Wilson Spiler 
Foto: Max / Divulgação
O filme “O Tarô da Morte” (Tarot) prometeu trazer algo de novo ao gênero de horror, com um conceito que parecia evocar as emoções e o suspense da icônica franquia “Premonição”.
No entanto, apesar de algumas ideias interessantes, o longa-metragem acaba tropeçando em sua execução, oferecendo uma experiência que, embora divertida em certos momentos, fica aquém do esperado.
Sinopse do filme O Tarô da Morte (2024)
O filme segue um grupo de amigos que aluga uma mansão para uma noite de diversão. Lá, eles descobrem um misterioso baralho de tarot no porão e, desafiando o bom senso, decidem fazer leituras das cartas para prever seus destinos.
Como era de se esperar, isso desencadeia uma maldição que começa a persegui-los, levando cada um a um destino trágico, de acordo com as cartas tiradas. Baseado no romance de 1992, “Horroscope”, de Nicholas Adams, o filme tenta misturar elementos de astrologia e terror, criando uma narrativa que combina previsões sombrias com mortes bizarras.
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Crítica de O Tarô da Morte, da Max
Desde o início, “O Tarô da Morte” mostra-se um filme limitado por suas próprias ambições. O conceito de um baralho de tarô amaldiçoado é intrigante, mas a execução deixa a desejar. O ritmo apressado sacrifica o desenvolvimento dos personagens, tornando difícil criar uma conexão emocional com eles. A falta de profundidade e de motivação psicológica faz com que o público não se importe verdadeiramente com o destino dos protagonistas, algo essencial para um filme de terror eficaz.
A narrativa é permeada por clichês e conveniências típicas de filmes de terror adolescentes, o que tira muito do potencial que a premissa poderia ter. O filme se apoia em sustos previsíveis e em uma construção de suspense que raramente é eficaz, deixando de aproveitar as oportunidades para criar uma atmosfera verdadeiramente assustadora.
Por outro lado, “O Tarô da Morte” tem seus méritos. Os visuais das criaturas inspiradas nas figuras do tarô são impressionantes e se destacam como um dos pontos fortes do filme. A concepção artística das cartas e dos monstros é criativa e visualmente estimulante, mas é uma pena que eles não tenham uma presença mais forte na tela. Esses momentos são, no entanto, insuficientes para compensar as falhas no roteiro e nas atuações, que são, em grande parte, fracas e pouco convincentes.
O clímax do filme, onde a origem do baralho amaldiçoado é revelada, tinha potencial para ser impactante, mas acaba sendo decepcionante devido à forma como os personagens lidam com a situação, que parece forçada e insatisfatória. O final, em particular, dá a impressão de uma paródia, em vez de um momento genuinamente tenso e assustador.
Conclusão
“O Tarô da Morte” tinha todos os ingredientes para se destacar como uma espécie de sucessor espiritual de “Premonição”, mas, ao optar por permanecer em sua zona de conforto e não arriscar além dos limites estabelecidos, acabou se confinando à mediocridade.
O filme serve como entretenimento leve para uma noite relaxada entre amigos, mas está longe de deixar uma marca no cenário do cinema de horror. Para os fãs do gênero, pode valer a pena assistir pelas criaturas e pela premissa, mas aqueles que buscam algo mais profundo ou original, provavelmente, sairão decepcionados.
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Onde assistir ao filme O Tarô da Morte?
O filme está disponível para assistir na Max.
Trailer de O Tarô da Morte (2024)
Elenco de O Tarô da Morte, da Max
- Harriet Slater
- Adain Bradley
- Jacob Batalon
- Avantika
- Humberly González
- Wolfgang Novogratz
- Larsen Thompson
- Olwen Fouéré
- Alan Wells
- Anna Halberg
Ficha técnica do filme O Tarô da Morte
- Título original: Tarot
- Direção: Spenser Cohen, Anna Halberg
- Roteiro: Spenser Cohen, Anna Halberg, Nicholas Adams
- Gênero: terror
- País: Estados Unidos, Sérvia
- Duração: 92 minutos
- Classificação: 14 anos
Sobre o autor
