Confira a crítica do filme "O Último Refúgio", suspense de ação de 2024 disponível para assistir no Adrenalina Pura
Críticas

‘O Último Refúgio’ só tem boas intenções

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Em meio a uma enxurrada de filmes pós-apocalípticos, “O Último Refúgio” (Lazareth) tenta se destacar com uma abordagem intimista e um elenco liderado por Ashley Judd.

A trama foca na sobrevivência de uma mulher e suas sobrinhas em um mundo devastado por um vírus misterioso. No entanto, será que o longa consegue entregar uma experiência envolvente ou se perde em um mar de clichês do gênero?

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Sinopse do filme O Último Refúgio (2024)

Lee (Ashley Judd) vive isolada em uma cabana na floresta com suas sobrinhas órfãs, Imogen (Katie Douglas) e Maeve (Sarah Pidgeon). A cabana, batizada de Lazareth, é vista como um refúgio sagrado, um mundo seguro em meio ao caos exterior.

Criadas sob rígidas regras de isolamento, as jovens desconhecem a realidade além da floresta. No entanto, a chegada de um forasteiro ferido, Owen (Asher Angel), desencadeia uma série de questionamentos e conflitos internos que ameaçam desmoronar o frágil equilíbrio da família.

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Crítica de O Último Refúgio, do Adrenalina Pura

A premissa de “O Último Refúgio” não é exatamente inovadora. O enredo segue a fórmula de diversos filmes que exploram a reclusão e o medo do desconhecido, como A Vila (2004) e Um Lugar Silencioso (2018). A grande questão é: o filme traz algo de novo para o gênero? A resposta é ambígua.

O roteiro de Alec Tibaldi constrói um suspense psicológico interessante, explorando temas como controle, medo e a tênue linha entre proteção e manipulação. No entanto, a narrativa se desenrola de maneira previsível, e os momentos de tensão perdem impacto devido ao ritmo arrastado.

A revelação de que o mundo exterior não é tão ameaçador quanto Lee fazia parecer deveria ser um grande choque, mas acaba se diluindo pela falta de um desenvolvimento mais envolvente.

Visual impressionante, mas roteiro raso

O elenco se esforça para dar profundidade aos personagens. Ashley Judd entrega uma atuação convincente como a matriarca protetora e rígida, mas a personagem carece de nuances que a tornem mais memorável. Já Katie Douglas e Sarah Pidgeon conseguem transmitir bem a inquietação e o desejo de liberdade de suas personagens, trazendo um pouco mais de vida ao longa.

Visualmente, “O Último Refúgio” impressiona com uma fotografia melancólica e um uso eficaz da iluminação natural. O isolamento das protagonistas é reforçado pelo ambiente opressor da floresta e pelo uso predominante de tons escuros e sombras. No entanto, a trilha sonora discreta e a falta de momentos realmente impactantes fazem com que o filme careça da atmosfera sufocante que poderia elevá-lo a outro patamar.

Mas o maior problema de “O Último Refúgio” reside na falta de originalidade e profundidade. O filme levanta questões instigantes sobre sobrevivência e controle, mas nunca as explora de maneira satisfatória. O desfecho, embora coerente com a jornada das protagonistas, não traz um impacto duradouro, deixando a sensação de que a trama poderia ter sido mais ousada.

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Conclusão

“O Último Refúgio” tem boas intenções e uma atmosfera promissora, mas tropeça na previsibilidade e na falta de desenvolvimento emocional. Ashley Judd e o elenco jovem fazem o possível para dar vida a um roteiro que se mantém na superfície de temas profundos.

Para os fãs do gênero pós-apocalíptico, pode valer a pena conferir, mas sem grandes expectativas. No fim, o filme se mostra mais um ensaio sobre paranoia e isolamento do que um suspense verdadeiramente envolvente.

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Onde assistir ao filme O Último Refúgio?

O filme está disponível para assistir no Adrenalina Pura.

Trailer de O Último Refúgio (2024)

Elenco de O Último Refúgio, do Adrenalina Pura

  • Asher Angel
  • Ashley Judd
  • Edward Balaban
  • Katie Douglas
  • Sarah Pidgeon

Ficha técnica do filme O Último Refúgio

  • Título original: Lazareth
  • Direção: Alec Tibaldi
  • Roteiro: Alec Tibaldi
  • Gênero: suspense, ação
  • País: Estados Unidos
  • Duração: 86 minutos
  • Classificação: 14 anos
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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