O Concerto Maldito, Sinfonia do Mal (2024)?

O filme está disponível para assinantes do Prime Video.

Trailer do filme O Concerto Maldito, Sinfonia do Mal

Elenco de O Concerto Maldito, Sinfonia do Mal, do Prime Video

  • Charlotte Hope
  • Julian Sands
  • Alexis Rodney
  • Oliver Savell
  • Kate Nichols
  • Philipp Christopher
  • Salomé Chandler
  • Louise Gold

Ficha técnica de O Concerto Maldito, Sinfonia do Mal (2024)

  • Título original: The Piper
  • Direção: Erlingur Thoroddsen
  • Roteiro: Erlingur Thoroddsen
  • Gênero: terror
  • País: Estados Unidos
  • Duração: 95 minutos
  • Classificação: 16 anos
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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