
Foto: Netflix / Divulgação
O que acontece quando um trabalhador de colarinho azul é jogado no mundo da espionagem? O filme “A Liga” (The Union), estrelado por Mark Wahlberg e Halle Berry, tenta responder a essa pergunta ao combinar elementos clássicos de obras de ação com uma pitada de nostalgia e uma crítica sutil ao “sonho americano”.
Dirigido por Julian Farino, o filme oferece uma nova abordagem ao gênero de espionagem, sem deixar de lado os clichês que tanto atraem o público.
Sinopse do filme A Liga (2024)
Mike McKenna (Mark Wahlberg) é um trabalhador comum de Nova Jersey cuja vida atingiu o auge no colégio, onde namorava a ambiciosa Roxanne Hall (Halle Berry). Enquanto ele se contentou em seguir os passos da classe trabalhadora e se unir ao sindicato dos trabalhadores da construção civil, ela seguiu um caminho radicalmente diferente, unindo-se à “Liga”, uma organização clandestina de espionagem.
Quando uma missão crucial dá errado, resultando na morte de vários agentes, Roxanne é forçada a buscar ajuda em uma fonte inesperada: seu antigo namorado do colégio, Mike. Agora, ele deve decidir se está pronto para trocar sua rotina pacata por uma vida cheia de adrenalina e perigos internacionais.
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Crítica de A Liga, da Netflix
“A Liga” tenta capturar a essência de uma fantasia de realização de desejos, onde o homem comum se transforma em um herói improvável. Mark Wahlberg traz para o papel de Mike McKenna a familiaridade de um “cara da vizinhança”, o que facilita a identificação do público com seu personagem.
No entanto, essa abordagem “pé no chão” também limita a evolução de Mike como protagonista de um filme de espionagem. Em vez de ver uma transformação dramática, acompanhamos um personagem que parece desinteressado em estar ali, o que reduz o impacto emocional da narrativa.
Halle Berry, por outro lado, brilha como Roxanne, uma espiã veterana e durona, com uma postura que mescla vulnerabilidade e força. Sua atuação, embora forte, é prejudicada por um roteiro que não lhe dá espaço suficiente para desenvolver completamente seu personagem.
A dinâmica entre os dois protagonistas, embora interessante, nunca atinge o potencial de uma verdadeira química romântica, deixando o filme com uma sensação de que algo está faltando. A direção de Julian Farino é competente nas cenas de ação, especialmente na impressionante perseguição de carros em locações exóticas como a Croácia.
No entanto, a falta de originalidade no enredo e as referências óbvias a filmes como “Missão: Impossível” e “007” deixam “A Liga” parecendo mais uma compilação de cenas de ação do que uma história coesa e inovadora.
Conclusão
“A Liga” é um filme de ação que promete mais do que entrega. Apesar do carisma de seus protagonistas e de algumas cenas de ação bem executadas, o longa não consegue se destacar em um gênero saturado.
Com uma trama previsível e uma falta de profundidade emocional, “A Liga” acaba sendo mais uma tentativa mediana de explorar a fantasia de um herói improvável. Ainda assim, para os fãs de Wahlberg e Berry, o filme oferece entretenimento leve e cenas de ação que, embora familiares, conseguem prender a atenção.
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Onde assistir ao filme A Liga?
O filme está disponível para assistir na Netflix.
Trailer de A Liga (2024)
Elenco de A Liga, da Netflix
- Mark Wahlberg
- Halle Berry
- J.K. Simmons
- Mike Colter
- Adewale Akinnuoye-Agbaje
- Jessica De Gouw
- Alice Lee
- Jackie Earle Haley
- Stephen Campbell Moore
Ficha técnica do filme A Liga
- Título original: The Union
- Direção: Julian Farino
- Roteiro: Joe Barton, David Guggenheim
- Gênero: ação, comédia, suspense
- País: Estados Unidos
- Duração: 109 minutos
- Classificação: 14 anos
3 thoughts on “Mesmo com o carisma de Mark Wahlberg e Halle Berry, ‘A Liga’ é só mais um filme de ação”