
Foto: Netflix / Divulgação
O Volume 3 de “Se a Vida Te Der Tangerinas” (episódios 9 a 12) mergulha ainda mais fundo nos afetos e feridas de uma família marcada por amores impossíveis, lealdade incondicional e a árdua jornada de se tornar quem se é, sem trair quem nos criou.
Nos episódios 9 a 12, a narrativa se distancia da juventude romântica de Ae-Sun e Gwan-Sik para observar, com um olhar maduro e dolorido, as escolhas de Geum-Myeong e Eun-Myeong. O resultado é um recorte agridoce da vida — imperfeito, emocionante e incrivelmente humano.
Sinopse do volume 3 (episódios 9 a 12) do dorama Se a Vida Te Der Tangerinas (2025)
Os episódios 9 e 10 acompanham Geum-Myeong em sua jornada de retorno ao lar após um intercâmbio no Japão. Lá, ela conhece Cheong Seop, um artista introspectivo, com quem começa a desenvolver uma relação marcada por silêncios e pequenos gestos. Ao mesmo tempo, sua mãe, Ae-Sun, enfrenta o medo de perder a filha — sentimento que culmina em uma sequência angustiante em que Geum-Myeong é salva de um acidente doméstico graças à intuição materna.
Já os episódios 11 e 12 trazem à tona as rachaduras do relacionamento de Geum-Myeong com Yeong-Beom. O embate entre dignidade e status social torna-se insustentável, e a jovem precisa decidir se vale a pena abrir mão de si mesma por amor. Enquanto isso, Eun-Myeong vive um romance proibido com Hyeon-Seok, filha de um antigo desafeto de seus pais. O volume termina com perdas, reencontros e um vislumbre de um futuro possível — e, quem sabe, mais justo.
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Crítica do volume 3 (episódios 9 a 12) da série Se a Vida Te Der Tangerinas, da Netflix
O elo entre mães e filhos continua sendo o coração pulsante da série. A cena em que Ae-Sun encontra Geum-Myeong desacordada em seu quarto é uma das mais devastadoras do drama, não apenas pelo risco iminente, mas porque espelha o trauma não resolvido da própria Ae-Sun.
O roteiro faz um paralelo com o passado, quando ela mesma foi salva pela mãe. Essa herança de cuidado, esse “olho nas costas da cabeça”, é o que mantém gerações vivas mesmo em um mundo indiferente. Moon So-Ri entrega, mais uma vez, uma atuação imbatível — contida, mas devastadora. Sua Ae-Sun não precisa gritar para nos fazer chorar.
Geum-Myeong: entre o amor e o amor próprio
A jornada de Geum-Myeong nos episódios centrais é sobre a coragem de amar a si mesma, mesmo quando isso significa romper com um amor de sete anos. O embate com a mãe de Yeong-Beom escancara o preconceito velado — e às vezes explícito — que divide classes sociais. A maneira como ela defende sua família, seu passado e seu próprio valor é um dos momentos mais empoderadores da série.
IU entrega uma atuação de camadas: fragilidade, fúria contida, amor reprimido. Ao recusar um casamento que a diminuiria, Geum-Myeong não só rompe um ciclo, mas afirma que a filha de Ae-Sun não aceitará menos do que merece.
Cheong Seop: o silêncio que diz tudo
Kim Seon-Ho como Cheong Seop é um acerto absoluto. Seu personagem poderia facilmente ser apenas o “outro cara”, mas o roteiro opta por construir algo mais delicado. Cheong Seop observa Geum-Myeong de longe, respeita seus espaços, ajuda sem pedir nada em troca. A cena final, em que ele corre atrás do ônibus, representa a promessa de um amor possível, mais gentil e atento. A química entre IU e Seon-Ho é sutil, construída em olhares, em interrupções tímidas. Ainda assim, é potente.
Eun-Myeong: juventude, revolta e ternura
Eun-Myeong representa a frustração de quem cresce sentindo-se menos amado, mas ainda assim escolhe amar com intensidade. Sua relação com Hyeon-Seok é marcada por obstáculos — inclusive físicos — impostos por uma sociedade que ainda carrega os traumas dos pais. Seu retorno do exército com Hyeon-Seok grávida é, ao mesmo tempo, um grito de independência e um aceno ao futuro que não se encaixa nos moldes tradicionais.
O ciclo da vida e a despedida
A morte da avó de Ae-Sun é um dos momentos mais comoventes do volume. Sofrendo de demência, ela mal reconhece os vivos, mas nunca esquece os mortos. A despedida, em que é recebida pela nora no além, é poética, lírica, e fecha um ciclo de dor e gratidão. A série nunca romantiza a velhice, mas a trata com respeito e honestidade.
Conclusão
Os episódios 9 a 12 de “Se a Vida Te Der Tangerinas” (Volume 3) são um verdadeiro soco emocional — não por melodrama, mas pela verdade com que retratam as relações humanas. A série alcança o raro feito de tocar em questões profundas sem jamais soar panfletária. Fala sobre o peso da maternidade, os limites do amor, as cicatrizes da desigualdade e a beleza dos pequenos gestos.
Com atuações impecáveis, direção sensível e uma trilha sonora que se entranha na alma, “Se a Vida Te Der Tangerinas” é mais do que um dorama. É um lembrete de que crescer é aprender a partir, amar é saber voltar, e viver é, acima de tudo, honrar quem nos fez quem somos.
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Onde assistir ao dorama Se a Vida Te Der Tangerinas?
A série está disponível para assistir na Netflix.
Trailer do volume 3 (episódios 9 a 12) de Se a Vida Te Der Tangerinas (2025)
Elenco de Se a Vida Te Der Tangerinas, da Netflix
- Rich Ting
- Park Bo-gum
- Kim Seon-ho
- IU
- Lee Jun-young
- Oh Jung-se
- Yeom Hye-ran
- Moon So-ri
Ficha técnica da série Se a Vida Te Der Tangerinas
- Título original: Pokssak sogatsuda / When Life Gives You Tangerines
- Criação: Kim Won-suk, Lim Sang-choon
- Gênero: romance, drama
- País: Coreia do Sul
- Temporada: 1
- Episódios: 8
- Classificação: 12 anos