Depois de um ano longe, a gente finalmente pôde colocar os pés de volta no Acampamento Meio-Sangue. A segunda temporada de Percy Jackson e os Olimpianos chegou ao Disney+ no dia 10 de dezembro com uma estreia dupla, e a primeira coisa que dá para notar é: as crianças cresceram. E não estou falando só da altura do Walker Scobell (que deu um estirão impressionante), mas da série como um todo.
A estreia adapta o livro O Mar de Monstros, e se você é fã da obra do Rick Riordan, já sabe que as coisas ficam mais intensas. A vibe de “aventura divertida de verão” deu lugar a algo com apostas bem mais altas. A Disney até estendeu um “tapete azul” temático para o lançamento, mas na tela, o clima é menos festa e mais sobrevivência.
Sinopse
Nos episódios 1 e 2, Percy (Walker Scobell) e Annabeth (Leah Jeffries) retornam ao acampamento para descobrir que o lugar está caindo aos pedaços — literalmente. A árvore de Thalia foi envenenada, a barreira mágica está falhando e monstros estão atacando. Para piorar, o nosso querido Grover (Aryan Simhadri) está desaparecido, e o Quíron foi substituído por Tantalus (Timothy Simons), um diretor cruel que parece odiar crianças tanto quanto odeia comida que não consegue alcançar.
No meio desse caos, Percy descobre que tem um novo meio-irmão: Tyson (Daniel Diemer), um ciclope tímido e de bom coração que vivia nas ruas. A única salvação para o acampamento (e para a árvore de Thalia) é o Velocino de Ouro. Assim, uma nova missão se forma, com dinâmicas diferentes e segredos que prometem testar a amizade dos nossos heróis.
➡️ Quer saber mais sobre filmes, séries e streamings? Então acompanhe o trabalho do Flixlândia nas redes sociais pelo INSTAGRAM, X, TIKTOK, YOUTUBE, WHATSAPP, e GOOGLE NOTÍCIAS, e não perca nenhuma informação sobre o melhor do mundo do audiovisual.
Resenha crítica da temporada 2 de Percy Jackson
O elenco cresceu (e a atuação também)
A primeira coisa que salta aos olhos é como o trio principal evoluiu. Walker Scobell não é mais aquele garoto oprimido; ele assumiu a postura de herói com uma confiança natural, mantendo a humildade de admitir quando erra. A química dele com Leah Jeffries continua fantástica, mesmo que o roteiro esteja forçando um afastamento emocional entre eles agora. Dá para sentir o peso das decisões da Annabeth só pelo olhar da atriz.
Aryan Simhadri, nosso Grover, tem menos tempo de tela nesses primeiros episódios porque está em sua própria jornada “separada”, mas ele rouba a cena sempre que aparece através do elo empático com Percy. Ele traz uma energia positiva necessária no meio de tanta tensão.

Novos rostos e vilões marcantes
Precisamos falar sobre as adições ao elenco. Daniel Diemer como Tyson é adorável. Ele interpreta o ciclope como um gigante gentil, protetor e leal, servindo como o coração emocional desses primeiros episódios, embora às vezes o personagem pareça um pouco internalizado demais, dificultando saber o que ele está sentindo.
Do lado dos “adultos”, Timothy Simons está incrível como Tantalus. Ele consegue ser engraçado e aterrorizante ao mesmo tempo — você sente que ele poderia acabar com os campistas por qualquer motivo bobo. E temos Lin-Manuel Miranda entregando, sem exagero, a atuação da carreira dele como Hermes. A cena dele na praia com Percy vai de “tiozão engraçado” para “pai desesperado e triste” em segundos. É de arrepiar.
Mudanças no livro: necessárias ou tropeços?
A série tomou liberdades criativas em relação a O Mar de Monstros. A famosa cena do queimado com canibais na escola foi alterada e a revelação sobre a árvore de Thalia foi adiantada. A maioria dessas mudanças funciona bem para agilizar a trama e nos levar logo ao Acampamento. A introdução da Clarisse também ganha mais profundidade; ela deixa de ser só uma valentona para se tornar uma guerreira com camadas.
No entanto, nem tudo são flores. A decisão de introduzir o arco da “Grande Profecia” tão cedo criou um atrito entre Percy e Annabeth que soa meio fabricado. Eles passaram a primeira temporada construindo uma confiança inabalável, e vê-los distantes e guardando segredos agora parece um passo para trás forçado pelo roteiro, só para gerar drama.
Visual e ritmo
Visualmente, a série continua acertando no design dos monstros e naquela mistura “boba” e charmosa de mitologia grega com adolescência moderna (ver crianças de jeans e camiseta laranja segurando lanças e escudos nunca deixa de ser divertido). O ritmo tem alguns soluços, acelerando e desacelerando de forma estranha no primeiro episódio, mas engrena bem na segunda metade do segundo episódio, culminando em uma corrida de bigas empolgante.
Conclusão
Os dois primeiros episódios da 2ª temporada de Percy Jackson e os Olimpianos provam que a série não perdeu a magia. Apesar de alguns problemas de ritmo e de um drama interpessoal que soa um pouco forçado entre Percy e Annabeth, o saldo é muito positivo.
A série está mais sombria, os riscos parecem reais e o elenco está mais afiado do que nunca. É uma adaptação que entende o coração dos livros, expandindo personagens que precisavam de mais espaço (como a Clarisse) e mantendo a essência do que faz a gente amar esse universo. Se o resto da temporada mantiver esse nível, estamos diante de uma jornada épica. Mal posso esperar pelas próximas quartas-feiras.
Onde assistir à temporada 2 de Percy Jackson e os Olimpianos
Trailer da 2ª temporada de Percy Jackson (2025)
Elenco da segunda temporada de Percy Jackson, do Disney+
- Walker Scobell
- Leah Sava’ Jeffries
- Aryan Simhadri
- Virginia Kull
- Charlie Bushnell
- Dior Goodjohn















