Confira a crítica do episódio 6 da temporada 3 de "The White Lotus", série de 2025 disponível para assistir na Max

‘The White Lotus’ (T3E6): o silêncio após a tempestade

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Se o episódio anterior de “The White Lotus” foi um clímax embriagado sob a luz da lua cheia, o capítulo 6 da temporada 3, intitulado “Negações”, surge como o amanhecer doloroso — não apenas literal, mas existencial.

Mike White opta por um ritmo mais introspectivo, fazendo do sexto episódio não um palco de novas ações, mas um campo minado emocional onde cada personagem tropeça nas consequências de suas próprias escolhas. É um capítulo que, ainda que pareça calmo, pulsa de tensão e reverberações traumáticas.

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Sinopse do episódio 6 da temporada 3 da série The White Lotus (2025)

“Negações” acompanha os desdobramentos do caótico “Festa da Lua Cheia”. Saxon e Lochlan Ratliff lidam com lembranças fragmentadas e perturbadoras do que aconteceu no iate, revelando uma das cenas mais desconcertantes da série até agora. Enquanto isso, Piper busca refúgio espiritual num mosteiro budista, acompanhada por seu irmão mais novo e seguida de perto pelos pais — principalmente Victoria, que encara o retiro como uma ameaça à ordem familiar.

Timothy, abalado, flerta com a ideia de suicídio enquanto tem visões inquietantes, e Rick segue com seu plano de confrontar o suposto assassino de seu pai. A temporada parece entrar numa espiral emocional onde a espiritualidade tailandesa contrasta com o desespero e a desconexão emocional dos hóspedes ocidentais. É a calmaria que precede o próximo desastre.

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Crítica da 3ª temporada (episódio 6) de The White Lotus, da Max

Neste episódio, “The White Lotus” se aprofunda na busca espiritual como forma de sobrevivência emocional. Piper, em lágrimas, implora por um sentido que sua família não consegue oferecer. O diálogo com o monge Luang Por Teera não apenas humaniza sua jornada, como também dá ao episódio um tom contemplativo e dolorosamente atual: o vazio existencial dos privilegiados.

Timothy, por sua vez, encontra nesse mesmo espaço uma metáfora para a morte que o assombra — “reabsorver-se no oceano”, como diz o monge, é a mais bela resposta já dada à pergunta: “O que acontece quando morremos?”.

A derrocada dos Ratliff

O núcleo dos Ratliff atinge seu ponto mais desconfortável e perturbador. O que começou como uma tensão sexual mal resolvida entre irmãos culmina em um ato de incesto grotesco, revelado aos poucos através das memórias turvas de Saxon.

Patrick Schwarzenegger brilha em sua performance de um homem dilacerado entre a negação e o colapso. Enquanto Lochlan tenta suprimir o trauma durante uma sessão de meditação, Saxon literalmente vomita sua verdade — o que torna tudo ainda mais visceral.

Mulheres em conflito: Jaclyn, Laurie e Kate

Enquanto alguns personagens se perdem em tormentas internas, o trio Jaclyn, Laurie e Kate oferece um tipo diferente de drama: o reencontro com a adolescência. Suas brigas, fofocas e ressentimentos transbordam em um café da manhã recheado de passivo-agressividade.

Carrie Coon entrega mais uma atuação cirúrgica como Laurie, misturando mágoa, ciúme e indignação moral com perfeição. E se o roteiro pesa a mão no recalque dessas amigas de longa data, ao menos oferece momentos de comédia amarga que contrastam bem com o tom mais sombrio do episódio.

O prenúncio da tragédia

No meio do caos, Belinda e Pornchai vivem, talvez, a única linha narrativa que inspira ternura. O reencontro com o filho Zion dá à personagem de Natasha Rothwell uma camada mais humana e maternal que até então ficava em segundo plano. É a única história que não parece fadada à ruína, embora a sombra de Greg e seu “convite para conversar” ao final do episódio indique que nem mesmo Belinda está a salvo.

Apesar de ser um episódio mais “quieto”, “Negações” arma todos os tabuleiros para uma sequência explosiva. Com duas armas em jogo, crises familiares prestes a explodir e mafiosos russos a caminho do resort, o roteiro cria uma sensação de suspense contínuo.

A escolha de deixar o espectador com a imagem de Rick encarando o homem que pode ter matado seu pai, enquanto Gaitok testa sua pontaria e se questiona sobre sua capacidade de matar, fecha o episódio com uma tensão sutil, mas implacável.

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Conclusão

O episódio 6 da temporada 3 de “The White Lotus” é menos um capítulo e mais uma ressaca narrativa. Ele se recusa a oferecer alívio, seja cômico ou emocional, e obriga seus personagens a encarar verdades inegociáveis.

Mike White mergulha fundo no colapso moral e psicológico dos hóspedes da Lotus, e faz do sexto episódio um dos mais desconcertantes — e talvez mais corajosos — de toda a série. À medida que a temporada se aproxima de seu fim, uma coisa é certa: não sairemos ilesos dessa viagem à Tailândia.

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Onde assistir à série The White Lotus?

A série está disponível para assistir na Max.

Trailer da temporada 3 de The White Lotus (2025)

YouTube player

Elenco de The White Lotus, da Max

  • Natasha Rothwell
  • Jennifer Coolidge
  • Jon Gries
  • Walton Goggins
  • Sarah Catherine Hook
  • Sam Nivola
  • Patrick Schwarzenegger
  • Aimee Lou Wood
  • Leslie Bibb
  • Carrie Coon
  • Jason Isaacs
  • Lalisa Manobal

Ficha técnica da série The White Lotus

  • Título original: The White Lotus
  • Criação: Mike White
  • Gênero: comédia, drama
  • País: Estados Unidos
  • Temporada: 3
  • Episódios: 8
  • Classificação: 16 anos
Escrito por
Giselle Costa Rosa

Navegando nas águas do marketing digital, na gestão de mídias pagas e de conteúdo. Já escrevi críticas de filmes, séries, shows, peças de teatro para o sites Blah Cultural e Ultraverso. Agora, estou aqui em um novo projeto no site Flixlândia.

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