Sinopse do filme Pearl (2023)
+ ‘Simón de la Montaña’ e a luta por pertencer em um mundo hostil
+ ‘Operação Natal’ tropeça em sua própria ambição
+ Embora não seja marcante, ‘Um Fiasco de Férias’ aquece corações e arranca sorrisos
Crítica de Pearl, do Prime Video
Mia Goth brilhante
Mia Goth entrega uma atuação que transcende o gênero. Seu retrato de Pearl é multifacetado: ela é vulnerável, sonhadora, mas também inquietantemente violenta. Há momentos de genuína empatia pela personagem, especialmente nas cenas em que ela verbaliza sua frustração com o mundo ao seu redor.
O monólogo de Pearl, próximo ao final do filme, é um tour de force que revela a extensão de sua dor e desejo desesperado de ser amada e reconhecida. É uma performance que dificilmente será esquecida.
Roteiro impactante
O roteiro, coescrito por Goth e West, é uma análise brutal da ambição e da repressão. Pearl é uma personagem que quer ser mais do que as circunstâncias de sua vida permitem. Esse desejo, combinado com a rigidez de sua mãe e o isolamento físico e emocional da fazenda, cria uma tempestade perfeita para sua descida à loucura.
O filme também oferece comentários sutis sobre o papel das mulheres na sociedade da época e como seus sonhos muitas vezes eram esmagados por expectativas opressoras.
Violência gráfica
No entanto, “Pearl” não é apenas um estudo de personagem, mas também um filme de terror visceral. A violência é gráfica e impactante, mas nunca gratuita. Cada ato de brutalidade é um reflexo direto da deterioração mental de Pearl e de sua incapacidade de reconciliar seus sonhos com sua realidade.
A direção de West brilha especialmente nas cenas de maior tensão, onde o suspense é construído de forma lenta e deliberada, culminando em momentos de puro choque.
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